Capítulo 18

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- oh...outro cervo. - essa foi a reação de molly ao ver o animal sobre a mesa recém limpa. Os homens não entendiam o porquê da expressão preocupada da garota, ora! Era um cervo, o que ela esperava? - e posso saber como vão armazenar a carne? - Deniel olhou para Carlos.

Talvez o irmão já soubesse que seria trabalhoso conservar toda aquela carne, mas Carlos havia se gabado tanto. Talvez fosse bom ter uma mulher por perto, os manteria na linha. - bem...- coçou a cabeça. - porque não deixar elas secas? - molly inclinou a cabeça levemente.

- eu não sei fazer carne seca. - Deniel riu de Carlos.

Se aproximou - não se preocupe molly, o Carlos ama fazer carne seca. - o olhou - não é? 

Molly sorriu - sendo assim, eu vou voltar a minhas tarefas.

A garota voltou a regar algumas plantas ao redor da casa. Carlos socou seu irmão - porque disse que sei fazer carne seca?!

Tristan riu sem animo - você é uma toupeira mesmo! As mãos dela ainda estão machucadas, animal! - Carlos revirou os olhos.

- ah... carne seca demora muito, porque o sebastian não faz? - apontou - ele vive mexendo com isso...

Deniel riu olhando o cervo, talvez pesasse uns 20 quilos. - porque o basth tem mais o que fazer, e ele me contou que vocês estão o incomodando. - Felipe entrou na cozinha e olhou o cervo.

- como vão armazenar a carne? - apontou.

Carlos bufou e Tristan riu. - eu não atazanei ninguém! - se jogou contra a cadeira - eu só disse a verdade..

Deniel suspirou - deixe-o. - olhou para o cervo - seque a carne.

Tristan riu.

A tarde era sempre tranquila. Sempre silenciosa, e quase nunca se ouvia ruídos, bem, isso até aquele pedaço de humano destruir a paz de todos. Sebastian abriu os olhos concentrado na garota ao longe cavalgando em matrona. Ela ria cada vez que matrona pulava algum obstáculo, mesmo molly tendo mantido distância dele, vez ou outra era inevitável não se esbarrarem pala casa ou talvez na Baía. O beijo entre eles dois não havia sido conversado ou esclarecido, e se algo do tipo surgisse em pauta ela tratava de mudar o assunto. Mas sim, era inevitável, eles haviam se beijado e em seu quarto sebastian pensava em seu corpo pequeno e macio debaixo do seu, pensava tanto que sentia raiva de si mesmo. O talo de trigo já estava partido em pedaços quando ele concluiu que tinha que esquecer a pequena senhorita de uma vez por todas. - Que merda...- ergueu-se e voltou para a casa.

Branca, agora chamada de molly, observava o homem de olhos verdes andando rumo a casa. 

Sem dúvida alguma ele a odiava, ela podia sentir isso quando a olhava. Na noite em que se seguiu o beijo, em seu quarto molly não havia conseguido pregar os olhos. Pois se ela resolve-se fechar os olhos, podia sentir o calor... o cheiro... até o gosto dos seus lábios macios sob os seus. Vez ou outra as imagens de tê-lo sob seu corpo, imponente, másculo e totalmente bruto, a tirava do ar. Mas ela só precisava de uma leve sacudida de cabeça e voltava a por os pés sob a terra. Ele ainda andava rumo a casa, molly o olhou, segurou as rédeas firmes e foi diretamente para a Baía. Logo o dia chegaria ao fim, e ela precisava ver como Carlos prepararia a tal "carne seca".

- tem certeza que viu os cavalos de ravena? - deniel perguntava para Julia, que havia chegado um pouco mais cedo afim de conversar com o irmão mais velho.

Ela bebeu um gole do vinho - tenho sim. - suspirou olhando a menina pálida que ria ouvindo as histórias de Tristan e os outros irmãos. - hum.. ela está se adaptando bem. - ambos apreciavam a imagem. 

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