Dulce Liwes

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Estava deslumbrada com todo o luxo que a companhia de dança francielly le' fontoure esbanjava. O lugar havia sido indicado por uma amiga da faculdade, porém não cogitei muito a possibilidade de me inscrever por ser em Boston. Não fazia ideia de como minha vida iria mudar. Havia terminado a faculdade de dança há dois meses e, desde então, me inscrito em cinco academias de dança na cidade em que morava.

Fui aceita em três delas e os testes seriam em duas semanas. Agora, pretendia me inscrever na renomada academia de dança francielly le' fontoure. Tudo ali era lindo e muito chique, outro motivo para não ter me inscrito.

Noah havia dado a Tommy uma lista de lugares em que eu poderia querer visitar em breve. Fiquei surpresa ao ver três academias de dança e um café francês com filiais em Manhattan.

Isso me levou a pensar em como ele sabia tanto sobre a minha vida. Tudo sobre mim lhe foi entregue, assim como a mim mesma, e eu detestava tudo aquilo.

Voltei minha atenção para o grande livro na recepção. Assinaturas, incrições e alguns nomes se dispunham ali.

Assinei o meu e me inscrevi para o teste inicial.

ㅡ Senhorita ㅡ a moça olhou minha assinatura. ㅡ Acredito que já tenho marcado o teste anteriormente. ㅡ Olhou a tela do computador e digitou um pouco até assentir. ㅡ Realmente. Senhorita Liwes. Você pode me acompanhar? ㅡ Se levantou e assenti, a seguindo por um corredor que nescessitava de acesso especial para passar.

ㅡ Onde estamos indo? ㅡ Olhei ao redor, várias portas de vidro se espalhavam pelo corredor, paramos em uma com uma placa escrita: Callahan.

ㅡ A senhorita Callahan deseja falar com você. ㅡ Abriu a porta e entrei, ela fechou a porta atrás de mim e me deixou sozinha com a linda moça sentada em uma luxuosa mesa de escritório.

ㅡ Olá ㅡ sorri, olhando ao redor.

A mulher sorriu instantaneamente e se levantou.

ㅡ Olá. Dulce Liwes, não é mesmo? ㅡ Se aproximou e estendeu a mão, apertei e a mulher expunha um sorriso assustador.

ㅡ Sim. É um prazer conhecê-la. ㅡ Recuei um passo, compreendo que àquilo tinha o nome de Noah envolvido.

ㅡ O prazer é todo meu, sem dúvidas. ㅡ A mulher se atrapalhou um pouco e sorri. ㅡ A senhorita se formou em dança a algum tempo, certo? ㅡ Assenti e ela apontou o sofá de veludo rosa no canto da sala. ㅡ Deseja se tornar professora de dança?

ㅡ Sim, era meu sonho inicial. ㅡ Ri de nervoso, testando ver até onde ela sabia sobre mim e Noah.

ㅡ O casamento realmente atrasa alguns de nossos planos. ㅡ Ela riu e fechei a cara. Todos falavam como se fosse algo convencional. A mulher pareceu perceber e completou: ㅡ Mas, não acredito que seja preciso atrasar seus planos graças ao casamento.

ㅡ O problema não é o casamento. ㅡ Comentei e a mulher sorriu, nervosamente.

ㅡ Oh, entendo. ㅡ Voltou o olhar para a janela. ㅡ Mas, vamos ao que interessa: o motivo de estar aqui. Tenho uma turma recém formada com crianças de sete a dez anos. ㅡ Me entregou uma pasta e dentro havia um relatório detalhado sobre várias meninas e sobre a turma em si. ㅡ Adoraria se você fosse a professora delas ㅡ sorriu abertamente e arqueei uma sombrancelha.

Aquele lugar era a elite da dança. Alunas e mulheres extremamente conhecidas dançavam ali. Esperava me tornar assistente de professora ou, no máximo, assistente. Minhas expectativas mais altas eram mínimas graças a minha inexperiência profissional, mas aquilo... Dar aula de dança parecia um sonho inalcançável.

Um amor mais que mortalOnde histórias criam vida. Descubra agora