Capítulo 19

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A casa ficava escondida dentro da floresta fechada, o sol já havia raiado quando eles finalmente haviam chegado. Sebastian desceu do cavalo e a ajudou a fazer o mesmo, branca olhava o lugar com atenção. Ela tirou o capuz e andou em direção a ponte coberta de flores roxas.

- quem mora aqui? - se pegou dizendo.

O homem apenas a observava. Ela o olhou e com um leve acenar de cabeça voltou a explorar o lugar, basth levou matrona para beber água e descansar um pouco. Logo ele teria que voltar para a casa dos irmãos, a deixando só por um tempo.

Branca caminhou entre as folhagens que rodeavam a casa, que por sua vez era feita com vários blocos grandes de rochas escuras e acinzentadas. Lugar parecia tranquilo e sem muitos perigos para a garota, ou para qualquer um que se atravesse a andar por ali. 

Ela empurrou a porta de madeira bruta e entrou na casa escura, havia poeira e teias de aranha, mas nada que uma faxina não resolve-se. Com um pouco mais de força ela abriu a porta por completo, deixando uma corrente de ar invadir o local. 

Ainda era muito cedo, mas a luz do dia iluminava o centro da casa, havia uma abóbada de cristais no teto, deixando o chão colorido. Branca sorriu.

- espero que não seja tão ruim para você aqui. - sebastian tirava as luvas de couro.

Branca o observou por um tempo. Ele definitivamente não queria estar naquela casa. - porque me trouxe aqui? - se ouviu dizer.

Os olhos baixos se voltaram para a porta, e depois para a garota. - vai ficar a salvo aqui. - ela assentiu.

- Tristan me disse que você tinha uma casa no meio da floresta...- piscou - é essa?

Ele assentiu. - bem, eu vou olhar o poço, acredito que vai precisar de água limpa. - ele se curvou e saiu.

Branca não respondeu. E sua exploração pela casa continuou, o lugar não era tão vazio quanto ela havia pensado. Haviam móveis, porém todos estavam cobertos por um pano branco, ela os retirou e contemplou a mobília. Era tudo muito simples, mas pareciam ter sido esculpidas a mão. Um a um, ela revelou cada peça escondida debaixo dos panos brancos. E no fim, ela se surpreendeu ao perceber que tudo na casa, havia sido feito para duas pessoas.

Branca não sabia muito sobre sebastian, e a julgar pela relação que havia construído com ele, uma vida se passaria antes que ele resolvesse falar sobre sua noiva, e talvez explicar o porquê do término. ...- eu volto antes de escurecer. - ele estava montado em matrona. - não abra a porta a ninguém. 

Não saia a noite... eu volto logo.

A menina assentiu. - diga a Tristan.. que estou bem.

Basth cerrou os olhos. - tá.

Em segundos a imagem do homem sumia no meio das folhagens.

Ela se voltou para a casa e suspirou.

...

Tristan martelava com sua bigorna no fundo da mina, a cada martelada afim de achar algum rubi ou talvez diamantes, ele lembrava de cada palavra que branca havia dito a ele antes de partir.

Eu..não sei o que dizer..

Com ela não sabia o que dizer?

Talvez esteja confuso, e tenha criado esses sentimentos por mim..

Ele não estava confuso. Disso tinha certeza.

Tristan, eu.. eu não posso deixar que ninguém corra perigo. Pessoas já se machucaram antes por me defender, e vão continuar fazendo isso enquanto eu não estiver livre.

Ele podia protegê-la e deixá-la livre.

Eu.. preciso pensar. Está tudo tão confuso... eu, não sei o que devo te responder...

Oras que sim! Que fugiria comigo! Que me daria essa chance!

- Tristan....

Em sua mente a imagem do irmão a segurando daquele jeito o enchia de ódio.

- Tristan! - Carlos segurou seu ombro. - o que pensa que está fazendo idiota?!

O rapaz olhou para a rocha, ele havia destruído dois pedaços grandes de rubi, os danificando.

- se está estressado devia ter ficado em casa! - o irmão o empurrou.

Deniel se aproximou. - o que está havendo?

- nada. - o irmão mais novo resmungou, e saiu de dentro da mina.

Deniel suspirou. - deixe... conversamos sobre isso mais tarde.

Carlos cuspiu irritado e voltou ao trabalho. Lá fora o irmãos mais novo apertava com força os punhos a fim de controlar a raiva que sentia.

Em sua mente ele tentava lutar contra o sentimento estranho de posse sobre a garota. - MAIS QUE PORRA!  





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