NÃO É O 42!
Para quem não lê Whisper, vai parecer confuso.
Era um dia ensolarado, o pátio da escola estava tranquilo, apesar de mais movimentado que o normal. Os estudantes divididos entre lanchar, brincar nos brinquedos e conversar alegremente entre si.
Li tinha em suas mãos o seu livro preferido. Nele tinham muitas palavras, que ela ainda não sabia completamente como ler sozinha, apesar de já conseguir formar algumas sílabas com a ajuda de sua mãe e agora, Becbec. Mas ela sabia, quase decorado, o que acontecia em cada página, de tantas vezes que sua mãe ou seu pai haviam lido aquele livro pra ela. As figuras a encantavam. As borboletas e as fadas viviam juntas e aquilo parecia ser maravilho na cabeça da menina.
A pequena buscou com seus olhos um lugar quieto no meio daquela pequena confusão para que pudesse se sentar e ler. Avistou do outro lado dos brinquedos, uma mesa que tinham cadeiras sobrando, mas que tinha uma menina, aparentemente mais velha que ela, debruçada sobre. Em sua timidez, quase desistiu, mas aí um corpo se chocou contra o seu, na correria das outras crianças no intervalo, e quase derrrubou seu livro. Ela olhou aborrecida na direção do menino que nem ao menos se desculpou, e abraçou o livro contra o seu corpo. Era melhor encarar sua vergonha do que correr o risco de estragar seu precioso livro.
Andou com passos tímidos até a mesa da garota e antes mesmo que pudesse vencer sua vergonha para perguntar se podia sentar ali, os olhos da ocupante da mesa se levantaram para encará-la. Ela tinha feições que não eram estranhas para a menina e seus olhos eram gentis e familiares, a fazendo relaxar quase que imediatamente.
"Tudo bem, Nong?" a menina mais velha perguntou, quando a menor continuou calada, apenas a encarando do lado da mesa.
"Sim," a mais nova respondeu. "Posso me sentar com você?" conseguiu perguntar, se sentindo confortável na presença da outra, mesmo sem entender o porquê.
"Claro, mas espero que não se incomode que estou ocupando quase toda a mesa," a menina respondeu, indicando a mesa a sua frente, fazendo com que a outra virasse seu olhar. Na mesa, havia um quebra-cabeças semi montado e as peças restantes ao redor. As cores chamaram a atenção da menor e seus olhos brilharam grandes em curiosidade, o que a mais velha pareceu perceber.
"Você gostou?" ela perguntou. "Pode me ajudar a montar, se quiser."
"Sério?" a Nong respondeu, claramente animada.
"Claro," a mais velha respondeu com um sorriso grande no rosto, que demonstrava a janelinha dos seus dentes sendo trocados. "Mas antes, vamos nos apresentar. Eu me chamo Malinee, mas todos me chama de Li."
Mais uma vez, os olhos da menor se arregalaram, mas agora em surpresa.
"Eu também me chamo Li," ela respondeu.
"Oh, isso pode parecer confuso, então," a outra respondeu, levando sua mão no queixo, de maneira pensativa. "E se você me chamar de Phi Li e eu de Nong Li e dessa forma a gente não se confunde?"
Nong Li concordou imediatamente com a cabeça e um sorriso satisfeito se formou no rosto da pequena, gostando da solução para aquele pequeno problema.
"Ok, então, Nong Li, vamos montar esse quebra-cabeças," a Phi disse, indicando a cadeira ao lado da sua para a menor, que prontamente se sentou.
"As cores são muito bonitas, qual a imagem que queremos formar?" a Nong perguntou, curiosa.
"São borboletas," Phi Li respondeu, sorridente, mostrando a caixa onde tinha a figura completa.
"Eu amo borboletas!" Nong disse, sem acreditar.
"Eu também!" a outra respondeu, no mesmo tom de empolgação.
Elas começaram, então, a trabalhar juntas no quebra-cabeça, que ia tomando forma.
"Nong Li, qual a sua princesa da Disney favorita?"
"A Ariel e a sua?"
FIM
Notas da autora:
Veio na minha cabeça esse encontro entre a Li de Whisper e a de People Change e decidi escrever.
Só um dos meus devaneios. Hahaha.
Até o próximo! (O tal do 42)
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People Change
FanfictionDez anos após a estréia de Gap e de um romance escondido, Freen e Becky são convidadas para um reencontro na mídia, mas a verdade é que ninguém sabe que elas não se falam há anos. Freen reconstruiu sua vida e montou uma família. Dez anos depois, Be...