No alto da Rocinha (2° temporada)

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Perigo 👺

Já tinha uns 20 minutos desde que a Maria me falou que estava descendo da casa da Luana. Estranhei né, porque sempre ela chega em menos de 10 minutos.

Olhei meu celular para ver se tinha mais alguma mensagem dela, mas foi em vão. Desci do carro e fui até a barreira perguntar se eles poderiam ir atrás dela.

Perigo: aí meno, minha filha não chegou até agora. - o vapor me olhou sem entender. - vai atrás dela ou chama o meleca aí no radinho.

Vapor: e tu acha que é quem pra me dar ordens? - perguntou e eu dei uma risada debochada.

Perigo: pô, namoral mermo. Faz o que eu te pedi, Jae? - ele ajeitou o fuzil na cintura e pegou o radinho, chamando o Meleca.

Vapor: aí patrão, tem um homem aqui falando pra tu perguntar pra dona Luana, se a filha dela já saiu de casa. - falou no rádio.

Meleca: MINHA MULHER, me falou que a Maria saiu de casa tem uns 30 minutos. - falou um pouco alto, certeza que esse vagabundo fez isso pra me provocar.

Perigo: eu vou entrar! - falei trancando meu carro e colocando minhas armas na cintura.

Vou muito esperar o meleca ter a boa vontade e mandar alguém ir atrás da minha filha. Eu mesmo vou fazer isso.

Não demorou muito e vi várias motos descendo o morro, de longe avistei o V1, v2, Meleca, Luana e o tal do Vk.

Meleca: já achou a menor?

Perigo: tu tá vendo ela aqui?

Vk: esse maluco é folgadão em, eu matava! - falou e eu lancei um olhar pra ele que não se intimidou.

Luana: vão tomar no cu de todos vocês, que caralho. Minha filha sumiu e vocês estão brigando? Faça mil favor. - falou descendo da moto e começando a entrar em um beco.

Perigo: eu vou com ela. - falei e eles me olharam rindo.

V1: ah muito que cê vai. - falou debochado. - meleca faz picadinho de você aqui agora.

Meleca: v2 vem comigo e com a Luana. - ordenou e o mesmo concordou ajeitando a fuzil nas costas. - v1, Vk vai com esse aí. - apontou pra mim.

Tínhamos ido na direção oposta da onde eles foram. Eu vou matar um se eu ver minha filha machucada.

Vk: ela não tá aqui! - falou saindo de um dos becos.

Eu já estava começando a sentir minhas veias saltarem de raiva.

O celular do v1 começa a tocar, e ele nem dá importância.

Perigo: atende essa porra mano. - falei já sem paciência.

V1: calmo? pô, não se esquece que tu não tá no teu morro. Posso te matar a qualquer momento. - falou atendendo o celular.

Ele conversou algumas coisas lá e logo saiu correndo.

Vk: o que aconteceu? - perguntou.