Humana de força rara

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Os passarinhos cantavam em sua volta, enquanto a brisa assoviava em seus ouvidos, lhe dando uma calmaria, uma leveza que nunca havia sentido. Até um bem-te-vi pousar em cima de sua barriga, se aconchegando ao seu calor. Aquele canto chamou mais sua atenção, era belo demais, a fazendo sentir vontade de abrir os olhos.

Aos poucos ela recobrava a sua consciência, percebendo que estava adormecida por cima daquele gramado macio, a deixando ainda mais sonolenta.

Então o passarinho novamente cantou, e cantou, cantou, sem parar, ele pediu para que ela acordasse sem nem ao menos usar de palavras para isto. O que fazer? Não conseguia se levantar.

Bulma...

Seus músculos se distorceram, e sua mandíbula se enrijeceu, não poderia estar ouvindo aquela voz, aquela maldita voz! Sua ferida que seguia a linha de suas costas, uma única cicatriz que ainda a perseguia, começa a se abrir, manchando o gramado esverdeado com o seu sangue escuro, uma considerável quantidade que a deixava tonta.

– Bulma, acorde...

Aqueles olhos azuis se arregalaram de uma vez, se abrindo em desespero, mas não conseguia falar, sua boca estava sendo tampada. Seus olhos azulados como o mar se tornaram uma tempestade em um oceano agitado, ela ficou de cara com aquele covarde, aquele maldito covarde. Ele estava por cima de seu corpo, tampando sua boca com as mãos cheias de calos, mãos sujas, que a deixava enjoada.

Bulminha... volte para mim, eu sinto sua falta — o homem aproximou o seu rosto para perto de sua "amada" soltando sua boca lentamente.

O azul o encarava em uma mistura de sentimentos, se quebrando como um vaso frágil de flor, e finalmente sua voz saiu, atingindo o ouvido do guerreiro.

Então tudo escureceu...

...

– Ahhhh!!! — o seu minúsculo ki explodiu, a deixando em uma temperatura muito maior do que deveria, ela sentia dor, muita dor, seu corpo inteiro doia, e um calor intenso cobria seu corpo a deixando perturbada.

Chaos foi pego de surpresa, sentindo o ki de sua amiga superar todas as paredes que a impediam de crescer sua energia. Ela estava suando, rosnando, apertando aquele sofá como se fosse a única coisa que lhe restasse, seus olhos estava abertos, mas não tinha um brilho azul que sempre nutria todas as manhãs.

– Kami!! Tenho que chamar alguém! — Chaos, saiu da casa levantando voo em direção do ki dos dois guerreiros, que estavam longe demais.

...

Os dois Saiyajins estavam prontos para atacar, preparados para deixar apenas um entre eles vivos. Mas aquele ki derrepente apareceu, assim como os primeiros raios de sol que tocavam seus corpos. Vegeta abriu seus olhos deixando de se concentrar, ele sentiu uma quentura de imediato, a ansiedade o controlou o fazendo virar seu corpo até a direção daquele energia. — " Arhg! Bulma!... eu não posso!... " o Saiyajin fechou novamente seus olhos, estava tremulo, nunca havia sentido tanta incerteza que até a sua carne pudesse tremer daquela forma. — " Ahh! Como posso estar tremendo por causa de uma mulher, uma maldita mulher! " — era uma batalha intensa, seu orgulho não queria perder.

Mas alguém se aproximava, lentamente, chamando a atenção dos dois guerreiros. Era seu general, com uma cara desgostosa para seu filho, mas não deixou de se reverenciar para seu príncipe.

– Príncipe Vegeta — o Saiyajin se levanta novamente encarando sua majestade seriamente — peço ordens para prosseguir ou repousar, estamos a ponto de dominar todo esse planeta!

O Príncipe e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora