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Meleca 💤

Eu tava felizao em saber que eu vou ter outra cópia minha no mundo, desde menorzinho eu sonhava em ter dois pivete.

Só que eu já tô indo pra três crias e pô, eu teria mais 10 se a Luana continuasse sendo a mãe deles.

Eu não me arrependo de ter feito nada que eu fiz por ela. Mina mó firmeza, me apoia em vários bagulho, menos na vida do crime. Ela briga comigo em relação a isso, mas sempre que eu preciso dela, ela está lá.

Não tenho o que reclamar dela, amo demais minha muie.

Era nosso último dia aqui em Angra, então estavamos aproveitando o máximo, ou melhor, tentando.

É mó complicado curtir os bagulho quando se tem filho, a Maya está em uma fase que tem que ter o máximo de cuidado possível e isso fica na minha responsa, até pq a Lua está malzona, com enjôo e os caraio.

Então eu e o povo aqui se vira em 30 para cuidar da Maya, sem precisar muito da ajuda da Lua. Mas não tem como, tem vez que a Maya só quer fazer tal coisa com ela.

Talita: me dá ela aqui, vai lá com a Lua. - falou.

Meleca: tá suave, eu fico com ela aqui pô. - ela negou.

Talita: luana tá passando mal, esta passando por uma fase de aceitação da gravidez, aí vem estresse, enjôo, dores, então faz tua responsa de marido. - pegou a Maya do meu colo e eu fiquei encarando ela.

Meleca: não é querendo perrecar e esses bagulho, mas eu tô dando meu máximo pô. Tô cuidando da Maya, me virando nós trinta, tenho morro pra comandar, vapor pra pagar, assalto p fazer e tu acha que é fácil? - ela negou.

Talita: eu não tô tirando tua moral, sei que você está se esforçando e que tem que fazer vários bagulho do crime. Só que estamos de "férias" - fez aspas com o dedo. - tu deixou o morro sobre cuidados, então tenta cuidar da sua mulher, pelo menos até a gente voltar. - falou saindo da sala e eu fiquei pensando.

Povo é estranho pra caralho.

Peguei meu celular e fui pro quarto, como esperado Luana tava deitada na cama com mó cara de doente.

Meleca: nossa vida, tá malzona mermo em. - ela me olhou e depois desviou o olhar.

Lua: se você veio pra me criticar, pode vazar daqui. - falou e eu senti a voz dela trêmula, já sabia que ela ia abrir o bocão chorando.

Meleca: tás chorando por quê?

Lua: eu sou uma inútil! Nem pra cuidar dos meus filhos eu sirvo. - falou chorando e eu sentei na cama, puxando ela pro meu colo.

Meleca: para com isso pô, você sempre cuidou bem dos nossos filhos e vai continuar cuidando. - ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas. - tu tem que entender que tu está gerando outro neném, então é normal nos primeiros meses acontecer tudo isso que tá acontecendo e pô, eu tô aqui né. Quando a gente casou e pá, eu prometi estar contigo em tudo e eu vou estar! Eu sei que é mó trampo pra mim e pra tu, mas eu tô aqui, vida!. - falei limpando as lágrimas dela.

Lua: eu tô me sentindo um lixo por não estar dando a atenção que a Maya precisa, ela ainda é um neném, eu não posso deixar a segunda gravidez atrapalhar isso. Eu preciso aproveitar a minha filha, ou melhor, os meus dois amores. - ela respirou. - eu sabia que eu não poderia engravidar antes da Maya estiver com uns 4 anos, porém aconteceu e não tem como justificar isso, então eu quero dar meu máximo como mãe pros dois. Entende? - concordei.

Meleca: a Maya ainda é pequena e está se destraindo nesses dias, isso não vai afetar ela futuramente. Então, fica suave aí pô, quando tu melhorar 100% você volta a ser aquela mãe foda que você era pra ela, não que você não esteja sendo, mas se entendeu né. - ela riu.

Lua: eu te amo, sabia? Eu agradeço a Deus por ter colocado você na minha vida, você me faz bem pra caralho, me deu meus dois filhos que eu amo demais e me deu uma família que eu achava que tinha. - puxei ela pra um selinho.

Meleca: promete uma fita pra mim? -ela concordou - vamos ser eu e você, você e eu pra sempre? Não vamos deixar fase nenhuma e nenhum Zé povinho separar a gente, pode pá?

Lua: prometo isso e mais um pouco. Amo você, marido.

Em poucos minutos a gente já estava dando maior beijão de língua e o clima já estava esquentando, quando o meu celular toca.

Atendi e era um vapor do morro, dei algumas ordens pra ele e depois desliguei.

Fui tomar banho com a Lua pra vê se ela anima e sai desse começo de depre.

Quase toda hora a gente parava o banho pra ela vomitar e eu sempre dava risada da cara dela.

Por fim, lavei o cabelo dela, raspei a xerolaine dela e as pernas também. Eu não tenho frescura não, a mulher é minha mermo.

Lua: seca meu cabelo. - fez bico enquanto eu vestia o short.

Meleca: so se você me dar o cu mais tarde. - ela riu mordendo os lábios e eu dei um tapa na bunda da mesma. - passa lá aquele bagulho que eu seco.

Ela concordou passando tipo um creme no cabelo, diz ela que é um tal de proteção termica, sei lá o que é isso.

Depois que ela passou esse bagulho, ela pegou o secador e eu fui passando no cabelo dela, até secar tudinho.

Depois peguei a escova e pentiei por cima e por último passei um óleo, eu acho que é óleo de cozinha, não sei bem.

Lua: ficou ótimo amor. - falou me dando vários selinhos.

Eu ficava bobinho em saber que eu alegrava minha muie, ainda mais nessa fase que estamos passando.

Sempre tento dar o máximo de atenção que ela precisa.

Saímos do quarto e fomos pra área da piscina, os moleque estava fazendo churrasco, já era de lei.

Dei um selinho na Lua e fui ficar na onde os manos estava, deixando ela com as mina dos parceiro. Maya estava deitadinha no sofá que tinha ali, já estava dormindo a pestinha.

Ficamos fazendo aquele auê gostosinho, e eu só ficava de olho na lua.

As vezes ela levantava pra ir no banheiro e eu já sabia que era pra vomitar, mas depois foi diminuindo e ela já estava rindo atoa, brincando com a Maya que já tinha acordado e até na piscina já tinha entrado.

Eu me amarro nisso, ver minha família bem e feliz.



No alto da Rocinha (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora