Noah Collowey

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O corpo frágil de Dulce contra o meu me fazia perceber o quão filha da puta era. Porém, ela era minha e jamais deixaria algo que me pertencia escapar.

Seu rosto suave e expressão calma me faziam esquecer a puta dor de cabeça que me causou nas últimas horas ao fugir de meus seguranças e conseguir perceber até mesmo quando estava sendo vigiada.

Senti orgulho da pequena encrenca que em breve viria a ser minha esposa. Dulce se mostrou terrivelmente persistente e não desistiria até se ver livre de mim.

O problema era: ela jamais estaria livre de mim.

O carro adentrou os portões de casa e estacionou em frente a mansão. Desci com Dulce totalmente adormecida em meus braços e subi até meu quarto, depositando-a sobre minha cama.

Havia ligado para o médico da família e mandado que estivesse a postos para atender Dulce assim que eu chegasse.

ㅡ Senhor. ㅡ Ele acenou, respeitosamente e observou Dulce adormecida no centro da minha cama. Pelo seu olhar, era óbvio deduzir que ele acreditava ter sido eu quem a machucou.

ㅡ Robert ㅡ acenei de volta e fui até o closet. Peguei uma camiseta minha e voltei para perto do médico.

Depois de uma longa examinada e alguns curativos o homem sorriu.

ㅡ Ela ficará bem, os antigos ferimentos já estão quase cicatrizados e, no momento, seus pés estão um pouco cortados e a respiração está irregular. Recomendo uma inalação e o uso diário destes remédios durante as próximas duas semanas. ㅡ Me entregou uma folha com o nome de alguns remédios.

ㅡ Certo. Muito obrigado. ㅡ Agradeci e esperei que saísse do quarto. Dulce se remexeu na cama e sorri. Ela havia acordado a alguns minutos e fingiu ainda estar dormindo. ㅡ Sei que está acordada. ㅡ Me joguei na cama ao seu lado e ela bufou.

ㅡ Vai se foder, Collowey. ㅡ Bradou irritada.

ㅡ Acordou de mal humor, senhorita fugitiva? ㅡ Provoquei e ela abriu os olhos, me encarando realmente irritada. As íris esverdeadas demonstrando ódio puro.

ㅡ Eu. Te. Odeio. ㅡ Silibou e se virou, agarrei sua cintura e colei seu corpo contra o meu.

A pele morna se arrepiando ao meu toque. Dulce, além de linda e afiada, era também terrivelmente gostosa.

ㅡContinue a me odiar, pequenina, porém saiba que jamais se livrará de mim. ㅡ Sussurrei próximo ao seu ouvido e mordi o lóbulo de sua orelha. ㅡ A partir do momento que lhe declarei minha, nada lhe afastará de mim. ㅡ Desci meu rosto até sua bochecha e depositei um beijo ali.

Virei seu corpo de frente ao meu e a apertei contra mim.

ㅡ Por que? ㅡ Sussurrou, o rosto enterrado em meu peitoral. ㅡ Por que justo eu?

Sorri.

ㅡ Porque você estava destinada a mim, goste ou não. Eu somente peguei oque me pertencia. ㅡ Ergui seu rosto e as lindas esferas esverdeadas me encaravam curiosas. Puxei a camiseta que havia pego e retirei sua blusa suja de terra

ㅡ O que você... ㅡ Dulce me olhou mais confusa e recuou assim que retirei sua blusa expondo o sutiã azul aprisionando seus seios. Deslizei a camiseta sobre o corpo curvilíneo.

ㅡ Durma. Deve estar exausta. ㅡ Deduzi e ela me olhou, as bochechas avermelhadas faziam junção aos fios ruivos que cobriam seu rosto.

Sem lhe dar tempo para retrucar, a deitei, cobri e desliguei a luz do abajur que iluminava o quarto escuro. Lentamente, seu rosto e respiração foram suavizando até que adormecesse de vez.

Um amor mais que mortalOnde histórias criam vida. Descubra agora