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Meleca 🥳

Pô, mayazinha cada dia que passa fica mais totosa. Mó linda minha filha, papo reto.

Na hora que eu cheguei pra almoçar, a Luana me falou que tinha acabado de colocar ela pra dormir. Então eu nem brisei em ir lá ver ela, não tô nem doido de acordar ela.

Almocei ali mermo, e depois fiquei conversando um pouco com a Maria. Que me contava sobre tudo da vida dela, sobre os "namoradinhos", escola, lá no morro e esses bagulho tudo.

Eu me amarro na confiança que ela sempre teve em mim. Não é qualquer pessoa que chega e abre sua vida pro seu "padrasto" não pô, geralmente nem com os pais eles se abrem.

Maria: você e a mãe estão brigados né? - perguntou me olhando, enquanto eu olhava pra Lua subir as escadas.

E puta que pariu, ela tava gostosa pra porra, como sempre.

Meleca: é um assunto meio complicado pra tu entender, bota fé?

Maria: eu já passei por tantas ilusões amorosas e passo até hoje e tu sabe bem disso. Aí vai negar, me contar o que está rolando com você e a mãe? - concordei e ela me deu um tapa no ombro

Meleca: a parada é que tua mãe beijou outra pessoa. Diz ela que só aconteceu aquele dia, e que ela teve uma recaída. - ela me olhou colocando a mão na boca surpresa. - oq tu acha que eu faço? já que quis saber, tem que ajudar.

Maria: tu já sentou e conversou com ela? deixou ela te explicar o que realmente aconteceu? - neguei com a cabeça. - então pronto, sobe lá em cima e tenta conversar com ela. Vai. - ordenou e eu olhei pra ela com deboche.

Meleca: eu sou bandido Maria Alice. Não corro atrás de ninguém, não pô, só se o erro for da minha parte. Mas como não é, eu não vou correr atrás. - ela me olhou revirando os olhos.

Maria: você mesmo não se ajuda parceiro. Vai logo lá mano, deixa o orgulho de lado. - olhei pra ela.

Quer saber de uma? eu vou lá mermo. Me pagar de louco naquele naipe.

Subi as escadas com ela e fizemos o toque, cada um indo pra um canto.

O quarto dela era no fim do corredor. O meu e da Luana era o terceiro quarto do corredor.

Respirei fundo e entrei no quarto na maior cara lavada.

Ela tava deitada de costas pra porta. Fiquei em silêncio, até porque eu não sabia se a Maya tava acordada ou não. Essa guria só dorme, puxou a mãe mermo.

Pô, Luana tava linda pra caralho. Com um short de malha fina, um toque, coque no cabelo. Bunda dela tava marcando legal no short, coisa que eu nem amo né?

Me aproximei e vi que ela tinha pegado no sono. Só que a Maria não, ela me olhava com aquele sorrisinho banguelo dela, eu briso legal na minha filha.

Me deitei do lado da Luana, aonde era meu lugar de dormi.

Virei de frente para as costas dela, deixando a bunda dela encaixar em mim, se eu ficasse mais um tempo ali, meu pau ia ficar durão na hora.

Lua: aí garoto, que susto. - falou se ajeitando na cama e erguendo o top dela, vendo que a Maya não estava mamando mais.

Ela colocou a Maya no berço e deu uns brinquedos pra ela.

Meleca: medo por quê? O quarto também é meu e eu estou no meu lado de dormir. Nem tô te incomodando. - falei olhando pra ela que me olhou com deboche.

Lua: serio que vamo ficar assim mesmo? Já to morrendo de saudades de você aqui nessa cama a noite. Tô passando maior frio. - falou com a maior cara lavada existente e eu sorri de lado.

Meleca: sinto sua falta também, pô. Só que tu não confessa o que tu fez e não manda o papo real pra mim. Aí complica tudo. - ela me olhou e depois desviou o olhar para a Maya.

Lua: naquele dia não aconteceu nada além daquilo. Eu estava te procurando e sai perguntando se tinham te visto. Até que eu vi uma pessoa sentada ali, aí pensei que fosse você. Só que eu cheguei mais perto e vi que não era, aí eu educadamente perguntei se a pessoa tinha te visto. Aí quando o Bryan virou pra me responder e eu vi que era ele. Eu tentei sim ir embora, só que ele não deixou. Falou que queria falar comigo e tals. Conversamos e acabou que rolou o beijo, mas nada que faça você duvidar de mim eternamente. Até porque, ele vive me ligando e tentando achar algum jeito de falar comigo, mas pô, eu nem respondo! Papo reto mermo. - fez uma pausa. - era isso que eu tinha que te contar, se tu quiser acreditar, bem, se não quiser que se foda.

Meleca: e por que você não me contou assim que me encontrou? não estaríamos aqui aonde estamos hoje não Luana. Bagulho é parar de agir como criança. Tu já tá velha já pô, acordar pra vida as vezes é bom. Eu te amo pra caralho, tu sabe bem disso. Então por favor, para de esconder os bagulho de mim. - ela me olhou e vi que os olhos dela estavam cheios de lágrimas. - eu sempre vou descobrir e tu vai de arrepender de me deixar descubrir sozinho.

Lua: eu peço desculpas do fundo do meu coração, não vai acontecer isso nunca mais. Eu quero você, eu estou com você, eu tenho uma família com você agora. Eu te amo gabrielzin. - falou deixando a lágrima escorrer e eu puxei ela pra perto de mim.

Abracei ela e acabou que começamos a se beijar ali mermo.

Não preciso nem dizer que aproveitamos esse tempo que a Maya dormiu de novo e transamos pô.

Transar depois de uma briga é uma ótima reconciliação.

Eu amo essa garota! Papo dez.

No alto da Rocinha (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora