(Capítulo não revisado)
Uma poça de destroços e pedaços de ruínas pode ser facilmente comparada a Andrew agora, que entra dentro do vagão do trem e torce para abrir caminho através das pessoas, desejando muito encontrar um canto onde poderá se encolher até que o destino chegue até ele. Ou ele chegue até o destino. Está aberto para interpretações. Andrew realmente não se importa com a linha de pensamentos que cruzam a sua mente, sem querer considerar o quão contraditório pode estar sendo.
Nova York é terrível no aspecto de pessoas, sujeira e ratos.
Por Céus, os ratos.
Claro, isso só pode ser considerado e qualificado no lugar em que Andrew escolheu ir, atravessando linhas de trem que passam por Nova York inteira e talvez ultrapasse um pouco, só que faz duas horas que Andrew não registra mais os pontos e os bairros que já passou, então não há como ele dizer que é completamente verdade a sua observação sobre ratos. Talvez ele tenha passado tanto tempo em aviões particulares e o conforto de sua vida com Bucky, que ele tenha se esquecido do que é uma estação de trem em Nova York. Ele não sabe dizer se Washington era assim, ele supõe que não só para ter algo para falar mal de Nova York.
O boné em sua cabeça amassa os cachos, causando um suor desconfortante, junto com a máscara que cobre o nariz até o queixo para evitar que alguém o reconheça. A última coisa que ele precisa é um vídeo seu andando de trem indo atrás do garoto do Queens, o que faria a Arqueira colocar um alvo de volta na testa dele. Então, para evitar ser visto, Andrew se espreme entre as pessoas e encontra um canto onde consegue se agachar, mantendo a cabeça baixa.
Durante os meses que passaram, diversos erros foram cometidos e mentiras foram criadas para protegê-lo, Tony descobriu a verdade da metade das mentiras de Andrew, provavelmente noventa por cento, Andrew não é um mentiroso tão bom quanto gostaria de admitir. No entanto, ele fica surpreso ao perceber que a mentira que ele mais se arrepende no momento é a que contou a Bucky, dois dias atrás quando Nova York ainda era um mero lembrete de sua vida como Vingador. Ele precisou segurar a vontade de comprar um celular descartável para ligar para Barnes e se desculpar, porque, sinceramente, há coisas piores do que uma mentira inocente.
Demora vinte minutos para a estação de Andrew chegar, ele desce seguindo o fluxo de pessoas e encolhe os ombros para se infiltrar, evitando olhar muito para cima enquanto sobe as escadas.
O prédio em que Peter mora não é tão longe da estação, Andrew fica grato por isso.
Ele não entra pela entrada principal, ao invés disso, sobe pela escada de incêndio e tenta se lembrar onde fica a janela do quarto de Peter. Quando encontra, Andrew força a tranca da janela com uma chave de fenda, lembrando da voz de Anne que o ensinou como abrir qualquer tipo de fechadura e tranca. Ela era uma ladra, Andrew não entendeu o porquê de ter ficado surpreso na época com as dicas dela.
Ao menos, foi eficaz.
A janela abriu silenciosamente, Andrew entra e guarda a chave de fenda dentro da bolsa carteiro em seu ombro. O olhar varre o quarto, observando por um minuto antes de atravessar o cômodo e abrir a porta, olhando para o apartamento.
Está vazio.
Andrew fecha a porta, ainda dentro do quarto.
– Truque velho, Parker. – Andrew comenta, erguendo a cabeça para cima, encarando Peter preso no teto. – Mas vejo que você não cansou, não é?
– O que você está fazendo aqui? – Peter pergunta, saltando para o chão com uma aterrissagem exagerada. Andrew revira os olhos, sorrindo.
– Eu vim conversar, garoto. – Andrew caminha em direção a cama e senta, dando uma batidinha ao seu lado. – Senta aqui.

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Lar, doce lar - Bucky Barnes
FanfictionContinuação de "Stark" Andrew Stark guarda inúmeros segredos. O pior deles? Bucky Barnens dormindo em sua cama.