de praxe

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- Bom dia Minha Deusa! - Ela se espreguiça na cama enquanto eu coloco a bandeja de café da manhã próximo aos seus pés.

- Hummmm!!! - Ela reclama, colocando a mão no rosto. - Que horas são?

- Já tô quase saindo pra o escritório. Você tá melhor? Porque se você ainda estiver mal eu posso cancelar o trabalho hoje, só vou trabalhar até às 12h. - Digo me sentando na cama.

Coloco a mão na barriga dela acariciando, me inclino para dar um beijo em sua testa.

Ela sorri para mim.

- Sabe, com um dengo desse eu poderia até fingir que tô muito mal. - Ela diz rindo. - Mas eu tô melhor sim. Pode ir, já passou. - Ela diz fazendo um carinho no meu rosto.

- E você tá tão calminha, ainda não me agrediu hoje, acho que eu vou ficar pra aproveitar. - Digo me deitando na cama ao lado dela.

Tapa.

- Aiii!!! Até que demorou, um recorde de dez minutos sem apanhar.

- Palhaço! - Ela diz passando a perna sobre mim e se aconchegando em um abraço. - Você foi ver o amanhecer?

- Não, fiquei com dó de te acordar, você parecia dormir tão bem, e o dia foi tão cansativo ontem. - Disse acariciando os cabelos dela.

- Pensei que você tivesse ido, não tô vendo a caixinha aqui. - Ela olha pra mim. - Não vai sem mim tá?! Eu não ligo se me acordar. Eu amo assistir ao amanhecer com você. - Ela passa o braço pelo meu tronco me abraçando mais.

- Vou lá na cozinha buscar a caixinha. Espera aí!

Quando volto ela já está comendo. Parece que a fome de dragoa voltou. Esse é um bom sinal.

Coloco para tocar "Dona da Minha Cabeça" do Geraldo Azevedo:

"Dona da minha cabeça, quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes
Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça, nunca me esqueça
Não te esqueço jamais

Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, é bonita"

Sento e fico observando-a comer.

- Você parece bem melhor mesmo! - Digo para ela rindo.

- Por que? - Ela levanta a sobrancelha.

- Por nada uai! - Começo a rir.

- E você tá rindo de que?

- De nada! - Dou de ombros.

- Alexandre, Alexandre!

- Gio? - Digo enquanto tento pegar uma uva da bandeja e ela dá uma tapa na minha mão.

- Sai fora! Nem vem, você já comeu, essas são minhas. Abusado!!!

- Só umazinha gulosa! - Digo com a cara de pidão.

Ela finge não me escutar e continua comendo.

- Gio, deixa eu te perguntar uma coisa. Todo mês é assim?

- É assim o quê?

- A TPM.

Ela joga a cabeça para trás rindo. Eu finjo uma cara de bravo.

- Tem mês que é pior.

- Me diz que esse foi o pior. - Ela ri.

- Sr. Alexandre Nero, você está com medo de uma simples TPM?

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