Sem acordo

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Todos já estavam em seus quartos, para enfim descansar e começar o dia logo ao amanhecer. Mas Vegeta sentiu uma estranha agonia o perturbar, e em sua última virada para tentar descansar, ele acabou por desistir, já se levantando para tomar um banho.

No despertador ao lado de sua cama, já mostravam ser 3:20 da madrugada, e o único meio agora seria treinar. Já debaixo do chuveiro, o príncipe sentiu a água gelada descer por todo seu corpo, mas aquela agonia não descia como a água, apenas aumentava. Com raiva, ele fecha os olhos apertando os punhos, precisava se conter, e sabia que o que deixava tão fraco era aquele planeta, aquele conforto, e aquela humana.

- Vejo que não conseguirei ter um minuto de paz enquanto estiver nesse maldito lugar - Suspirou, fechando a torneira.

Ele saiu do banheiro já seco, com a ajuda de seu corpo. Não demorou muito para já estar vestido em seu traje e sua velha armadura, o fazendo abrir um leve sorriso enquanto ajeitava suas luvas. Quando estava saindo de seu quarto para a varanda, automaticamente seus olhos são direcionados a porta de vidro ao lado. Uma ansiedade preencheu seu coração, pois queria ver a dona daquele quarto, já que desde o jantar, ela praticamente sumiu de sua vista.

Vegeta se aproximou sem escostar os pés no chão, e para sua sorte as cortinas estavam abertas, podendo ver nitidamente a dona daquele corpo pálido em um sono pesado, além de um rosto sereno que o hipnotizou na mesma hora. Não soube quanto tempo ficou ali, mas sabia que precisava ir, mesmo a contra gosto.

Quando o homem levantou voo, seus olhos azuis se abriram encarando diretamente o vidro onde estava Vegeta a observando. Bulma não tinha conseguido dormir, então apenas manteve seus olhos fechados, não sebendo se ficou assim minutos ou horas, até aquele homem que a deixava de todo modo estranha, apareceu. Ela sentou em sua cama, pois sentiu novamente a dor em seu peito, assim como na hora que Chichi revelou que estava sendo enganada. Não acreditava que realmente estava iludida em imaginar que aquele extraterrestre, que estava lentamente entrando em seu coração, havia mentido para a mesma, mas uma coisa ele tinha que saber.

Seu acordo estava quebrado, junto ao seu perdão.

•••

2 dias depois.

8:50AM

O despertador de seu laboratório tocou, avisando que já era hora da reunião. A cientista não entendia exatamente o porquê, mas sentia que as horas estavam passando lentamente, a deixando incomodada.

Ela tinha agendado vários planos para aquele sábado, e um deles era conversar com a general Mai, além de muitos outros homens e mulheres de patentes altas, já que não havia sobrado quase nenhum integrante dos guerreiros Z, a não ser ela própria e Chichi, então precisavam de suporte para aquela luta.

Levantando de sua cadeira, Bulma pegou uma das chaves de seu chaveiro que estava em cima da mesa, ela observou aquela chave por longos segundos, até levantar o olhar para um armário metálico, que era o único que estava isolado naquela sala. Caminhando em passos lentos, ela toca sua porta e logo destranca, a abrindo para revelar várias cápsulas pretas, cada uma com um código estranho.

Suspirando pesadamente ela pega a última cápsula, código 0001NFS, a guardando na bolsa de sua jaqueta branca. A cientista sai do laboratório, mas a sua direção era para a CC, mas não ia para trabalho.

Chegando lá, ela entrou em contato com um supervisor que havia colocado no último andar, sendo um lugar subterrâneo e usado em último caso. Dois seguranças vestidos de preto a acompanharam naquele elevador, que demorou cerca de apenas 3 minutos, até estar naquela ala mais movimentada. Quando o elevador abriu, ela já podia enxergar vários soldados, mas não eram qualquer um, já que eram os melhores soldados dos EUA. E também a general do exército Mai Evans, uma jovem de traços asiáticos, mas que nasceu nos Estados Unidos, era um tanto jovem para estar em uma patente tão alta, tendo apenas seus 31 anos.

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