capítulo 32

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Na noite que se seguia molly pensava sobre seu futuro, todos pareciam já ter dormido e nenhum barulho se ouvia na casa. Ela estava com uma das camisolas brancas que Julia havia lhe dado, respirou fundo e sentou na cama, seria loucura bater na porta de Sebastian aquela hora da madrugada? E se ele não abrisse? E se abrisse, o que ela diria? E se ele a rejeitasse? Inferno! Gritava em sua cabeça todas as possibilidades de que aquilo desse errado, mas, mesmo assim juntou o pingo de coragem que possuía e cruzou o corredor.
Basth não havia dormido, na realidade estava tão acordado que temia ouvir a respiração de Filipe ou melhor Dunga do outro lado da parede. Ele havia apelidado Felipe assim, pois apesar de ser inteligente, era lento, sempre havia sido assim.
Em sua fantasia sua amável Sofia estava deitada em sua cama o beijando até que dormisse. Essa havia sido a visão que havia alimentado a anos e anos, até que, em uma noite, ele a invocou mas que viu ao seu lado não era Sofia, e sim...

Duas batidas baixas preencheram o quarto, ele se ergueu e de imediato abriu a porta. Branca estava de pé com uma lamparina no corredor escuro, ele olhou para as portas fechadas e a puxou para dentro do cômodo. Por um segundo branca tentou formular alguma frase, mas desistiu ao notar que Sebastian estava sem blusa. Apenas uma calça de um tecido claro cobria seu corpo, ela temeu olha-lo por muito tempo, então se virou para a parede. Tinha o rosto em chamas.

Ele pos seu casaco e sentou-se na cama. - o que faz aqui? -

A garota estava em choque, o que ela fazia ali?!

Haviam tantas desculpas esfarrapadas que poderia dar, mas a mais convincente que lhe ocorreu foi...- e-eu, quero saber porque quando atirei com a flecha de carvalho foi mais sutil que com uma flecha de cerejeira. -

A pergunta havia pegado Sebastian de surpresa, ele não entendia o motivo de tal curiosidade, mas assumiu que talvez ela estivesse preocupada com seu treino. - bem, a flecha de carvalho e mais... Flexível, ela se contorce com o vento, a cerejeira é firme...-

Diante do seu monólogo, branca se sentia aliviada por ter sido um pouco coerente em sua pergunta, ela via como Sebastian era firme em suas palavras e gostava disso. Poderia ver ele explicando sobre qualquer coisa o dia todo que não se cansaria. - entendi. - sorria como uma tola ao saber que ele parecia satisfeito em ajudar. - bem, ah... Obrigado. -

Assentiu e caminhou rumo a porta, ele a viu sair da mesma forma que havia entrado e depois de alguns minutos voltou a se deitar na cama, ao seu lado não havia mais a lembrança de sua Sofia, mas podia sentir o cheiro da pequena senhorita de cor alva. E de certa forma, aquilo o fez rir.

Na manhã seguinte, tudo corria como antes. Eles tomavam café, iam ao trabalho, voltavam, jantavam, riam, dormiam, por volta de duas ou três da manhã, Sebastian esperava as batidas em sua porta. Ele a abria, a moça entrava e alguma pergunta idiota era respondida, na manhã seguinte o ciclo se repetia. Sem olhares furtivos, sem toques escondidos, sem segundas intenções.
Todos os dias, por três semanas, aquilo aconteceu. Todas as noites, molly, que agora pedia para ser chamada de branca, batia em sua porta e alguma conversa boba começava, mesmo que estivesse calor, mesmo com a chuva se chocando contra sua janela, ela sempre batia.
Sebastian ficava ansioso quando não acontecia em seu horário habitual, estava se tornando como uma espécie de hábito para ele, e ele poderia ser bem controlador quando se tratava de hábitos.
Naquela noite em especial, depois do jantar, Felipe se propôs a cortar os fios de cabelo de branca, estava na hora de virar um homem, e um novo nome deveria ser dado a garota.

Ela sorria sentava frente a fogueira, trista, Carlos, deniel, Filipe, basth e Charles estava ali. Julia manuseava a tesoura, parecia feliz com o amadurecimento da garota. Ela segurou em seus ombros - está pronta? - branca assentiu e respirou fundo. - muito bem. - a cada corte uma risada escapolia de seus lábios.

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