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   Era o dia da minha viagem para Marvin, estava usando uma calça social em tom azul claro, o tecido era perolado, dava um contraste com a blusa branca transparente com botões que usava e uma capa da mesma cor. Jungkook e eu já estávamos prontos para partir, apenas esperando a carruagem ser abastecida, enquanto isso, decidi ir até o escritório e finalmente ter uma conversa com o rei. Estava adiando por muito tempo.

- Pai.... – bati na porta antes de entrar e o observava encarando alguns papeis, estava usando óculos.

- Já estão de partida? – perguntou se levantando e eu neguei – o que houve?

- Precisamos conversar, de forma séria! – me aproximei do mesmo e segurei suas mãos – o senhor vem se comportando de forma estranha desde o meu cio! Nem mesmo quando meu outro pai disse que realmente era filho de Ji-hoon ficou tão diferente. Sinto seus olhos sobre mim em diversos momentos, como se eu estivesse sendo seguido e observado!

- Eu sempre o protegi, de tudo! Desde quando você cabia em minhas mãos! – deu um suspiro – mas agora, olhe tudo que é capaz de fazer sem mim, não sou mais necessário. Você e Jungkook juntos são completos opostos, mas que se dão bem, se completam, odeio admitir isso. Convivo com aquele lúpus há anos Kim Jimin, e nunca o vi encarar alguém com tamanha admiração. Meu único medo é de ser esquecido, de não precisar de mim, agora é um adulto. Terá sua própria família um dia....

- Sempre vou precisar de você, não pense o contrário! E eu não vou embora, ficaremos todos juntos, cuidando uns dos outros. Aqui no castelo ou na casa das vovós, sempre estarei com você. Papai ciumento....

- Jimin... a carruagem está pronta! – Jungkook abriu a porta e ficou em silencio durante alguns minutos, olhando para nós dois – desculpe por não bater na porta majestade, príncipe, o rei ômega lhe espera também.

- Jeon, foi bom ter vindo. Venha até aqui! – o outro alfa olhou desconfiado, mas caminhou até o rei. Namjoon soltou uma das minhas mãos e pegou a de Jungkook, a erguendo e colocando sobre a minha o que me fez arregalar os olhos – Jungkook... estou confiando a você o meu bem mais precioso, mais valioso que qualquer ouro ou algo desse reino.

- Ele é o ser mais importante em minha vida Namjoon, não machucaria ou o faria sofrer. Não consigo visualizar um futuro sem esse homem.

- Pai... Jungkook.... – molhei os lábios, não conseguia pronunciar uma palavra sequer. O rei apenas deu um sorriso carinhoso em minha direção.

- Eu, Kim Namjoon, rei de Sílvia dou a benção dessa união. E que Yavan esteja ao lado dos dois nessa jornada, quero que sejam felizes e se apoiem.

   Jungkook abriu a boca algumas vezes, mas sua única reação foi me abraçar de forma apertada desacreditado pelas palavras de meu pai, eu também estava.

- Majestade, não sabe como fico feliz em escutar isso! – o antigo monarca se pronunciou – apesar de tudo, não achava certo me relacionar com Jimin e não ter seu consentimento. Então.... muito obrigado.

- Não agradeça Jungkook, só quero meu filhote feliz! E também.... mato você caso estrague tudo. Não me decepcione.

   Fiquei em silêncio, apenas puxando Jungkook para fora do escritório e meu pai vinha logo atrás. Assim que desci as escadas da entrada do castelo, meu outro pai veio conferir minha roupa e se estava apresentável, ele encarou o lúpus por alguns segundos e foi até ele, ajeitando sua capa e prendendo da forma correta a bainha da espada. Resmungando que a posição estava inadequada caso fossemos abordados – meu pai... prefere a padaria, mas sabe tudo sobre armas.

- Quando voltarem, acredito que o andar real já tenha sido restaurado. Sua avó estará entrando no último mês de gestação também.

- Não vejo a hora de conhecer meu tio ou tia. Vovó já disse o que vai querer de presente de parto?

A Lenda do Lobo DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora