capítulo 29

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Tristan olhava para a pedra de diamante sob a mesa, ele era bom com metal, talvez pudesse fabricar a aliança ainda naquele mês. Seu irmão havia dito para ir com calma, que talvez pudesse assustar a mulher pálida, mas ele sabia que não.

Um sinal, foi o que pediu para os deuses, apenas um sinal de que ela sentia algo por ele, e aquele fechar de olhos no beijo havia sido o maldito sinal.

Ele riu olhando o diamante. - é, eu definitivamente vou lapidar esse... Eu vou deixar ele no formato de uma pérola. -

Carlos resmungou - se quer um formato de pérola, dê uma pérola garoto! -

Charles fumava seu tabaco com certa preocupação - acho que basth está certo Tristan...talvez deva prestar um pouco mais de atenção nos sinais da garota, não seja precipitado. -

Ele se esticou - eu sei, não vou ser precipitado... Eu só... Bem, ela é muito bonita. - coçou a cabeça - eu não quero que outro tome meu lugar. -

Carlos, Charles e Filipe se entre olharam. Eles não gostavam na ideia que Tristan estava nutrindo em sua mente.

- e porque se preocupa com isso? - Charles se aproximou.

Tristan sabia que não poderia estar dando asas a cobras, e nem pernas a suspeitas sem fundamento. Mas, mesmo que tentasse, e ele estava empenhado nisso, não conseguia tirar a ideia de sua mente que basth talvez estivesse protegendo demais a garota.

Ele suspirou - bem, é que... Eu pensei que...- riu baixo - não e nada... -

Carlos cuspiu - diga logo soneca! -

Ele revirou os olhos - bem, é que... Eu nunca vi o basth tão protetor com alguém. Na festa das flores, eles saíram juntos a cavalo, só voltaram pela manhã, eu fiquei esperando na casa dele a noite toda. Eu tive ciúmes.. -

Os irmãos se olhavam preocupados. - escute tris..- Felipe começou. - o basth não é assim... Você sabe bem que ele odeia pessoas nobres. - Carlos concordou - não lembra o que fizeram com a sofia...-

Ele coçou a cabeça nervoso. - eu.. sinto falta dela. - sorriu - mas, sinto mais falta ainda da mamãe. -

- elas se davam muito bem não é? - Charles comentou. - sempre rindo... E o basth, Ah... Ele era tão feliz. -

Felipe suspirou - eu espero que ele seja feliz outra vez - olhou para Tristan - espero de verdade que ele encontre alguém que traga o nosso irmão de volta -

Molly estava deitada sob as peles quentes do quarto principal. A chuva era cruel na fora, e apenas uma vela iluminava o quarto. Ela estava concentrada no homem deitado ao seu lado, e ele por sua vez estava concentrado no rosto pálido dela. Ele não a tocaria de forma indecente, não teria coragem para isso, e ela se sentia grata só por estar ali.

Ele a tocou com calma. - deve ir dormir. -

Ela negou levemente - quero ver o sol nascer. -

Basth fechou os olhos - certo, eu vou tentar dormir... Temos um longo dia amanhã. -

Ele sabia que ela não duraria muito acordada, e depois de alguns minutos estava dormindo de verdade. Para seu azar, também acabou adormecendo ao lado da pequena senhorita. Seus braços acabaram se enrolando a cintura da garota e ela afirmando ainda mais os braços longos e pesados em seu entorno. Era bom estar ali.
No meio da noite ele acordou e ainda sonolento cambaleou até a cozinha para beber água, a lareira ainda estava em suas últimas chamas, e isso mantinha s casa aquecida, ele bebeu a água e voltou para o quarto. Lá dentro, a vela estava em sua metade, basth via o corpo da pequena mulher deitado de costas , os fios de cabelo esparramados pelas peles macias, as pernas a mostra por conta dos movimentos dormindo, a respiração terna , calma, quase como um recém nascido. Ele retirou os sapatos e a roupa pesada, ficando com as mesmas roupas leves que sempre dormia. Sentou-se ao lado da jovem moça adormecida e num ato de dúvida, suspirou cansado.

Molly despertou, mas não se mexeu. Em sua mente talvez Sebastian estivesse fazendo algo que ela não devia ver, então fechou os olhos outra vez e se concentrou nos sons ao seu redor. A chuva ainda caia lá fora, e a julga pela escuridão do quarto, ainda era noite...

Ele se deitou depois de um tempo, mas dessa vez não a abraçou, apenas virou-se para o outro lado e tudo o que ela sentiu foi o calor das suas costas queimarem as dela.

Depois de um tempo, ele resmungou e voltou a agarra-la pela cintura colando seu corpo a si. Um micro sorriso brincou em seus lábios por causa disso.

- você está ficando boa em fingir dormir... - basth sussurrou em seu ouvido. - eu quase acreditei. -

Molly suspirou - obrigado. -

Ele riu baixo - vamos aprender mais uma lição... E amanhã, pela noite.. voltamos para casa. -

- zangado?...- ele a acariciou com calma no braço, ele sentia a exsitação em sua voz.- já tem as respostas que me disse que daria no outro dia? -

Seu braço a estreitou a si. - não. -

(...)

Outra flecha passava bem próxima a corpo de molly quando ela gritou pedindo por uma pausa, seu treino havia começado bem cedo, e como a chuva não havia dado trégua, seu castigo foi treinar na chuva.

Basth se ergueu olhando o céu. - é apenas chuva..-

Ela se aproximou de mãos erguidas e ele entendeu que deveria baixar sua guarda. A última lição era simples, sobrevivência.

Molly se aproximou deixando seu arco a mostra, não que o homem acreditasse que ela estava realmente desarmada, mas se aproximou com uma flecha pronta para o disparo. Ela suspirou - quero trégua. -

Ele apontou para o arco. - claro, agora chute pra cá. -

Os olhos da menina se estreitaram. - eu não vou atacar!.- basth sorriu .

- se fizer eu atiro, e você perde. -

Molly sabia que ele não estava brincando, ele havia sido bem claro assim que calçou as botas pela manhã, ele sempre tinha uma forma estranha de falar, sempre como se estivesse irritado, então, ela nem mesmo deu atenção. Mas as palavras voltavam a sua mente naquele momento - se quiser que eu deixe você viva, vai ter que me mostrar que sabe  sobreviver sozinha. - Ele lhe estendeu o arco e cinco flechas - seja sabia ao usar essas flechas, porque vai ter que se virar com elas, e as vezes sem elas. -

Molly o olhava fixamente enquanto deixava as flechas juntamente com o arco, se ela fosse rapida o suficiente poderia derrubar aquele homem no chão. - calminha..- sorriu para ele. - ah... Mais uma coisa ...- basth piscou atento - segura! - com certa habilidade jogou uma pedra em sua direção e de igual modo avançou sobre ele, o atingindo diretamente na barriga e jogando o peso para frente, com o pequeno descuido a flecha errou seu alvo e em segundos ele estava no chão, a garota o olhava seria,  ofegante e molhada com uma faca próximo a sua jugular.

Basth piscou confuso - você me distraiu, foi trapaça...-

Ela deu de ombros - é... Foi sim. - riu. - vem...- se ergueu - eu tô congelando...-

Ele observava aquela criatura correr da chuva, não entendendo como a mesma que corria da chuva sorridente e meiga era a mesma mulher com uma faca em seu pescoço a dois segundos atrás?

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