(Capítulo não revisado)
Bucky não acredita que permitiu que Sam e Anne o arrastassem do clube para sair à procura dos homens da arqueira, muito menos que deixou Andrew e a dupla, Isaac e Alex, para trás como se fosse aceitável. Ele anda de um lado para o outro na grama molhada, a chuva castiga a sua cabeça e a de Sam e Anne, que discutem sobre uma aposta que Annenberg fez e que, aparentemente, os fez perder tudo. Sinceramente, Barnes quer que Anne e suas apostas se fodam.
Anne está jogada em cima de um galho de uma alta árvore, seus braços pendem no ar e seu rosto pressiona a rigidez da madeira. Seus olhos brilham sob a fraca luz da lanterna que roubou enquanto fugia, passando por uma pequena feira, o tom de roxo impressionaria Bucky em qualquer outra situação, mas, agora, ele pouco se importa com a cor dos olhos dela.
– Eles estão bem, Barnes. – Sam garante pela quinta vez desde que chegaram ao ponto de encontro, sua mão pousa no ombro de Barnes como se quisesse reconforta-lo. A culpa ainda causa uma sombra em seus olhos, Bucky não sabe se é pelo soco que deu em Andrew ou se era por ter perseguido os homens da arqueira acabando por abandonar Andrew para trás. O que quer que seja, finalmente faz algo dentro de Bucky estalar em raiva, sua mão se fechando em punho antes de jogar toda a força contra o rosto de Sam.
Sam cai pesadamente contra a grama molhada, seu rosto é colocado no barro enquanto Bucky respira fundo e em seguida o puxa de volta para ficar em pé. O ódio estala várias vezes dentro de Barnes, ele quer socar Wilson de novo para lembrá-lo da dor que causou em Andrew, uma fúria tão inexplicável incendeia metade nos neurônios de Barnes. Anne pula da árvore, gritando para Bucky soltá-lo e, por um deslize, Barnes a desafia para obrigá-lo a fazer o que ela manda.
Foi um erro, ele reconhece isso.
Uma dor agonizante o atinge no peito, as batidas do seu coração falham e a mão de Barnes solta automaticamente Sam que caí de volta no chão em um baque surdo. Anne avança contra Bucky, não precisando tocá-lo ao erguer a mão e fechá-la com força o suficiente para algo dentro dele se partir. Um grito mudo escapa de seus lábios, nenhum som sendo proferido conforme seus pulmões esvaziam de ar.
– Idiota arrogante! – Anne dispara, dobrando o pulso e o ato faz as entranhas de Bucky se contorcer como se tivessem sido colocadas dentro do liquidificador. – Andrew teria deixado você morrer se precisasse escolher entre você e Parker, então pare de o defender como se o conhecesse ou coisa parecida. – Agachando em frente a Bucky que está ajoelhado no chão, Anne o olha cruelmente e aperta os dedos com mais força contra a palma da mão. As costelas de Barnes se partem e o som ecoa pela floresta. – Eu deveria matar...
– Chega, Cooper! – A voz de Andrew enche a floresta, é forte e confiante como a de um comandante e imediatamente Anne levanta, abrindo a mão permitindo que seus poderes se soltassem do corpo de Barnes que cai destruído no chão. – Sua filha da puta, sai da porra das árvores ou eu vou mandar Malenty derreter seu cérebro!
Bucky se esforça para apoiar-se nos cotovelos, sentindo o estômago revirar com força antes de vomitar todas as suas dores e a comida que comeu no dia para fora. Seu corpo estremece com o esforço, tremendo brutalmente quando os ossos são colocados no lugar como se nunca tivessem sido partidos antes e só então ele percebe os suaves movimentos dos dedos de Anne, que reconstrói cada pedaço que destruiu.
Uma mão descansa em suas costas, Alexander Esposito faz lentos círculos o aconselhando a vomitar tudo para fora enquanto olha para os lados à procura de Laila Cooper. Seus olhos castanhos brilham intensamente, estreitos conforme procura pela integrante da equipe disfuncional de Andrew.
As folhas farfalham em uma árvore próxima, movimentos silenciosos alcançam a atenção de todos e Laila desce graciosamente da árvore com a sutileza de uma agente treinada há anos. Os olhos delas são profundos e densos como uma floresta, se a postura de Anne parecia a de uma bailarina, a de Laila é como se os ossos de seu corpo tivessem sido moldados pelas mãos do melhor escultor do mundo e mantido fixos a uma barra de ferro que a mantém os ombros retos. O cabelo cai como uma cascata de petróleo pelas suas costas, sua expressão é rígida e livre de ressentimentos, os olhos passam rapidamente por Sam e Bucky e em seguida travam uma disputa cruel com Andrew Stark.
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Lar, doce lar - Bucky Barnes
FanfictionContinuação de "Stark" Andrew Stark guarda inúmeros segredos. O pior deles? Bucky Barnens dormindo em sua cama.