Ela só pode estar bem louca.

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Tamaya

Era inacreditável as coisas que estavam acontecendo na minha vida após aquele encontro inesperado, em que eu mesma me deixei meter.

Como eu poderia estar sendo ameaçada por Esther Campbell? E como eu estava quase cedendo a essas ameaças sem nenhum sentido?

Agora a pergunta que não quer calar era, o porquê ela estava atrás de mim desse jeito? Ameaçando-me e querendo que eu a fotografasse? Por que eu? Por que ela estava querendo foder com a minha família e a minha vida desse jeito?

Era estressante e irritante estar no meu lado do campo. Muito.

Porque sabia que se essa mulher medíocre resolvesse me atacar, ela automaticamente atacaria as minhas mães e ela sabe disso, por isso estava jogando tão sujo comigo.

— Posso saber onde você estava? — Margot entrou no meu campo de visão, impedindo-me de subir as escadas em direção ao meu quarto.

Amava a minha mãe de paixão. Mas hoje não estava sendo um bom dia, a semana estava sendo ruim e a ameaça de Esther não saia e não parava de rondar os meus pensamentos. Já haviam se passado cinco dias, ainda me restavam dois, mas algo em mim me fazia querer desaparecer da face da Terra. E esquecer que um dia eu havia esbarrado com essa mulher.

— Oi, mãe — brinquei com o seu cabelo curto, jogando os fios para trás — Que saudades.

Sabia que Margot era esperta demais para cair nesse meu jogo de tentar enganá-la com esse lance de saudades. Eu estava mesmo com saudades, mas não era por isso que dizia isso agora, e sim, para não ter que dar satisfações.

Se tinha algo que eu não sabia fazer em sua presença, era mentir ou camuflar algo que estava me deixando atormentada da cabeça.

Ela abraçou o meu corpo, depois se afastou para me olhar nos olhos.

— Quero saber onde você estava, Tamaya, não me enrola e começa a falar de uma vez.

Seus olhos esverdeados eram a parte que eu mais gostava do seu corpo. Neles existiam um mar cheio de segredos obscuros. Era essa a sensação que eles me passavam. E eu gostava desse seu lado, essa sua postura durona, mas que, no fundo, nada tinha de durona, ela era muito manteiga derretida, ainda mais quando Lis Evans se aproximava, tudo em seu corpo e em seu rosto eram escuridões, desejo, luxúria e amor. Era muito engraçado de se admirar, de olhar como ambas se olhavam quando estavam perto uma da outra. A forma em que se cuidavam e se desejavam era invejável.

— Mãe, não precisa se preocupar, já sou bem grandinha e sei me cuidar super bem, não estava fazendo nada ilegal se é sua preocupação — mostrei meus dentes em um sorriso grande, para tentar distraí-la de novo.

Tentei subir a escada, mas ela me brecou, entrando na frente e elevando uma sobrancelha, toda cheia de desconfiança.

Bufei, olhando-a com irritação.

— Tamaya, não estou brincando, quero saber o que anda acontecendo que você não chega em casa antes das 3h da madrugada durante essa semana, e quando chega, entra de fininho como se estivesse aprontando por aí!

E não era que estava aprontando, eu só estava transando com a Monique. Essa semana não houve outra forma para aliviar o tamanho do estresse e pensamentos indesejáveis que rondavam a minha cabeça.

Odiosa fascinação [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora