Caminho da luz part. 1

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*Ligação

"- Vamos Gio, por favor, você disse que nós podíamos ser amigos. Amigo ajuda amigo! Cadê que você quer me ajudar amanhã? Vai ser legal! - Alexandre falava."

"- Primeiro. Eu não sei em que especificamente eu tenho que te ajudar. Segundo. Eu não conheço ninguém lá nesse lugar que você quer tanto me levar."

Ele respondeu:
"- Primeiro. Vai ser surpresa. Segundo. Você vai fazer amizade rápido."

Respiro no telefone.

Estava em casa sozinha, Pedro ainda não tinha chegado e pela minha experiência não chegaria tão cedo. Assim, eu me sentia mais livre para conversar com o Alexandre por chamada.
Fazia uns 30 minutos que estávamos conversando pelo telefone e Alexandre tentava me convencer a sair com ele amanhã, às 07h00 da manhã.

07h00 horas da manhã.

No mínimo teria que acordar às 06h00, para me aprontar e chegar no apartamento dele no horário.

"- Tá, tá, tá, eu voooooou! - Respondo me dando por vencida. - Preciso usar alguma roupa em específico???"

"- Calça jeans e um tênis confortável de preferência, a camisa eu te entrego amanhã. Beijo e bom descanso para minha deusa acessível, sabia que você aceitaria. - Ele ria debochado."

"- Nossa, que pilantra! Beijo, até amanhã coisa!"

Desligo e começo a rir sozinha olhando para lugar nenhum.

Sabia que não conseguiria dormir pensando que amanhã passaria o dia ao lado dele.

[...]

No outro dia acordo cedo.
Às 06h45 eu já estava pronta, de banho tomado, roupa confortável, tênis e cabelo amarrado em rabo de cavalo.

Peguei as chaves do carro e fui em direção ao seu apartamento. Deixei um recado para Pedro que ainda dormia, avisando que hoje passaria o dia fora para comprar algumas coisas para casa, resolver problemas no banco e à noite dormiria na casa da Alessandra.

Com certeza ele não iria gostar.

Mas...

Dane-se.

[...]

Toco a campainha e Alexandre abre a porta com um sorriso no rosto. Como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo.

Ai que raiva daquele humor às 07h00 da manhã.

- BOM DIAAAAAA MINHA DEUSA! - Ele fala enquanto me abraça, deixando um cheiro na minha têmpora.

- Que carinha emburrada é essa? Bora acordar, levantar esse humor, que a gente vai ter muito trabalho pela frente. - Ele dizia e eu não conseguia conter o riso, só em estar ao lado dele meu humor mudava substancialmente.

- Quero café! - Disse enquanto entrava no apartamento atrás dele.

- Claro, seu súdito está às ordens! - Ele para de repente e faz uma mesura em minha direção, se ajoelhando.

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