soulmate | GN

Giovanna

ALERTA DE GATILHO:
Creio que vocês já compreenderam o que Giovanna sofre em sua vida. Peço que às leitoras que possuem algum tipo de gatilho com relação ao que acontece na vida da Gio, não leia o capítulo completo, apenas a parte que vai estar em negrito.
Pedimos desculpas antecipadas, não nos abandonem, vai valer a pena!
Um beijo e obrigada pelos comentários!

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Após algumas lágrimas derramadas, finalmente consegui pegar no sono. Minha cabeça doía e eu não sabia dizer se foi pelo vinho, pelas lágrimas, pela angústia, raiva, desgosto, tristeza...
Todos os sentimentos e emoções misturavam-se em completa confusão dentro do meu ser.

Pela madrugada sinto Pedro entrar no quarto.
Com certeza estava bêbado, devia vir de uma de suas noitadas, com mulheres, bebidas, drogas, dentre outras coisas que eu preferia não tomar conhecimento.

Deitou ao meu lado com um odor horrível, eu fingia dormir profundamente.

Aos poucos descobri maneiras de driblar sua raiva em direção a mim, as experiências foram me dando destreza nas formas de escapar de suas mãos. Talvez se eu não me movesse ele nem percebesse que eu estava ali.

Suspirei aliviada quando ele deitou aparentando estar cansado.

Foi quando de repente...

Gelei.

Não.

Não.

Não.

Por favor!

Não!

Hoje não!

Suas mãos tentavam puxar a calça do meu pijama e eu em repulsa tentava me desvencilhar dele. O desespero começou a tomar conta do meu corpo, eu teria que manter a calma se quisesse pensar em alguma forma de me livrar essa noite. Porém, minha mente sabia que eu não conseguiria lutar, sabia que não ia adiantar, eu não tinha forças suficientes para lutar contra ele.

- Amor, por favor! Hoje eu estou com dor de cabeça, amanhã eu prometo que faço tudo que você quiser, prometo. - Tentava dizer com calma, quando na verdade queria gritar, espernear, fugir correr.

- CALABOCA! Tira esse caralho logo, eu quero te foder hoje e não amanhã, deveria agradecer por eu ainda querer alguma coisa com você. - Ele dizia embolando as palavras enquanto colocava a mão na minha cabeça e puxada alguns tufos dos meus cabelos. Minha cabeça que já estava doendo, agora latejava no couro cabeludo. Seriam alguns dias até conseguir ir no salão escovar os cabelos.

Ele começou a baixar o zíper da calça. Eu não teria muito tempo, tinha que pensar em algo rápido.

-Tá bom amor, deixa eu só ir no banheiro pegar um preservativo, esqueci de tomar o anticoncepcional hoje, melhor prevenir né?! - acariciei seu rosto com repulsa, nojo, ódio, enjoo.

Ele resmungou algo inaudível e eu sai para o banheiro fechando a porta.

Essa tinha sido uma das formas que eu tinha conseguido me livrar de algumas situações como estas, além do risco de adquirir algumas DSTs.

Se eu tivesse sorte ele cairia no sono.

Sentei na tampa da privada e esperei em silêncio, quando comecei a ouvir seus roncos saí do quarto, fui em direção ao de hóspedes, entrei no banheiro e liguei o chuveiro. Olhei a hora na tela do celular, eram 03h56 da manhã e eu lavava meus cabelos, meu corpo, na esperança daquela água morna passar pela minha pele e levar embora pelo ralo todo o medo, a tensão, a angústia, o nojo, o toque das mãos daquele homem que há pouco estavam percorrendo meu corpo. Meu estômago embrulhava e a única coisa que eu pensava era em como minha vida tinha acabado daquela forma.