Enganada

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Novamente a noite havia chegado assim como nas outras vezes, e Bulma andava pelos corredores completamente encharcada de suor e lambuzada de graxa, além de alguns ferimentos que teve arrumando naquela nave, e finalmente, ou infelizmente, já tinha uma data programada para a nave estar pronta.

Enquanto caminhava, Bulma pode se lembrar de Chichi, que havia sumido depois da confusão entre os saiyajins, percebendo que sem querer a tinha deixado sozinha com o outro, chamado Kakarotto, e temeu que eles dois estivessem se matado na sala de treinamento, a fazendo correr até a porta de aço, mas quando entrou não tinha ninguém ali dentro, para o seu alívio.

- Estranho... Onde aquela doida foi se meter?

- A única doida que vejo aqui é você, que anda falando sozinha pelos cantos - aquela voz rouca atrás de si a pegou, a fazendo se virar para ver o Saiyajin todo vestido com seu traje.

- Ai Vegeta! Você me assustou!

- Tsch! Você vive se assustando, então a culpa não é minha! Agora saia da minha frente - ele a afastou com o braço andando até a sala de gravidade.

- Hum? Mas o que? - ela o encarou raivosa, vendo que aquele lunático iria novamente lutar - O que pensa que está fazendo seu saiyajin lunático? Acha que isso é hora para treinar?

Vegeta abaixou a cabeça cerrando os dentes e fechando os punhos, seu limite estava próximo, e aquele voz já estava o irritando imensamente. O saiyajin se aproximou da mulher como um relâmpago, a deixando sem ar. O príncipe tinha aquele semblante psicótico em seu rosto, a muita tempo ele não viu aquela mulher se assombrar com sua presença.

- Esqueceu quem eu sou terraquea, para me tratar com tais palavras? - ele se aproximava cada vez mais da cientista que estava amendontrada. Isso o fez sorrir a contra gosto - " maldição!!" - se ousar me chamar com esse seu desrespeito, eu juro que a faço virar poeira cósmica em instantes!

Os dois se encaram com diferença, já que Bulma tinha um olhar amedrontado como um coelho, enquanto Vegeta nutria de um olhar sanguinário como um lobo prestes a devorar sua caça. Mas ele não conseguia, não sentia mais a mínima vontade de a machucar, sabia que logo aquela aproximação completaria um ano, onde ele não entendia que sentimento era aquele que o  impedia de ser quem era perto daquela mulher.

Percebendo o silêncio, ela desviou seus olhos azuis, os fechando. E começou a dizer:

- E enquanto a você, Príncipe Vegeta! Nunca mais ouse se direcionar assim comigo, não enquanto estiver dentro da MINHA casa! - voltou a encara-lo sem medo - Eu não sou inferior a você, pode ter certeza, porque se a minha genialidade fosse força bruta, você já estaria a quatro palmos da terra! - ela abaixou seu tom assim como o próprio fazia, e porra, essa mulher não achava o limite para parar de o surpreender. Vegeta concordava silenciosamente com tudo que ela dizia, pois sabia da força daquela humana, mesmo que com ossos frágeis, ela conseguia colocar moral em todos naquele lugar, como uma digníssima imperatriz.

- Agora se divirta treinando! - sorriu debochada, virando as costas para ele.

Vegeta acompanhou seus passos apenas com o olhar, ainda estava incrédulo com a sua coragem, que foi novamente exposta para ele.

...

Algumas horas depois, todos já estavam reunidos na mesa. E o príncipe se sentiu irritado em ter que esperar aquela humana vulgar e mal educada comparecer ao jantar, para enfim comerem - " Tsch! Como se ela fosse o príncipe nesse inferno! " - rosnou já ousando se levantar com seu prato em mãos, mas a presença daquela mulher vestida em uma blusinha rosa que mostrava sua barriga, além de um short fino e curto, fez todas suas atitudes de ir embora saírem de seu corpo, e novamente ele se sentou sem ao menos dizer nada. - " o que eu estou fazendo? Ela nem disse nada e eu deleto meus movimentos como se mandasse em mim?! ".

O Príncipe e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora