Capítulo 15 - Fotos.

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"Soldado caído naquele chão geladoOlhou para mim com honra e verdadeQuebrado e triste, então eu mandei as tropas recuaremAquela foi a noite em que quase te perdiEu realmente pensei que havia te perdido— Taylor Swift"

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"Soldado caído naquele chão gelado
Olhou para mim com honra e verdade
Quebrado e triste, então eu mandei as tropas recuarem
Aquela foi a noite em que quase te perdi
Eu realmente pensei que havia te perdido
— Taylor Swift".

Eu ainda estava com um sorriso nos lábios quando desligo a chamada e quando Sofia bate duas vezes no quarto antes de abrir a porta.
Sou arrancada da bolha de leveza que Lauren me trouxe com apenas esses poucos minutos de conversa, e puxo a coberta para cima dos meus braços com rapidez, para que ela não consiga ver a roxidão nos meus braços.

— Mamãe está me convocando, tenho que voltar pra casa – ela já estava com a roupa trocada e o cabelo molhado, caindo pelos seus ombros. – Você vai me levar ou eu peço um carro?

Sofia já sabia dirigir, e, às vezes, vinha com o carro de Sinu, e, quando não acontecia, eu sempre a levava de volta. Não importa se dessa vez eu estava com a aparência de alguém desgostosa da vida, sentia como se fosse uma obrigação a levar.

— Só vou trocar de roupa – essa seria a hora que eu levantaria e me trocaria na frente dela, já que nunca tive vergonha do meu corpo, principalmente com a minha irmã, mas, dessa vez, eu tinha vergonha de uma parte dele.

— Você está bem? – Ela me pergunta, analisando meu corpo na coberta. – Dormiu o dia inteiro.

Torço para que ela não tenha entrado no quarto para confefir se eu estava bem enquanto dormia, e ter acabado visto meu braço.

— Só estava com ressaca – minto, e ela me encara, desconfiada. E está mais desconfiada ainda quando assente e saí do quarto, dizendo que iria me esperar lá embaixo.

Eu me condeno por não saber mentir direito, mas deixo esse pensamento de lado para me levantar e vestir um vestido simples, que tinha mangas um pouco mais longas, mesmo que não estivesse nem um pouco frio para usá-lo.
Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo no topo da cabeça, para não precisar ir para o espelho arruma-lo inteiro, e sim apenas a franja.
Quando desço, Sofia está falando com alguém no telefone, em um tom baixo, mas, ao me ver no topo da escada, o desliga, dizendo para a pessoa que depois elas se falavam.

— Vamos? – Ela me pergunta, e eu estranho o comportamento, mas acabo assentindo.

Tento não olhar para a parede na qual fui acertada pela manhã quando adentro o corredor que levava para a garagem.
Sofia e eu ficamos caladas no início do trajeto, e, embora o silêncio entre nós nunca foi um incômodo, dessa vez, eu sinto que tem alguma coisa errada. Porque, de fato, tinha algo errado, ela só não sabia, mas tenho certeza que conseguia sentir. A cada momento, eu a olhava de soslaio, confirmando se ela estava olhando pra mim, para meu braço. Mas Sofia permanecia distraída em seu telefone.

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