capítulo 35

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No meio da noite, Tristan bateu a porta de basth. Ele não estava certo do que iria dizer ou fazer, mas reuniu toda a sua coragem e foi ao encontro do irmão sanar suas dúvidas. Tristan era um garoto imaturo, e por muitas vezes havia perdido grandes oportunidades por esse defeito, mas ele não estava disposto a perder para o irmão mais velho sua intenção amorosa. Batendo outra vez a porta, ele seguiu em seu monólogo interno.

Depois de alguns segundos a porta se abriu e basth soube que aquilo não acabaria bem. - tristan.. o que houve? -

O irmão mais novo entrou, ainda sem jeito algum para conversas daquele tipo, se pegou pensando em que tipo de abordagem usaria para saber o que vinha buscar. - vou ser bem franco basth, você gosta dela? -

Os olhos verdes e pouco inchados do homem se tornaram arregalados com tal pergunta, ele não estava pronto para aquele confronto e temia que nem mesmo Tristan estivesse. O irmão caminhou pelo quarto em direção ao criado mudo, pegando um copo com água que havia posto mais cedo, em um só gole tomou o líquido e observou a floresta de sua janela. Ele seria capaz de mentir outra vez?

- tristan...- soou de forma suave.

- basth eu preciso saber! Eu... Amo aquela mulher, quero ter uma vida com ela, e preciso saber se é meu irmão ou meu rival. -

Do outro lado da porta branca estava parada ouvindo a conversa, ela não conseguia dormir por estar pensativa com a dança, e as palavras de Sebastian haviam feito uma completa bagunça em sua mente. Precisava das respostas, mas foi surpreendida ao ouvir as vozes dos irmãos dentro do quarto.

- por favor, me responda. -

Basth sabia que sua resposta poderia gerar uma briga ou uma onde de alívio no jovem a sua frente. Ele já havia tido uma linda história com sua amável Sofia, e por muitas noite havia lutado contra aquele sentimento que insistia em crescer em seu peito. Ele se aproximou do irmão e o abraçou, amava Tristan, era o irmão mais novo e havia jurado proteger de todo o mal. Mas não consegui ser falso consigo outra vez. - ela é especial para mim tris... - sorriu de forma amável. - mas, ouça. - suspirou - sua felicidade é o mais importante, e é meu dever manter você a salvo. -

Ele negou - o que quer dizer? -

- não posso negar que tenho sentimentos por ela, talvez parte de mim veja muito da sofia nela... Mas não passa de uma fantasia. - suspirou - nunca fui seu rival irmão, o seu caminho sempre esteve livre. -

O garoto não entendia ao certo o que tais palavras significavam. - está me dizendo que não irá tentar nada? -

Ele assentiu - estou. -

- mas, e se ela sentir algo por você?! -

Sebastian cruzou os braços frente ao corpo - se isso acontecer, não poderei fazer nada. - ele viu qualquer coisa passar pelos olhos de Tristan, algo perigoso. - não posso mandar nos sentimentos dela.. e você também não pode irmão. -

Tristan abriu a porta olhando uma última vez - então, que vença o melhor. -

(...)

Na manhã seguinte branca estava um pouco aérea com a conversa que havia ouvido mais na noite anterior, vez ou outra se pegava concentrada no vazio, mas loga voltava ao que estava fazendo. Cuidar da casa já não era quase uma tarefa diária, afinal todos cooperavam para manter tudo arrumando o máximo possível. Seus pensamentos iam por todos os lugares. Desde a noite em que havia dormido ao lado de Sebastian, a beijo doce de Tristan. Por mais que tentasse não compara-los, era inevitável, ela fazia sem nem mesmo se dar conta.

Com calma, ela caminhou pela floresta próxima ao riacho, o sol mau havia tocado a superfície da terra, e ela estava lá. Com sua guarda baixa, observando a vida noturna se acalmar pouco a pouco. Havia muito o que pensar. Mas, se estivesse certa, suas caminhadas dariam frutos logo logo. Adrian surgia ali vez ou outra, e era uma questão de tempo até estarem juntos.

Sem resultados, ela caminhou rumo a casa dos homens,  já não vestia roupas delicadas e sim roupas de um homem, seu cabelo era curto, mas ainda sim, mesmo em sua versão masculina, branca ainda tinha o ar angelical de uma mulher.

A casa estava a todo o vapor, pois todos logo iriam sair para a mina. Apesar da bebedice, todos pareciam dispostos a enfrentar mais um dia. Branca caminhou observando tudo.

- eu fiz panquecas, vai querer? - Filipe lhe sorria.

- oh, obrigado. -

Ele se voltou ao fogão. Enquanto isso, deniel gritava pedindo pra Tristan levantasse, e Sebastian vinha logo atrás, tinha os olhos baixos, envolto em seu silêncio habitual. - eu ainda vou matar ele. - deniel resmungou. - bom dia noa...-

A garota assentiu. - algum problema? -

- tris não abre a porta e nem levanta, vai nos atrasar. -

Ela observou os homens comendo na mesa. E entendeu que tristan ainda não havia regressado, manteve isso para si.

- o dia vai ser duro. - Charles resmungou. - sem um par de mãos vai ser bem pior. - mastigou e apontou para a garota. - venha no lugar dele. -

Ela piscou - para a mina? -

Sebastian negou - vai se machucar. - seus olhos eram baixos. - e além do mais, nunca trabalhou assim ..-

Branca observou o café em sua xícara. - eu posso carregar os sacos. - os homens se olhavam pouco duvidosos e branca viu os ombros de basth decairem um pouco.

- escute, aquele lugar não é para mulheres. - foi firme em suas palavras. Apesar da voz não soar como uma bronca, Sebastian a olhava fixamente esperando que ela entendesse o recado.

Foi a primeira vez em dias que ele falou diretamente com ela.

Branca observou a xícara em sua mão. - entendi. - e em dois segundo sorriu levantando da cadeira. - que bom sou o Noa! eu vou empurrar os carrinhos para fora, ou posso separar as jóias com deniel. - caminhou animada cruzando a sala rumo ao segundos andar. - eu vou buscar minhas coisas, não saiam sem mim! -

Os homens observavam a pequena mulher subir as escadas, e logo em seguida o rosto do irmão mais velho.

- ih...- Felipe riu olhando para basth. - treinou ela muito bem.-

Basth suspirou - bem demais. -

Aquele seria um dia interessante.

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