Cap 27.1 | Longas Histórias

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Piper

O bar que o pessoal do trabalho escolheu pra sair foi estreia para todos, na vontade de conhecer o lugar recém-aberto, mas não sei se vamos repetir. As bebidas são boas e a decoração de luzinhas amarelas é aconchegante, mas é tão pequeno pro nosso grande grupo que temos que juntar as cadeiras além do confortável para cabermos todos à mesa. Isso faz com que o braço de Naomi encoste constantemente no meu durante a noite.

Mas agora já são 2 horas da manhã. O bar esvaziou um pouco e uns três de nós já decidiram ir pra casa. Assim, mudei meu assento para o mais próximo da parede, onde estou encostada agora e Naomi consegue ocupar duas cadeiras, sentada em uma e com as pernas esparramadas em outra. A risada dela é alta e de corpo todo.

- Peraí, você conheceu sua primeira namorada num protesto sobre o que?

- A favor da vacina infantil. O que é uma excelente causa, mas tanto eu quanto ela exageramos um pouco. Nossos cartazes eram, sem dúvida, os mais coloridos da passeata toda. Tinha glitter e tudo. Mas olha, a gente tinha dezesseis anos, eu achava que era assim que cartazes eram feitos. Mas daí a gente ficou rindo do cartaz uma da outra e andamos o resto do protesto juntas.

- Fofas.

- Adolescentes, - ela aponta. - Eu me enfiava em protesto sobre tudo quanto é tema, desde que eu achasse válido, é claro. Mas depois de um tempo preferi focar só em alguns temas seletos, senão ia ser ineficiente em todos.

- E foi assim que foi parar na Indonésia?

Ela faz uma careta de quem vasculha uma longa história e é adorável.

- Mais ou menos. Eu tinha essa colega de quarto quando estava morando na Argentina e o namorado dela tinha uma banda. Aí um cara na Austrália gostou dos vídeos dele e chamou pra fazer uma turnê na Oceania. Minha amiga quis ir com ele. Eu tinha duas opções: ou eu arrumava um jeito de pagar o aluguel sozinha, ou vendia tudo e ia com ela.

- Essas eram suas duas únicas opções? - minha pergunta sai distorcida pela risada descrente e divertida.

- Bom, talvez houvesse mais opções. O ponto é que escolhi a segunda. Durante uns meses minha amiga e eu fomos rookies da banda dele pelo continente, até que chegamos na Indonésia e me apaixonei pelo lugar. Acabei arrumando trabalho por lá, fiz amizades e morei lá por dois anos.

Take it Lightly | au Percabeth Onde histórias criam vida. Descubra agora