Algumas horas já haviam se passado desde o incidente, e toda a ferida estava limpa, o animal havia atacado sebatian no ombro. As marca das garras deixariam uma bela cicatriz, e ele a olhava em silêncio.
- isso vai doer um pouco. - ele assentiu e ela limpou a ferida com um pouco da bebida alcoólica que ele havia trago outro dia. Basth gemeu afastando o ombro - fique quieto!
O homem segurou seu pulso - se tivesse ficado dentro da casa isso não teria acontecido!
- se você não tivesse gritado eu não teria te socorrido! - ambos respiravam rápido.
O homem riu forçosamente - e você não deveria ser assunto meu!
Ela piscou - oras, foi você quem se ofereceu pra me proteger! - molhou o pano outra vez e apertou contra a ferida. - poderia por favor agradecer?! Eu salvei sua vida! - o homem a olhava com raiva.
- devia ter deixado você lá quando tive a oportunidade... - resmungou.
Ele revirou os olhos e limpou a ferida. - não me diga, zangado!
- zangado? - a empurrou. - vai me dar apelidos agora?!
Branca largou o pano o olhando fixamente. - sim, eu vou! Porque ele é sempre o seu humor! - sebastian a encurralou contra a parede.
E o fato de estar sem camisa não facilitava muito as coisas para a garota. - me chame assim outra vez... e eu vou dar uma bela surra em você garota - ele disse baixo e de forma extremamente perigosa.
Ela cerrou os olhos - não se atreveria! - ele riu.
- faça um teste.
Ela tremeu. - você é um idiota estúpido... - o olhava de forma incrédula.
Sebastian se abaixou ficando rente a seus olhos, seus olhos foram para a boca da garota, ele há queria. - branca...- alertou mais para si mesmo que a idéia de morder seu lábio com força até a fazer gemer de dor, não iria acabar bem - podia ter se ferido lá fora... - Ele sentou outra vez na mesa.- termine de limpar, depois discutimos o castigo.
Branca se aproximou ainda sem chão e limpou a ferida, em sua mente algo a mais podia ter acontecido ali. Mas, porque esses pensamentos agora? Sebastian a odiava! E isso nunca iria mudar....
Ela abriu os olhos, sebastian tremia deitado no chão. Branca o olhou por alguns segundos, a febre havia aumentado. Mas cedo naquele mesmo dia, sebastian havia insistido em fazer sozinho fogo com as mãos, não aceitando a ajuda da garota. E aquele era o resultado, uma inflação no ombro e febre alta. E a o cobriu com as peles quentes e acendeu o fogo da lareira, a água esquentava próxima ao fogo. Ela nunca havia cuidado de alguém naquele estado, mas sabia se virar. Depois de tirar a blusa do homem, e com um pano branca limpou as costas do homem de quase 90 quilos, trêmulo e quente. Com a ponta do dedo, branca traçava uma linha sob as cicatrizes nas costas do homem. Haviam tantas, que nem mesmo conseguia distinguir. Ela o olhou trêmulo e indefeso - vou cuidar de você... - voltou a limpar seu corpo suado.
...
Era manhã quando basth abriu os olhos, se sentia mole.
olhou ao redor, percebendo que as peles que deveriam manter a garota quente durante a noite, agora cobriam seu corpo.
Com certa dificuldade conseguiu sentar, com os olhos baixos ele conseguia ver uma panela próxima ao fogo, e por mais que desejasse caminhar até aquela parte da casa, não conseguia se mover sem sentir dor por todo o corpo.
- droga... - ele murmurou.
Branca se aproximou, sebastian podia ver sua expressão de cansaço. O homem tentou abrir mais os olhos, afim de acordar, mas ainda se sentia mole com a infecção, ela tocou em sua testa.- sua febre está mais baixa.
- meu corpo dói...- gemeu.
Ela engoliu em seco. O seu também doía - descanse, vai ficar bem logo.
Branca se virou voltando para a cozinha - não dormiu, estou certo?
Ela parou. O olhou e sorriu gentil.
Sebastian cobriu os olhos cansado. - já chega.
- ei, ei! - a garota o impediu de levantar. - precisa descansar! - ele riu. - falo sério zangado!
O homem grunhiu - continua com essa droga?! - em seu íntimo, ele até havia gostado do apelido, mas ali não era hora para isso. - eu vou me levantar, a casa só ficará segura se eu.. - ele forçou os olhos um pouco mais, havia sangue respingando o vestido da menina a sua frente. Ele ergue uma das mãos e tocou a mancha. Branca continuou o olhando fixamente - o que aconteceu?
Outra Vez, talvez por costume, ela sorriu de forma gentil e falou com a maior calma que podia mostrar - nenhum lobo voltará aqui. - sebastian notou manchas vermelhas nos nós dos dedos pálidos, que agora tocavam seu atesta outra vez. - descanse.
Por mais que Milhares de perguntas viessem a rondar a mente do homem ferido, ele optou o silêncio. A verdade era que estava surpreso em como então pouco tempo, ela havia mudado tanto. Se sentiu culpado, a grande verdade era que sendo uma criança Ou não, branca era pura, não havia manchas em sua vida, mas depois de cruzar seus caminhos, sebastian sentia que de alguma forma a havia sujado, com seus pecado, com sangue.
E talvez ela não percebe-se agora, mas com um tempo, notará que seu corpo estava pegando fogo, com as coisas que fez, com a escolhas que tomou, escolhas que não deveria ter tomado. Em seu coração ele temia pela vida dela, pois não sabia se ela aguentaria, quando percebesse que estava em chamas o tempo todo.
Na cozinha, a garota olhava a faca em sua mão.
A mesma faca, que a horas atrás estava cravada nas costas de um lobo cinzento, o sangue tingia a água limpa em seu balde, ela suspirou e limpou a mancha em seu vestido.
- não seja fraca..- repetia a si mesma. - não seja fraca... - com cuidado a garota levantou a faca limpa a colocando nas brasas quentes do fogo. Aquilo iria doer, e Felipe a avisou que doeria, mas que também era necessário. O corte em coxa esquerda tinha que ser cauterizada, ela mordeu o pano com força e respirou profundamente...
Sebastian se sentia sonolento, e mesmo depois do chá feito com leite de papoula a dor em seu braço se fazia presente.
Então, ele apagou.
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MAIS QUE TUDO NO MUNDO
Romancebranca de neve fugiu do palácio, e encontrou os 7 homens da floresta. agora ela precisa resolver os conflitos com ravena sua madrasta e com seu coração. fadada a conviver no mundo real, a menina não aprenderá apenas como se vive em um mundo real...