A escuridão dos meus sonhos.

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Tudo parecia calmo, sua mente flutuava como uma folha sendo levada pelo vento. Vegeta se recusava a abrir os olhos enquanto seu corpo caia em meio a escuridão, era um sono profundo, difícil de sair, mesmo para ele, um guerreiro Saiyajin, com as mãos sujas de tanto sangue tirado de pessoas inocentes, mesmo que sendo um homem tão cruel, ainda conseguia flutuar na calmaria, o que para ser sincero, nunca havia ocorrido. O fazendo entender que estava com a guarda aberta.

O baque foi grande, seu corpo parecia duro como pedra quando foi arremessado para o chão, não era mais uma folha. O príncipe grunhiu sentindo seu corpo dolorido, parecia ter lutado diversas batalhas de uma vez.

- Vegeta!

Seus olhos se abriram tão rápido quanto o vento que antes lhe soprava. Ele conheceu aquela voz, como não conhecer?

- Bulma! - ele a chamou, não parecia se lembrar do que ela o causou. Porém, vegeta não foi correspondido, o fazendo levantar-se do chão, e procurar pelo seu ki.

Tudo a sua volta estava envolvido em uma neblina sem fim, mesmo que ele andasse por mais de uma hora, não conseguiria sair dela.

- Bulma! - chamou mais uma vez. Então aquela massa cinzenta se abriu diante do Saiyajin, e ele não acreditou no que viu.

Logo à sua frente, duas pessoas brigavam, mas pareciam estar gostando de se provocarem. Vegeta os conhecia como a palma de sua mão, mas não conseguia acreditar que fosse possível.

- Você é um teimoso cabeça dura! - a mulher de cabelos azuis se aproximava com as mãos na cintura. Parecia raivosa.

- Mas olha quem fala, mulher! - o homem de testa larga se limitava em cruzar os braços e desviar o olhar.

O príncipe não percebeu quando deixou um sorriso escapar de sua boca, mas sentiu que aquele homem não era ele, ou ao menos não era do mesmo tempo que ele. Além de uma armadura diferenciada com um símbolo da Corporação, o mesmo estava mais forte, e não tão intimidado por estar tão próximo de uma mulher que o deixa sem limites.

- Tshc! Que chatice! - o menino andava de olhos fechados tentando ignorar a discussão de seus pais.

Vegeta sentiu algo ou alguém passar do seu lado o esbarrando sem querer.

- Ah! Sinto muito moço, não estava prestando atenção - se desculpou o garoto com um pequeno sorriso amarelo voltando a caminhar.

Vegeta ainda continuava estático, mas agora era diferente. Um sentimento novo ocupou seu ser, como também um instinto que não sabia explicar. O príncipe se arrepiou ao ver aqueles olhos azuis, aquele cenho cerrado, e aquele pequeno sorriso. Não havia dúvidas de quem ele puxou, mas não queria acreditar.

Então Bulma chamou seu nome, mas vegeta não conseguia decifrá-lo, na verdade, seu nome nunca chegou aos seus ouvidos. O garoto recuou seus passos aborrecido ao ser chamado por aquela mulher, revelando seu descontamento apenas com o seu rabo que se arrastava triste pelo chão. Vegeta não queria acreditar, como era possível? Seria verdade?

- Vamos rapazinho, vamos deixar o rapugento do seu pai resmungando sozinho! - ela deu a língua para o Saiyajin que apenas a ignorou.

Os dois saíram de mãos dadas como um filho e uma mãe devem ser, era a cena mais preciosa que Vegeta poderia ver, seu peito doía vendo que os dois se afastavam ainda mais de onde ele estava, até sumirem em meio a neblina que o deixou sozinha novamente.

O Príncipe e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora