capítulo 11

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Dor.

Era isso, outra vez ela estava com a bochecha no chão, junto ao resto do corpo. Um pequeno descuido seu e caía pela quinta vez de cima do maldito banco. Gotas de suor manchavam sua roupa, as limpou e se ergueu outra vez. - porque mesmo estou fazendo isso? - Carlos suspirou.

Eles já estavam ali a um bom tempo, e  ele temia que demorasse mais.

- você precisa de equilíbrio! - falou de forma suave.

Branca resmungou qualquer coisa é isso irritou o homem de mãos ágeis. Outra Vez subiu no pequeno banco e ergueu os braço e uma das pernas, formando uma posição estranha e difícil de permanecer. Saber que seria treinada havia sido um choque, ela apenas não sabia se bom ou ruim. Teria aulas de arco, e luta, e como se portar como um homem, além de mudar totalmente sua aparecia. Carlos lhe ensinava que devia ter equilíbrio, e que em suas palavras " tudo pode acontecer, quando se luta contra alguém maior que você, é  necessário ser mais rápido do que propriamente forte." Não fazia muito sentido para a garota, mas não queria irritar ninguém. 

Com suas aulas no fim da tarde, branca se ocupava o tempo livre para treinar enquanto lavava ou cozinhava.

Charles havia lhe ensinado em outras noites sobre facas, e onde se devia acertar em um homem. Pontos vulneráveis, foi o que disse. Desde então se pegava mirando em qualquer coisa é lhe lançando uma pedra ou graveto.

Tristan ainda não havia lhe dito ao certo o que iria lhe ensinar, mas a julgar pela bagunça em seu quarto, sabia que o homem mexia com poções e ervas curativas. Químico, foi isso que se alto nomeou.

Deniel, ao contrário dos outros irmãos apenas a observava de longe, quando ela o questionava ele apenas sorria levemente e dizia ser o último a lhe ensinar algo.

Outro descuido e ela está no chão outra vez. - você tem que se atentar a seus pés, você é um homem não um maricas! - ela o olhou levemente exausta.

- eu não quero mais ficar nessa posição! Meus braços doem! - Carlos se aproximou e segurou em seu rosto com cuidado.

- se está  doendo...- ela engoliu em seco. - é  então está fazendo o efeito desejado. - ele suspirou - não pedimos para você ser um homem, foi você quem pediu isso... agora pare de agir como uma menina assustada - A soltou e caminhou para dentro da casa. - a aula acabou.

Ela chutou o banco irritada consigo. - que droga... - suspirou. - equilíbrio idiota.

Entrou na casa, já era quase hora do jantar. E precisava terminar tudo antes de voltar para o treinamento sozinha no campo atrás da casa. Limpou as mãos e o rosto, ninguém podia dizer que ela não estava se esforçando, era visível. Só não havia achado o ponto do seu próprio equilíbrio. Depois do jantar enquanto todos os homens estava na parte da frente conversando e fumando, branca começava seus treinos solo. Ela olhou o banco, e o maldito graveto ao seu lado, suspirou e voltou a posição que havia praticado mais cedo. Ergueu a perna e o braço mantendo o graveto sob a cabeça, e tentava ao máximo controlar a respiração, ela suspirou e por um segundo conseguiu o equilíbrio. - está errado...

- Deus! - caiu de joelhos. Seus olhos foram sob o ombro, ele estava lá, ainda com a mão enfaixada e de cara amarrada. Ela se ergueu - poderia ser mais sutil? - ele suspirou descendo os degraus indo até seu encontro. - o que...

Ele tirou um pedaço de tecido do bolso - você cai por que tem medo, e tem medo porque vê o que está a sua frente. - ela piscou enquanto ele a rodeava. Branca não sabia o porque do bom humor de basth, mas resolveu que não o perguntaria. Ele vendo um seus olhos e ela protestou. - apenas sinta o equilíbrio,  não pense que está cega, pense que está apenas concentrada.

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