capítulo 10

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O homem no cavalo a olhava com um sorriso nada convencional no rosto pouco corado. O príncipe não devia ter mais de 23 anos, e isso deixava tudo mais estranho ainda. Porque, de uma forma estranha havia uma ligação ali, e branca sentia isso. Era como se soubesse quem aquele homem de olhos penetrantes era a muito tempo.

Ele aumentou seus sorriso ao perceber o olhar fixo da garota em seus rosto - o que faz aqui? Milady? - olhou ao redor, sua voz era baixa.

Branca piscou incansavelmente na busca de alguma resposta plausível. - bem, eu acredito que esteja longe de casa meu senhor...- sorriu de forma fraca - o caminho para o vale celestial fica por ali.- apontou para noroeste.

Branca divertia o jovem príncipe, ele a olhava como se fosse a única. E de certa forma era. - creio estar...- ao longe o vento trazia o barulho dos cães de caça do homem de olhar sincero. - ainda não me respondeu...- ela olhou para a floresta. - o que tão bela moça faz aqui?

- eu, bem... procuro por... - seus olhos fixaram-se no homem grosseiro e de olhos sérios. Basth andava como se uma tempestade o acompanhasse, aquilo não acabaria bem. - você...

O cavalo se alarmou com a chegada repentina do homem. Ele a olhava com certa aflição no rosto, ele estava próximo o suficiente para sentir seu calor - está bem? - sua voz soou rouca e baixa a assustou.

Branca assentiu levemente, o príncipe o observou. - creio que não fomos devidamente apresen...

- eu sei bem quem você é garoto.- seus lábios se moveram, mas seu olhar estava fixo na mulher pálida a sua frente. - vamos, por favor - segurou em seu pulso mas ela o puxou de volta como um simplório NÃO. Sebastian a olhava pouco calmo, um peso pairou no ar nesse período de tempo, o silêncio não ajudou muito a melhorar o clima. Havia uma briga entre os dois e o príncipe parecia não compreender o porque daquilo. Branca o olhava de forma irritada e Basth parecia mais ainda.

A voz jovial trouxe Sebastian de volta à realidade - eu atrapalho algo? - branca ainda prendia o homem em seu olhar - hum... bem, foi um prazer vê-lá outra vez, não me esquecerei de seus belos olhos milady aurora. - se aproximou e beijou a garota no dorso da mao, basth ainda a consumia com o olhar quando o rapaz voltou a cavalgar.

Branca grunhiu - você perdeu o juízo?! - o empurrou. - não pode me tratar como uma criança!

Ele se mantinha passivo - mas é assim que vou trata-la! O que tem na cabeça?! Nunca confie nos nobres...- branca piscou incrédula com tamanha sandices. - são sádicos que no fim irão te destruir...- havia ódio em suas palavras e por um momento branca havia se esquecido de que ela também era a filha de um rei.

- se eu soubesse me defender eu nao precisaria de sua ajuda! - ela apontou, ainda frisando a conversa de outras noites.

Ele se aproximou vociferando - que?! nunca vou treinar você! - branca sentiu os olhos pinicavam, mas se manteve firme. - nunca!

Ela tomou fôlego - meu pai era um nobre! - apontou. - eu sou filha de um nobre! - ele ainda a tinha em seu campo de visão. O sol dava os primeiros sinais de vida após uma longa nuven escura cobrir os céus. - isso faz de mim menos confiável, ou sádica ? - o homem ainda a olhava.

Ele a olhou, sabia que suas palavras podiam ser mau interpretadas, esse veneno não era destinado para ela - não... você e feita de um material diferente... - ela era uma criança e não sabia dos ricos que corria, riscos terríveis que talvez dessa vez basth poderia evitar.

Branca o olhou, suas sobrancelhas estavam juntas - outro material... o que quer dizer com isso?... - sebastian sabia que mais cedo ou mais tarde soltaria algo que a deixaria confusa, sobre seus atos, ele ponderou por um momento até perceber que teria que ter cuidado. o sentimento era algo perigoso e se não tivesse o devido cuidado acabaria em maus lençóis. - oi? Está bem?

Sebastian apenas moveu-se de um pé para o outro. - faça o que bem entender. - caminhou outra vez para a casa. Seus dedos estavam brancos pela força que seus punhos faziam.

Branca seguiu seu caminho pelo campo, ainda estava irritada e agora confusa.

*

Mais tarde quando os outros homens chegaram branca já havia terminado de limpar e organizar quase tudo. Havia muita sujeira nos quartos e de acordo com cada sujeira e bagunça ela estava aprendendo a identificar aquém pertencia cada cômodo.

Deniel entrou em silêncio como sempre, Tristan ria de alguma piada suja que Carlos havia contado, Charles seguia na fila, branca voltou a dar atenção a panela que fervia no fogo baixo.

Ela não havia tido outra conversa com sebastian nesse período de tempo, e estava feliz por isso.

Sentia raiva por ser quem era, mas não de ser filha de seu pai. Mesmo sendo um nobre. O som do acordeon não havia mais ecoado pela casa, e ela se perguntava oque estaria fazendo o homem grosseiro.

- oque fez para o jantar Bob? - Charles perguntou.

Branca piscou, todos os rapazes olhavam para ela. - perdão? - suas bochechas coravam.

- você, Bob... - ela apontou para si ainda não entendendo. - deniel ainda não contou?

A garota piscou aturdida. - não... - sebastian e deniel desceram juntos. Branca os olhou, deniel rosnou para Charles.

- seu idiota! - o homem deu de ombros.

Branca mexeu outra vez o nariz de forma peculiar, basth a observava. - podem me explicar?

Branca notou que suas mãos estavam parcialmente limpas, e isso a deixou contente por alguns segundos. - bom, nos decidimos treinar você... - Tristan sorriu. - era pra ser uma surpresa... - branca piscava quieta - você é nosso primo Bob. - ela suspirou, sebastian não dizia absolutamente nada.

- Uau... - tentou sorrir - Uau... eu agradeço. - suspirou. - eu... - seus olhos pinicavam. - me dêem licença. - saiu rumo ao lado de fora da casa. Ver tantos se preocupando com seu bem estar era como um soco em seu estômago, e pela primeira vez, ela sentia-se completamente diferente de tudo.

A garota respirava fundo, sabia que não poderia chorar. Ela ouviu passos e se virou rapidamente fazendo uma pequena nuven de poeira subir. Deniel a o olhava - está bem? - ela sorriu assentindo. - olha eu não entendo nada sobre essa porra de sentimentos de mulher tudo bem? - falou entre um sorriso. - então não nos deixe assim outra vez, somos homens não monstros... - branca riu. - seu treino começa amanhã.

- deniel, obrigado. - respirou fundo.

O homem se curvou - majestade.

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