Parei, olhando atentamente os dois filhotes a minha frente. Ambos de coleira e pelo escovado, resultado do pet shop em que haviam acabado de voltar.
Noah sequestrou meus cachorros e os mandou para o veterinário e depois, pet shop. E depois de três horas um segurança apareceu e me devolveu os filhotes de banho tomado e com uma coleira sem identificação.
Eles não tinham nome e estava somente esperando as crianças acordarem para escolherem um nome a eles.
ㅡ Dulce. ㅡ A voz de Vivian se fez ouvir pelo cômodo antes silencioso. Sorri, com a empolgação constante em sua voz.
Dada a história que Noah havia me contado sobre Vivian, seus sorrisos eram motivo de total contentamento. Aquela criança tão pequena passou por tanto e ainda assim sorria para os quatro cantos.
Me virei e a vi correr em minha direção com um sorriso, parando rapidamente ao ver os dois filhotinhos dormindo em uma cama que improvisei para eles.
Clara e Ellah apareceram na porta da sala e se aproximaram lentamente do local onde estavam os cachorros.
ㅡ Que lindos, titia. ㅡ Clara disse, se agachando sobre os calcanhares para observá-los.
ㅡ Sim, pequena. Muito lindos.
Ellah se ajoelhou ao lado de Clara e senti uma mão tocar meu ombro. Me virei e encontrei o olhar confuso de Esther.
ㅡ Qual o nome deles? ㅡ Ellah perguntou e me afastei um pouco, me sentando no sofá mais próximo.
ㅡ Eles não tem um nome, Ellah. Preciso de ajuda com isso. ㅡ Falei. Esther sentou do meu lado e ligou a televisão.
ㅡ São seus, Dulce? ㅡ Esther me encarou e dei de ombros.
Dei uma olhada nos filhotinhos, agora acordados, e olhei para Esther.
ㅡ Não, nescessariamente. Noah quase os atropelou e eu os trouxe para cá. ㅡ Eu disse me lembrando de como quase batemos contra um carro e como quase matamos dois filhotinhos.
Esther me encarou com uma sombrancelha arqueada e depois riu.
ㅡ Noah mudou pra caralho. Antigamente, Noah abominava crianças, animais e qualquer relacionamento amoroso que tendesse a ser duradouro. ㅡ Riu e franzi o cenho. Noah e eu não tínhamos um relacionamento amoroso, não espontaneamente pelo menos. Esther pareceu ler minha mente quando enclementou com rapidez: ㅡ Não estou dizendo que vocês tem um relacionamento amoroso. O que vocês tem é meramente forçado e odioso, eu sei. ㅡ Ela deu um pequeno sorriso.
Vacilei, lembrando dos dedos ágeis de Noah mais cedo, tocando-me e me beijando com tanta fome que me fez sentir desejada. Era impossível, obviamente. Noah era um homem poderoso, bonito, sexy e rico que poderia ter qualquer uma sobre seus pés.
Não era sobre me vitimizar e sim, sobre cair na real. Noah me irritava, provocava e depois jogava comigo e com o desejo intenso que sentia por ele, sempre conseguindo a melhor. Precisava resistir, precisava garantir com que meu coração estúpida não se machucasse como já fez muitas vezes.
Merda. Por quê não conseguia tirar ele de minha mente?
Me obriguei a voltar minha atenção a Esther, tentando me lembrar sobre o que conversávamos antes de Noah invadir meus pensamentos, novamente.
ㅡ É eu... ㅡ Suspirei, sentindo-me esgotada. ㅡ Deixa pra lá. Que tal começarmos a pensar em nomes para esses dois? ㅡ Forcei um sorriso convincente, me levantei e puxei Esther até as crianças.
ㅡ Sky. Da patrulha canina! ㅡ Vivian pulou, erguendo as mãozinhas com um sorriso.
Sorri de volta e acenei.
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Um amor mais que mortal
RomanceDuas pessoas, duas histórias, dois mundos, objetivos opostos, um acordo, uma união. Quando Adolfo Liwes e Karl Collowey selam um acordo de casamento para seus filhos, Dulce Liwes e Noah Collowey se vêem perdidos. Noah Collowey recebe a notíci...