Em tempos de glória, vem dias de luta

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Um mês havia se passado depois dos acontecimentos anteriores...

Longe das cidades do império havia um lugar onde eram aprisionados os hereges e plebeus daquele planeta...

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No escuro estava, sem fome, por incrível que pareça. Aquelas correntes lhe davam uma leve impressão de estar sendo comparado a um animal, devem achar uma piada. O filho do general estava sendo tratado como um nada, esquecido naquele lugar, onde antes era a prisão de plebeus.

Teria que arrumar um jeito de sair, e talvez, se redimir com a terráquea de olhos fundamente negros, teria que consertar a sujeira que sua raça fez. Mas não era forte de mente, apenas de músculos e técnicas usadas apenas para batalhas. Se estivesse em um lugar inimigo só explodiria tudo e iria embora, mas não seria fácil assim estando no planeta em que nasceu.

– Merda! — Ele cerrou os dentes pensando em alguma coisa, será possível que não passasse nenhuma ideia mirabolante nessa cabeça oca?

Então a imagem de Bulma apareceu, lhe convencendo que ela poderia o ajudar de certa forma, afinal, ela estava mais preocupada em ficar com raiva do príncipe, e não dele. Acreditando também que se desse a ideia que ele também estaria ali para ajudar ela e sua família a escaparem, com certeza ela estaria ao seu lado.

Era brilhante, de fato, mas agora vinha outro problema...

Se remexendo ele tenta se desconectar daquelas correntes de aço alienígena, eram fortes, isso ele tinha que admitir, mas ele era um Saiyajin, muito poderoso!

– AHHH!! — Ele gritou concentrando sua energia em seus pulsos, onde a quentura fez com que derretesse aquele metal que o impedia de escapar. Porém, aquela queimadura também feria um Saiyajin — Ahrg! — ele olhou as mãos em carne viva enquanto o brilho sumia delas, então finalmente ele pode reparar que ainda não se recuperou dos ataques que sofreu no planeta azulado.

Mas não era hora de pensar em mais nada, Kakaroto se levantou decidido, soltando mais de sua energia contra aquela porta de metal, fazendo com que muitos dos prisioneiros que estavam junto a ele gritassem entusiasmados.

– Calem a boca! — Mas era tarde, a sala e os corredores ficaram vermelho soando um som irritante, lhe dando a deixa que deveria sumir dali.

– Vamos! Rápido!

Kakaroto ouviu as vozes se aproximando, e correu o mais rápido que pode, pegando impulso para levantar voo, voo esse que arrebentasse o teto do corredor.

Quando chegaram ao local do acidente já era tarde, e contabilizando os prisioneiros perceberam que faltava um.

– Pera aí! Está faltando o Kakaroto!

Turles interrompe a conversa empurrando os homens para olhar o que aconteceu, e se enche de raiva ao escutar o nome.

– Estava demorando, irmãozinho... — Sua voz saiu inaudível para os demais, e logo as ordens foram dadas para acionar o resto do pessoal sobre a fuga de seu irmão — Me deixou desapontado.

•••

No castelo estava, e no castelo ficaria até a morte. Bulma repetia essas palavras toda vez que chegava de seu serviço no laboratório, para não se esquecer de onde estava. Não iria dizer que estava melhorando sua situação, não! De maneira alguma! Mas confessava que estar com aqueles alienígenas em seu laboratório a divertiu um pouco. Agora eles não pareciam isolados em seu pensamentos, não, todos se divertiam uma hora ou outra, se conheciam pelo menos um pouco. Era uma amizade pós tragédia, Bulma chamava.

Ele também estava lá, em seu íntimo sentia o ki azulado da cientista, verificava todos os dias para ver se ela estava bem, apenas a sentindo de longe. Desde a última vez que foi atrás dela naquele laboratório, nunca mais se toparam, talvez era melhor assim, mas a muito tempo as coisas mudaram, se sentia mais ranzinza com isso, mais insatisfeito. Usufruiu de vários corpos nus em menos de um mês, apenas para esquecê-la, mas em vão. Isso o deixava frustrado, odioso, e cada vez mais sem cura.

O Príncipe e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora