Noah Collowey

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Estacionei o carro na garagem e desci, entrando pelos fundos. A cozinha estava movimentada por ser horário de janta dos funcionários. Avistei Dorothy e Alessia perto do fogão e as duas pareciam distraídas do fato de serem babás dos meus filhos e não estarem com meus filhos no momento.

ㅡ Alessia, por que não está com as crianças? ㅡ Abri a geladeira com sede e peguei uma latinha de refrigerante.

ㅡ Senhorita Dulce está com eles. ㅡ Murmurou e Dorothy pareceu desconcertada com minha presença.

ㅡ Estou faminto! Jenny, por favor, prepare um prato para mim. ㅡ Pedi á cozinheira e ela assentiu.

ㅡ Quer que eu prepare a mesa? ㅡ Perguntou e neguei, cumprimentei alguns seguranças e funcionários e subi em direção ao quarto da minha futura noiva.

O silêncio no corredor indicava que meus filhos não estavam acordados e supus que Dulce também não. Ao abrir a porta do quarto de Dulce confirmei que todos os três realmente estavam dormindo. Todos bem juntinhos embaixo de um grosso edredom.

A cena me impactou, o fato de Dulce ter compro uma boneca de porcelana a Vivian também.

Queria e de certa forma era obrigado a introduzir Dulce na vida dos meus filho, porém não estava totalmente preparado para o que significava ter Dulce em nossas vidas.

Nossas... Porra, nossas.

Àquela ruiva briguenta estava conquistando o coração de meus pequeninos e me fazendo encará-la de outras maneiras. Não uma simples obrigação. Um acordo.

Ela era minha, queresse ou não.

Um gemido bem conhecido e um murmúrio me despertaram. Liam resmungou e se mexeu na cama, notando minha presença.

Me aproximei da cama, inalando o cheiro delicioso que aqueles três tinham. O de Dulce se destacava dentre eles, talvez por ser diferente ou por simplesmente ser diferente como ela em si.

Sorri para o meu menininho de ouro e ele grunhiu sonolento. Ele iria chorar.

O puxei para o meu colo e sai do quarto antes que ele iniciasse seu alarde. Fechei a porta e desci as escadas em direção a cozinha, o tempo todo ninando Liam para que não chorasse e, talvez, voltasse a dormir.

ㅡ Filho, não chore. ㅡ Pedi enquanto Jenny colocava o meu prato sobre a mesa, junto de algumas vasilhas com Peixe e macarrão a bolonhesa.

ㅡ Hoje a senhorita Stansey comentou que Dulce teve o incrível dom de fazer Liam parar de chorar em minutos, enquanto a mesma tentava a quase meia hora sem muito sucesso. ㅡ Jenny riu e brincou com Liam antes de sair.

Olhei meu filho, meu menino chorão e carrancudo.

ㅡ Então o mocinho gostou de Dulce? ㅡ Brinquei e ele riu, expondo sua falta de dentes, parecendo compreender algo.

Jantei sobre a supervisão de Liam e Jenny trouxe a mamadeira de Liam já pronta para que o pequeno também jantasse.

Assim que terminei, subi com Liam ainda mamando e fui para o meu quarto. Coloquei Liam sobre a cama e montei uma barricada com travesseiros e edredons a sua volta, liguei a televisão em um programa infantil e peguei meu notebook para voltar ao trabalho.

Havia sido um dia produtivo e cansativo, porém tinha planos de viajar no final do mês com Dulce e as crianças, e para uma viagem tranquila precisaria adiantar coisas na empresa o quanto antes.

Dividi minha atenção entre a tela do notebook e meu filho mordendo um mordedor que encontrei encima da mesinha de cabeceira.

Por um longo tempo eu e Liam continuamos entretidos em nossas telas, ele assistindo desenho e eu, trabalhando. Uma hora depois meu filho dormiu, o ajeitei na cama e continuei a trabalhar, parando apenas as três da madrugada.

Um amor mais que mortalOnde histórias criam vida. Descubra agora