Noah Collowey

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ㅡ Sinto muito, me lembrarei de lhe deixar avisada sobre coisas do tipo. ㅡ Debochei em resposta a sua ironia anterior.

Por uma fala, Dulce pareceu se permitir debochar de mim, demonstrando ironia com o fato de eu tê-la entitulado minha namorada antes de consultá-la.

Ela revirou os olhos, expondo um sorriso empolgado. Uma mera briguinha a empolgava.

ㅡ Muito obrigada pela compreensão. ㅡ Riu e a puxei para fora da sala onde brincava com meus filhos. ㅡ Acho que gostará de ser informada que a partir de agora terá dois guarda-costas com você e uma vigilância impecável, seja minha ou da imprensa. ㅡ Avisei e Dulce não parecia entender. ㅡ Alguma dúvida?

Ela assentiu e me olhou, os olhos esverdeados mais intensos que eu já vi. A profundidade e compulsividade que aquele olhar gritava, exibindo o fato de que ele tinha uma língua afiada e um sangue fervente.

ㅡ Qual a necessidade de tanto? ㅡ Olha ao redor, apontando o guarda-costas parado a alguns passos de distância, depois desvia o olhar para seus braços avermelhados e com alguns curativos. Maldito Liwes. ㅡ Não farei nada que possa comprometer sua imagem, eu garanto. ㅡ Sua inocência me fez rir, Dulce Liwes não tinha ampla noção de quem eu era.

Gargalhei e a garota me olhou extremamente confusa, o olhar totalmente concentrado em mim para lhe dar suas respostas. Porra, ela não tinha a mínima ideia de quem eu era.

Conti a risada e passei as mãos no rosto, cansado e irritado. Como um homem oferece suas filhas em casamento sem ao menos lhe explicar com quem estavam se casando?

Murmurei um ou outro palavrão e Dulce recuou um passo. Seu medo explícito por pessoas enfurecidas me ativou um alerta. A quanto tempo ele a machucava?

É bom que não seja muito pois se eu descobrir indício de que Dulce é espancada a muito tempo acabarei com a existência de todo e qualquer Liwes existente nesse mundo, exceto por Dulce e Esther.

Na verdade, tudo que desejo é destruir a vida do homem que teve coragem de machucar minha noiva. Minha Dulce.

ㅡ Não sabe quem sou, né? ㅡ Seguro sua mão com cuidado e a levo para a sala de estar mais próxima. Ela nega.

ㅡ Nada além de Noah Collowey, pai de dois lindos filhos e temido por seu próprio pai. ㅡ Citou uma minúscula lista do que eu era.

Myendry . ㅡ Testei o nome mais usado por mim para se referir a máfia, a minha máfia. Reconhecimento em suas feições me fizeram entender que conhecia.

ㅡ Ouvi muito a respeito, ao mesmo tempo em que foi muito vago e pouco. De qualquer forma, é uma máfia que está em todo o mundo, de asiático a europeu, essa máfia se estende. ㅡ Sorrio ao ouvir isso de outra pessoa. Meu ego muito inflado recebe uma bombeada de ar.

ㅡ Eu sou o chefe dela ㅡ solto e Dulce me olha, começando a rir, mas logo para e estremece. ㅡ Não é brincadeira. ㅡ A encaro sério. Seus olhos contém faíscas de medo e seu corpo está rígido.

A puxo para mim e a pequena ruiva se choca contra meu peitoral. Ela ergue a cabeça, procurando somente manter contato visual e lhe asseguro que tudo ficará bem.

Dulce ainda treme e em uma tentativa de diminuir isso, rodeio minhas mãos pela cintura fina e aperto contra mim.

ㅡ Jamais machucarei você. Porém, inimigos espreitam todo e qualquer lugar. E eu me certificarei de que volte sempre em segurança para casa. ㅡ Afirmo e ela engole seco, engolindo minhas palavras.

ㅡ Então posso sair de casa? ㅡ Seus olhos brilharam rapidamente com a pergunta instantânea. Mas que droga de pergunta!

ㅡ É óbvio, porra. Não sou um maníaco problemático. ㅡ Por mais que me sinta ofendido, a realidade é que Dulce vivia uma vida totalmente diferente e diria até, abusiva dado as marcas em seu corpo.

ㅡ Eu não quis... Não quis dizer que você era um. ㅡ Recua um passo e bufa, irritada. ㅡ Quero saber se está com o meu celular. ㅡ Pergunta visivelmente diferente, mais corajosa.

Nego.

ㅡ Está no lixo, eu suponho. ㅡ Ela fica boquiaberta. Raiva surge em seu olhar. ㅡ Há novos intens de informática e tecnologia no seu quarto. Devem estar guardados pelo quarto. ㅡ Aviso e viro as costas indo até a porta, passava da hora de sair para trabalhar. Ouço um murmurar e a olho de soslaio. Emburrada e vermelha de raiva. Linda. ㅡ O que disse? ㅡ Resmunguei enquanto abria a porta, a atenção voltada para ela.

ㅡ Nada

Saiu pisando duro em direção a escada. Sorri, Dulce estava me provocando com tanta imprudência. O problema era: adorava uma provocação e vinda dela era tudo, menos aceitável.

ㅡ Essa noite você não dorme antes de me contar o que acabou de dizer. ㅡ Falo alto o bastante para que ouça. Ela gargalha puramente debochando de mim.

ㅡ Eu quero ver quem me fará falar algo. ㅡ E com isso subiu as escadas e perdi seus fios ruivos de vista.

Um amor mais que mortalOnde histórias criam vida. Descubra agora