Tamaya
Sentir meus dedos entrelaçados nos de Esther, era o meu mais novo vício. E confesso, que não estava me agradando nada essa ideia de gostar e me acostumar com a sua presença tão facilmente, como eu estava. Meu coração ainda batia forte no peito, e minha imaginação estava instável, confesso que estava com medo de onde isso pudesse nos levar. Mas algo dentro de mim não podia e não conseguia se controlar.
Nos adentramos dentro do meu quarto, na casa que minha mãe Lis comprou em Santa Barbara, próxima a L.A. Ela e minha mãe Margot costumam vir para cá, passar as férias ou até mesmo quando estão fartas da loucura do trabalho, e precisam relaxar.
Não sei como consegui essa proeza de pegar a chave sem que ninguém percebesse, mas logrei, tanto que me sinto agindo errado, com se tivesse traindo as minhas mães, mas não poderia arriscar que me vissem com Esther, ainda mais agora que meu avô está melhorando e minhas mães estão podendo relaxar depois de tudo o que rolou.
— Não repara muito na desordem, faz muito tempo que eu não venho para cá, quem veio aqui foram as minhas mães, mas também faz uns seis meses que ninguém aparece por aqui... — fechei a porta, deixando a chave sobre a estante próxima à mesma.
Esther rondou com os seus olhos, das íris quase raras, em todo o lugar. Deu alguns passos, olhando por todos os lados.
— Que isso — virou em minha direção — Aqui não tem nada de bagunça, está tudo tão no lugar...
Sorri. Puxando seu corpo para perto de novo.
— Você mente muito mal, Campbell.
Ela estreitou seu olhar, indignada com a minha fala.
— Eu não tô mentindo, Maya...
Senti meu coração acelerar rapidamente, ao ouvi-la me chamar assim. Droga. Estava ferrada se isso não parasse de rolar dentro de mim.
Seus braços pousaram envolta do meu pescoço, seu rosto aproximou-se do meu, roçando seu nariz no meu.
O perfume cítrico, misturado com o cravo e canela, inundaram tudo dentro de mim, fazendo-me fechar os meus olhos, esse seu aroma é algo que faz meu mundo virar do avesso.
— Não, né? — murmurei, puxando seu lábio com a minha boca, chupando, mordendo e depois voltei a chupá-lo lentamente.
Seu gemido baixo, fez meu corpo todo tremer. Sentia como se tudo em mim estivesse pegando fogo. Era impossível controlar essa enxurrada de sentimentos que Esther causava em mim.
— Não... — sussurrou na minha boca, passando sua língua sobre os meus lábios — Mas sabe o que quero mesmo saber?
Sorri, de canto, levando minha mão até a sua bunda avantajada. Que me levava a loucura.
— O quê?
Sua boca invadiu a minha sem que eu pudesse prever. Seus lábios sugando tudo por onde passava, nossas línguas em uma sincronia, estrondosa. O sabor da sua boca na minha, era o meu declínio. Nossos corpos foram andando sem vermos, por onde estávamos indo. Até que trombamos com a parede, meu corpo chocando com tudo sobre o gelado, suas mãos desesperadas entre minha nuca e meu cabelo, suas unhas arranhando a minha pele, seus lábios bailando junto do meu, indo calmamente de um lado para o outro, a maciez destes cegando o meu juízo, tirando de mim gemidos baixinhos, mas que não podia conter, era mais forte do que eu.
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Odiosa fascinação [+18]
RomantizmQuando dizem por aí, que o proibido é sempre mais gostoso, muitas vezes não entendemos o que isso quer nos dizer. Mas quando provamos dessa adrenalina, tudo começa a fazer sentido. Tamaya não pretendia provar do perigo, não pretendia porque sabia q...