Noah Collowey

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ㅡ Jamais entenderei as mulheres. ㅡ Decretei e mamãe riu, reunindo os brinquedos de Liam de cima da mesa de centro, na sala.

ㅡ Ao que entendi, Norman traumatizou a garota e a fez odiá-lo por algum motivo. Ela está zangada com o fato da irmã parecer mais próxima dele do que o normal. ㅡ Mamãe falou como a psicóloga que recentemente havia se tornando. Mamãe era uma incrível dançarina e decidiu por se tornar psicóloga há alguns anos. Era seu sonho inicial, acima da dança.

ㅡ Há três dias ela está calada e reclusa. Mal sai do quarto e até Esther estranhou.

ㅡ Você é o futuro marido. Se resolva com ela. ㅡ Mamãe abriu o baú de brinquedos portátil e jogou os mordedores de Liam lá dentro. Ela parou e me encarou. ㅡ Sua " noiva " , como insiste em chamar, não tem nem um anel que a entitule sua e o odeia explicitamente.

ㅡ Não tentei simpatizar com ela.

ㅡ Pelo contrário, ao que percebi. ㅡ O tom de reprovação explícito em seu tom me fez sentir culpa. Ninguém, em todo esse fodido planeta, tinha o poder de me fazer sentir culpa tão facilmente. Somente ela e ninguém mais, me colocava nos trilhos quando descarreava incontrolavelmente por aí. ㅡ Boa noite, meu filho. Vou verificar se Ellah está bem. ㅡ Mamãe me deu um beijo na bochecha e saiu em direção as escadas.

Terminei de recolher os brinquedos pelo sofá e subi, com um destino certo. Parei em frente a porta do quarto de Dulce e segurei a maçaneta, respirando profundamente antes de abrir a porta e entrar.

Ela estava deitada em sua cama, concentrada em um filme que passava na televisão e me encarou surpresa. Os olhos esverdeados que tanto admirava, brilhavam perante a escuridão do cômodo frio, resultado do ar condicionado ligado.

Seus fios ruivos se espalhavam pelo travesseiro de modo desajeitado e um pijama extremamente curto cobria seu corpo pequeno e delicioso.

ㅡ Noah, oque você... ㅡ Ela se sentou na cama imediatamente e tranquei a porta atrás de mim. Me aproximei da cama e tirei os sapatos antes de me deitar na mesma. ㅡ Qual é o problema? ㅡ Ela me olhou confusa e dei de ombros pegando meu celular.

ㅡ Eu que lhe pergunto. Qual é o problema? ㅡ A olhei por cima da tela do celular e a garota desviou o olhar.

ㅡ Não há problema algum.

ㅡ Mentirosa.

Dulce revirou os olhos e me ignorou, focada no filme que se passava na televisão.

ㅡ Não olha na minha cara e nem aparece para as refeições. Evita ficar perto de Esther, Norman ou qualquer outro que não sejam as crianças. ㅡ Comecei e Dulce continuou me ignorando. ㅡ Não me ignore. ㅡ Segurei seu rosto com uma mão e virei para mim com brutalidade.

ㅡ Vá se foder! ㅡ Ela resmungou tentando se soltar e a prensei contra o suporte da cama, me colocando sobre ela. ㅡ Noah, sai já de cima de mim! ㅡ Ela se debateu e segurei seu rosto com mais força.

ㅡ Age feito uma criança e ignora até mesmo sua irmã, àquela que acaba de voltar de um sequestro. Large de ser infantil e aja como a mulher que está passando da hora de começar a ser.

ㅡ Está me machucando...

ㅡ Foda-se! Aceite logo a porra do casamento, porque eu não voltarei atrás. Você. Será. Minha. Mulher. Você entende? ㅡ Estava transtornada e ao observar as esferas esverdeadas se enraivecerem, tive a certeza de que fui longe demais.

ㅡ Aceitar o caralho! Essa merda, vocês só fazem o que querem, condenando pessoas a viverem um pouco do seu inferno pessoal. Aquele filha da puta de Norman fez o mesmo. Àqueles malditos sequestradores me estruparam e mataram meu sobrinho na minha frente! Porra, Noah, você me condenou a um casamento ao qual nunca desejei para quê? Me aprisionar em uma fodida gaiola de ouro com o seu irmão desgraçado? Vá se foder!

Um amor mais que mortalOnde histórias criam vida. Descubra agora