Abri os olhos, sentindo-me exausta e sonolenta. Olhei ao redor reconhecendo o quarto de Noah. A lembrança de nossos beijos e a forma com que dormi, voltando a minha mente como se eu tivesse ficado bêbada, o que realmente não era o caso.
Me sentei na cama, rezando para não encontrar Noah e sai do quarto, seguindo até as escadas. Ouvi vozes e me virei, encontrando Norman e Noah junto de... Esther.
Estava meio sonolenta, mas assim que vi Esther, acordei. Assim que me viu, Esther sorriu e abriu os braços para me receber em um abraço. A apertei o máximo que podia, sentindo seu corpo fraco contra mim.
ㅡ Esther, eu senti tanta saudades. Fiquei preocupada e... ㅡ Esther sorriu, o semblante cansado me calou. Esther deveria estar cansada, assustada e na pior das hipóteses, traumatizada e machucada.
Respirei profundamente, senti meus lábios tremerem e meus olhos se encherem d'água.
ㅡ Eu senti muito a sua falta! ㅡ A abracei novamente, chorando. Esther me apertou contra si com força e assim que nos afastamos, Noah se aproximou e pousou a mão em meu ombro.
ㅡ Vamos dormir. Esther está cansada e quer descansar, certo? ㅡ Noah falou com calma. Estava realmente com sono, mas não queria deixar Esther. Não agora que a tinha depois de muito tempo distante.
O rosto explicitamente cansado de Esther me fez recuar e aceitar. Sorri para minha irmã e Norman a levou para o corredor onde Clara estava dormindo.
ㅡ Vem, Dulce. ㅡ Noah agarrou minha cintura e lentamente me guiou de volta para seu quarto. Não retruquei. Gostava do quarto dele.
Me deitei na cama e me acomodei entre os travesseiros e edredons. Noah voltou do closet com alguns snacks e um moletom.
ㅡ Veste. Está frio lá fora. ㅡ Ele me entregou o moletom e peguei, vestindo em seguida.
Ele abriu um saco de salgadinho e me entregou. Ligou a televisão e se deitou ao meu lado.
ㅡ O que quer assistir? ㅡ Noah perguntou e dei de ombros.
ㅡ Já assistiu Cinderela? ㅡ Sorri e ele negou.
ㅡ Sem chance. Que tal este? ㅡ Apontou uma comédia romântica e dei de ombros.
ㅡ Gosta de assistir filme? ㅡ Questionei.
ㅡ Não. Mas você, sim. ㅡ Ele jogou, simplesmente, que sabia que eu gostava de assistir filme e só por isso o estávamos fazendo.
Não respondi, ao invés disso me concentrei no filme sem sono algum para dormir e ignorar a existência do gigante sexy ao meu lado.
Só se ouvia as vozes do filme por longos minutos. Talvez uma hora até que me entregasse ao sono, entediada com o filme ruim escolhido por Noah.
Acordei com o barulho de Noah se arrumando, sentei-me na cama e o observei andar pelo quarto despido da cintura para cima com os cabelos molhados e desgrenhados.
ㅡ Bom dia, Dulce Liwes. ㅡ Ele saudou em um tom irônico após perceber que o observava fazia muito tempo.
ㅡ Bom dia, Collowey. ㅡ Me levantei e segui para o banheiro. O cheiro forte do seu perfume inundando o lugar de forma deliciosa.
Parei de frente para o espelho, admirando meu estado deplorável pela manhã. Observei a figura alta e musculosa parar atrás de mim, através do espelho e ergui o rosto.
ㅡ Não me olhe assim ou serei obrigado a beijar essa boquinha linda até deixá-la roxa e inchada. ㅡ Ele murmurou e estremeci, porém era tarde demais e sua mão grande e virou e prensou contra a pia, tomando meus lábios como se fossem dele por direito.
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Um amor mais que mortal
RomanceDuas pessoas, duas histórias, dois mundos, objetivos opostos, um acordo, uma união. Quando Adolfo Liwes e Karl Collowey selam um acordo de casamento para seus filhos, Dulce Liwes e Noah Collowey se vêem perdidos. Noah Collowey recebe a notíci...