Observava atentamente a porta do banheiro na esperança ou medo de que Noah o invadisse, entretanto, minutos se passaram e continuei ali, imóvel e pensativa.
Me sentia uma adolescente idiota por reagir tão intensamente por Noah, seus beijos e sua simples presença.
Estremeci com a lembrança de nosso beijo e, em partes por estar só de biquíni e estar esfriando. Me levantei, afastando os malditos pensamentos que me cercavam e destranquei a porta do banheiro.
Batidas na porta soaram e o desejo incompreensível de querer que fosse ele, pulsou nas minhas veias.
ㅡ Posso entrar, senhorita Liwes? ㅡ Uma mulher perguntou pela fresta da porta entreaberta.
ㅡ Só Dulce e sim, pode entrar. ㅡ Me joguei na cama.
ㅡ O senhor Noah está a sua espera lá embaixo. ㅡ Murmurou desconcertada ao ver que estava de biquíni e nem um pouco arrumada.
Olhei para ela, atônita. Ele realmente esperava que sairia com ele quando, na verdade, não queria encarar seu rosto bonito por um bom tempo?
ㅡ Eu não vou. ㅡ Me levantei e fui até o closet. Ouvi os passos da mulher se afastando e suspirei. Fechei a porta do closet e comecei a observar, pela primeira vez, o closet cheio e recém arrumado.
Alguns minutos depois ouvi a porta do quarto bater abruptamente e Noah abriu a porta do closet, me encarando com impaciência e tédio.
ㅡ Você tem meia hora para se arrumar. ㅡ Virou as costas e continuei parada. Quem ele pensava que era? Um maldito riquinho mandão que acreditava que eu era como todos, certamente.
ㅡ Eu. Não. Vou. ㅡ Silibei e virei as costas, pegando um conjunto de blusa e short verde água.
O ouvi suspirar profundamente e estremeci. Ele se aproximou e não né movi, de costas para ele. Seus braços rodearam minhas pernas e gritei, espantada.
ㅡ Você tem quinze minutos para tomar um banho e se demorar, entro aí e te busco. ㅡ Me colocou na porta do banheiro. Recuei, o ódio explícito em meu rosto.
Minha mente me mandava desafia-lo um pouco mais, porém meu corpo me mandou obedece-lo e não sofrer consequências evitáveis.
Obedeci meu corpo e me tranquei no banheiro, tomando banho e lavando o cabelo em tempo recorde. Passei um creme no rosto para não queimar no sol e sai, encontrando Noah deitado de forma descontraída em minha cama.
Seus olhos imediatamente focaram a toalha branca que cobria todo o meu corpo. Corei e corri para o closet. Nunca havia gostado tanto dele como naquele momento.
Peguei um vestido branco com o cinto vermelho que era acessório próprio dele, duas botas de cano baixo e creme hidratante.
Passei o creme e me vesti, ajustando o cinto e coloquei as botas. Parei de frente ao espelho que tinha ali e rodopiei, apreciando a visão. A porta se abriu no momento do segundo giro e Noah parou me observando atentamente.
Um sorriso se formou em seus lábios e ele me chamou. Peguei uma escova de cabelo e comecei a pentea-lo com lentidão. Sorri com ironia e Noah recostou no umbral.
ㅡ Por que é tão marrenta?
ㅡ Por que é tão insuportável?
ㅡ Eu não sou. Mas você, sim.
ㅡ Insuportável?
ㅡ Não, marrenta e linda pra caralho.
Me calei. O encarei confusa e deixei a escova sobre a penteadeira. Já havia terminado de pentear o cabelo.
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Um amor mais que mortal
RomanceDuas pessoas, duas histórias, dois mundos, objetivos opostos, um acordo, uma união. Quando Adolfo Liwes e Karl Collowey selam um acordo de casamento para seus filhos, Dulce Liwes e Noah Collowey se vêem perdidos. Noah Collowey recebe a notíci...