quase lá

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Ele entra no quarto secando o cabelo com a toalha.

- Tá com fome?

- Já é quase hora de tomar café da manhã amor! - Digo rindo.

- Eu sei, mas é que você sempre tá com fome!

Vou em sua direção dando um empurrãozinho no ombro dele.

- Idiota!

O abraço.

É incrível o quanto eu estou desesperada pelo contato com seu corpo, desesperada em sentir seu cheiro. Ele passa a mão entre os fios molhados do meu cabelo.

- Têm certeza que não quer o secador? Vai dormir de cabelo molhado?

- Deixa assim mesmo, eu tô com tanto sono, só quero dormir.

- Eu também tô com muito sono, não dormi direito esses dias sem o cheiro do meu sonífero.

- Que cheiro? Que sonífero? - Olho para ele mordendo o lábio inferior enquanto seguro meu sorriso.

- O cheiro de uma certa deusa... - Ele cheira meu pescoço. - Que gosta de fingir de égua.

Dou risada e seguro a mão dele o puxando para deitar na cama.

- Vem, deita! Já, já você vai pra o escritório também.

- Eu não vou amanhã. - Ele dá uma pausa. - Eu não tô indo mais para o escritório, tô trabalhando de casa.

- Sério? Por que?

- Mais tarde eu te conto Meu Bem! - Ele me abraça, encaixando nossos corpos em uma conchinha.

Eu senti tanta falta disso.

- Eu tô com uns projetos novos, vou precisar do seu apoio... quero você do meu lado nessa nova fase da nossa vida. - Meu coração aperta. - Eu já disse que te amo?

Dou um sorriso fraco.

Acaricio sua mão que me abraça sobre o meu ombro.

- Você deixou pra dizer todos os "eu te amos" hoje Alexandre?! - Me viro ficando de frente pra ele. - Ele ri.

- Te amo, te amo, te amo... - Ele me abraça me puxando para se encaixar ainda mais em seu corpo. Como se fosse possível.

Me afasto um pouco para olhá-lo.

- Eu também! - Mordo seu lábio rindo. - Eu também gosto muito de você...

Ele faz uma cara engraçada e eu começo a rir.

- COMO É?! - Ele cutuca minhas costelas. - Mentirosa! Agorinha você estava dizendo que me amava Giovanna!

- Foi o efeito do orgasmo uai!

Ele finge estar com raiva e começa a fazer cócegas na minha barriga.

- Para, paraaa! - Ele para e dá um tapa na minha bunda. Rindo. - Ou amor, tô sentindo falta de uma coisa aqui!

- Não tá não! Eu já tô aqui! Você já tem coisa suficiente.

- Palhaço! - Dou uma tapinha no ombro dele. - Cadê a caixinha?

- Verdade!!! Tinha esquecido, vou procurar, da última vez que a vi estava aqui no quarto. - Ele se levanta. - Eu que vou escolher, já que sou eu que tô procurando.

Dou risada me aconchegando aos lençóis.

- Ahaaaammm! Vai sonhando!

Após alguns minutos ele volta para o quarto.

- Achei!!!

Me sento escorada na cabeceira da cama.

- Me dá! - Estendo a mão.
- Epa, epa, epa! Não senhora! Quem vai escolher sou eu.
- Têm certeza? - Cruzo os braços olhando pra ele.
- Tenho uai!
- Têm mesmo? - Ele revira os olhos.
- Pega vai, você me vence pelo cansaço.

soulmate | GNOnde histórias criam vida. Descubra agora