Ciúmes?

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Logo eles estavam no grande quarto, onde Bulma era mantida em segredo como uma peça valiosa. Yancha abraçava seu corpo, enquanto a mesma chorava com o destino incerto do pequeno príncipe, como ele poderia ter um pai que fosse capaz de o mandar para longe de sua casa? Isso... Isso era desumano!

– Bulma... — o guerreiro acariciava suas madeixas azuladas, tentando a acalmar — Bulma, me escuta... infelizmente não estamos em nosso planeta, a realidade desse lugar é completamente diferente e obscura, você tem que ser forte! Não da para vencer todas as guerras...

– Como?... Me-me diz como, Yancha! Ele era um dos que pude confiar! Ele me abriu brechas para conhecer essa raça de merda! Ele era diferente, Tarble era... — Suas lágrimas rapidamente interrompem suas palavras, saindo mais intensas, a fazendo se entregar mais uma vez naquele abraço entre ela e o recém Saiyajin.

Eles ficaram assim por um tempo, enquanto Bulma se acalmava. Então Yancha recebe uma chamada em seu scouter, pedindo a presença dele na ala dos guardas, deixando a cientistas um pouco triste por ter que ficar sozinha naquele quarto isolado.

– Não fique assim Bulminha, quando for o seu turno no laboratório eu irei lhe dar uma visitinha, para me certificar de que está bem.

– Você acha que eles vão querer que eu volte para o laboratório central, mesmo despois de descobrirem que eu trabalhava para o príncipe? — ela tinha um tom de desesperança, era deprimente.

– Olha, não pense nisso agora, descanse, seu dia foi longo. Logo você terá que voltar a rotina! — Yancha alerta, não queria que ela causasse mais problemas, então sempre se pôs a avisá-la, desde quando ela falou sobre a sugestão do príncipe em querer ela em seu laboratório — Agora tenho que ir Bulma, se cuida... — ele beijou sua testa gentilmente antes de ir. Mesmo que a mentalidade Saiyajin tenha se apossado de seu sangue e alma, ainda tinha um pouco de humanidade, ainda mais quando envolvia a cientista.

Ela viu quando ele saiu, fechando a porta atrás de si. Bulma então se jogou na cama, limpando sutilmente suas bochechas, ainda com um pouco de umidade. Ela se abraçou com seu travesseiro, ficando pensativa sobre onde o príncipe seria jogado, o que aquilo significava? Porque fazer isso com um jovem tão gentil? Com toda a dúvida, fez com que Bulma pensasse com mais clareza, lembrando de quando Tarble dizia não ser tão forte quanto um Saiyajin normal, talvez isso seja um motivo de vergonha para o seu pai, que o queria longe a muito tempo.

– Por amor de kami, isso é cruel demais... — Sussurrou para si, apertando o travesseiro. Ela ficou pensativa, até que seus olhos se cansaram, junto a sua mente, que logo escureceu, adormecendo profundamente.

...

Salão do trono...

Vegeta ainda estava conversando com seu pai a respeito de seu treino, entretanto, sua mente as vezes vagava para longe, especificamente para aquela cena, daquele terráqueo tirando Bulma de seus braços, a levando para longe dele. Isso o corroía, principalmente ao lembrar daquela ameaça...

– Sabe Vegeta, você já está começando a me irritar com essa insistência! Eu não posso fazer nada por você! Nem ajuda-lo, o que você espera de mim?

– Meu rei, não se esqueça da terráquea que mencionei, ainda mais, ela já deve ter se especializado o suficiente com o príncipe Tarble! — Bardock lembrou o rei, que logo bufou.

– Sim, sim, é verdade!... Porém, como uma terráquea poderá criar algo a altura?! Ela mentiu! — Rei Vegeta cerra os dentes ao lembrar da cena que aconteceu minutos atrás.

– Releve meu rei, a terráquea será de grande ajuda para poder se livrar de seu filho — Bardock cochichou para o rei que revirou os olhos, para enfim concordar.

O Príncipe e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora