Capitulo 36

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Já chegamos em casa faz algum tempo

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Já chegamos em casa faz algum tempo. Já jantamos em casa do tio Bill e agora só falta mesmo perguntar para nossos pais se eles deixam a gente ir na festa.
Eles nunca dizem não, no entanto fica sempre bem perguntar.
Eu e a Emma estamos sentados na sacada do meu quarto, como sempre, observando o sol se pôr.
Ainda nem conversámos sobre o que aconteceu mais cedo mas eu também não quero tocar no assunto.
— Emms? - A chamo olhando para ela. Ela também me olha fixamente. - Se não deixarem a gente ir á festa, como fazemos?
— Isso nunca aconteceu, mas se acontecer fazemos o mesmo de sempre. Saímos pela porta das traseiras e levamos o carro do tio Tom. - Responde desviando o olhar para a paisagem.
—  O seu namorado já sabe da festa? - O meu olhar se dirige agora para os meus dedos que brincam uns com os outros enquanto a minha raiva se espalha por todo meu corpo.
-Sim, eu já falei pro Richard. Ele vai também para estar comigo. - Responde ainda olhando para a paisagem.
Fico a encarando com a sobrancelha arqueada.
-Se ele vai também, porque não pede carona pra ele? Ele tem carro.
Ela me olha com um olhar inocente e baixa a cabeça suspirando.
-Eu sugeri isso e ele falou que não era motorista de ninguém e que se eu quisesse andar no carro dele, tinha de dar dinheiro pra ele porque o carro não anda a água. - Responde com um tom triste. Que menino escroto do cacete.
—Ele te falou isso? - Pergunto ainda com mais raiva e já quase a explodindo.
- Disse.
- Escuta Ems... - Elevo a sua nuca delicadamente com o meu polegar no seu queixo. - Ele não gosta realmente de vc como vc pensa. Enquanto ele te beija, ele fica a olhando pra outras meninas e quando vc vai embora, ele te trai de uma maneira que nem eu consigo explicar. 
Consigo ver as lágrimas se formando nos seus olhos castanhos. Eu não quero a magoar, no entanto é necessário que ela saiba a verdade.
A verdade é que eles estão namorando tem 2 meses e ele sempre fez isso.
- Emms? Eu não quero te ver a chorar por ele. Só quero que tenha mais atenção. - Olho nos seus olhos doces e a abraço, sendo retribuído. - Agora... - Desprendo o abraço e a olho novamente. - enxuga essas lágrimas e vai se arrumar pra gente ir sair. - Ela me sorri levemente. - Eu vou perguntar pra nossos pais se a gente pode ir, tá? - Ela assente positivamente com a nuca e eu deposito um beijo suave na sua testa, me levantando de seguida e saindo do quarto.
Desço as escadas e encontro meu pai sentado no sofá. O tio George, a minha mãe e a tia Jess estão na cozinha. Consigo ouvir perfeitamente as vozes deles conversando alegremente.
Sento do lado do meu pai e vejo que ele me olha com um sorriso no rosto.
Às vezes é até esquisito olhar pro meu pai e ver uma pessoa totalmente igual a mim. Agora, como ele tem barba e cabelo longo e sem tranças, as semelhanças já não são tantas, mas mesmo assim todo mundo me confunde com ele.
O olhar dele está preso em mim e demonstra orgulho. Sorrio pra ele.
— Papai, tô vindo aqui pra te pedir uma coisa. - Início com um sorriso escondido e ele ri.
-Já suspeitava. - Ele ri. - Do que você precisa? Precisa de mais camisinhas? Já gastou as que te dei?
Eu rio com o que ele fala. Meu pai é o tipo de pai que preza pela segurança dos filhos, e como tal ele está sempre me dando camisinhas para que nunca me falte. 
- Não pai, não é isso. - Rio. - É só que eu e a Emma fomos convidados para uma festa em casa de uma amiga e eu queria perguntar se a gente pode ir.
-Claro que sim filho. Alguma vez vos impedi? - Ele ri e tenta tirar algo do bolso das suas jeans. - Toma filho. - Ele tira uma nota do bolso e a coloca na minha mão. - Só para o caso de precisar de alguma coisa. E por favor Rapha, cuida da tua prima tá?
Aí papai... Nem você sabe o quanto eu quero cuidar dela.
-Pode deixar papai.
Sorrio e viro de costas, subindo de novo a escada e caminhando até o meu quarto.
A Emma já não está aqui, portanto presumo que ela já esteja se arrumando.
Abro a porta do meu roupeiro e tento procurar algo pra vestir.

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