Na longa das memórias que ainda se passavam em sua cabeça, se lembrava de estar em casa, ou melhor, em seu trabalho, em reunião com pessoas que naquele momento não se recordava mais. Então em um estralo, sua cabeça lançou uma linha no tempo, dos mais cruéis acontecimentos, fazendo a pobre jovem se lembra de onde estava.
Engoliu em seco quando abriu os olhos, será Deus que o seu pesadelo ainda não acabou? Preferia morrer do que perpetua naquela prolongada dor e derrota. Quando percebeu, estava na vasta escuridão, sozinha.
– Que lugar é esse? — Se questionou passando a mão pelo delicado colchão, coberto por um pano macio, percebendo finalmente se tratar de um tipo de quarto, mesmo que muito escuro para reparar detalhes.
Quando se levantou, dor alguma a incomodou, percebendo ter sido curada por algo rápido e indolor. Porém, antes que começasse a constatar realmente onde estava, escutou a trança da porta ser aberta, sem batida e sem permissão. Ela rapidamente correu até um lugar que não pudesse ser vista, se arrastando para debaixo da cama como um animal pequeno e indefeso.
Se escutava passos, mas nenhuma voz, ela olhava as botas brancas que impactaram o doloroso silêncio, seja quem era, parecia procurar a doce cientista.
– Então... — pigarreou o invasor naquele quarto, não obtendo resposta — não adiantara se esconder, terráquea. Para o seu azar, nós Saiyajins temos um olfato muito apurado, então eu sei que está de baixo dessa cama.
– Vai embora!
– Que recepção gentil, eu diria. Mas por favor, não grite assim com a sua realeza.
– Minha realeza?! Não tenho nada haver com vocês, seus macacos imundos! — Mesmo apavorada sua raiva ainda era iminente.
Foi então que ela sentiu quando aquela cama que aparentava ser muito mais pesada para uma cama normal ser levantada acima de seu corpo, mostrando finalmente quem era que a perturbava.
Seus olhos azuis se assustaram ainda mais achando ser aquele que a atormentava em seus pesadelos, mas viu se tratar de alguém semelhante.
– Eu espero que agora possamos conversar de forma cordial, sem você se escondendo de baixo das coisas parecendo um inseto — se expressava de forma "gentil" diferentemente de outros da sua espécie, estendendo a mão para a moça como um verdadeiro cavalheiro. — Por favor, não queira testar minha paciência, estou com pressa.
Cogitando a ideia de confiar naquele Saiyajin, Bulma finalmente aceita a ajuda para sair daquela situação, se levantando quase a altura do rapaz, percebendo que ele era bem mais novo do que aparentava.
– Me lembro de você! Estava no salão do trono ao lado daquele velho!...
– Rei! Estava ao lado do rei, se não se importa de eu a interromper. Caso queira continuar viva não deve destratar os membros da corte, principalmente o soberano de todos! — Seu rosto muda de repente, parecendo não gostar do modo da mulher.
– Olha, não me importa vocês! Eu só quero sair daqui com a minha família e com meus amigos.
– Infelizmente isso não será possível, mulher, você será serva de agora em diante, mas não vim aqui te lembrar da sua triste realidade. — o pequeno príncipe se aproxima de um interruptor ligando as luzes do quarto, para enfim fechar aquela porta, desconfiado de algum curioso escutar aquela conversa.
– Então o que quer?
– Te ajudar, vejo a sua coragem e inteligência, e isso é algo que me interessa muito — ele caminhou até a poltrona onde estava a algumas horas atrás bolando seu plano, e se sentou se aconchegando. — quero lhe fazer uma proposta, terráquea, mas primeiro quero saber seu nome para poder deixar mais leal o nosso acordo.
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O Príncipe e o Amor
RomanceEm um universo alternativo, onde o planeta Vegeta nunca entraria em extinsão, príncipe Vegeta torna-se o protagonista dessa trilhagem. Tudo se encontrava sobre o controle do rei e seu príncipe, planeta coloniais eram seu maior suporte, tinham tudo o...