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Anelise Stein
•~ 🌷 •~

— Nao vou deixar você dormir espremida comigo, mamae ronca demais — Bill diz cochichando em meu ouvindo, soltando um risinho sapeca.

— Tem duas barracas certo? — Pergunto e ele afirma. — Durmirei com Tom entao?

— Aham, isso mesmo! — abriu mais um de seus sorrisos travessos.

Sai de cima de um tronco de madeira derrubado. Que era usado para nos sentarmos. Caminhei em direçao á um balde grande, que armazenava agua. Limpo meu rosto, jogando pasta de dente em minha boca, esfregando os dentes com o dedo. Pela falta da escova.

— Mamae e Bill já vao dormir, você nao é de dormir cedo, nao é? — Me questiona Tom, enquanto pega sua escova a pondo pasta de dente.

— Porque se importa? Do mesmo jeito, estou cansada! — Falo com dificuldade pela pasta. Suspiro de cansaço e lavo minha boca, adentrando na barraca.

A barraca era espaçosa e cabia facilmente alí três pessoas. Era toda almofadado, com panos quentes em volta as almofadas.

— Espero que nao se importe, se te incomodar me fale. — o Ziper é aberto e Tom adentra, apenas de short de pijama.

— Fresca é algo que eu nao sou! Mais relaxa, eu te aviso — Sorri de leve, me deitando com calma no estofado.

Assim que me deitei, vi Tom se deitando proximo. Ele nao estava tentando nada, nao chegou tao perto de mim. O que está havendo?

— Você deve estar com frio, nao? — Pergunto me virando á ele.

— Eu nao sou fresco gata, mais se eu estiver te aviso — Deu um sorriso ladino, me imitando.

— Porque nao chega perto?

— E você permite isso? Senhora dificil. — Revira os olhos em deboche. Esperando minha resposta.

— Eu permito, senhor Kaulitz — Seus braços, sem pressa. Se envolveram em minha cintura, me chegando mais perto dele, seu rosto era de leve escorado em meu cangote.

— Já te falei que você é cheirosa? — Susurra se afastando de leve para me olhar.

— Acho que ainda nao, elogio novo. — Sorri de volta.

Um silêncio prevaleceu na cabana, nao era desconfortável, porem intrigante. O que Tom estaria pensando agora?

— Está com sono? — Me pergunta susurrando, esperando se eu responderia.

— Na verdade nao, que saco! — Suspiro de leve.

— Me disse que está cansada, que tal uma história?

Dei uma risada nasal com sua proposta. Ele nao estava com malícia alguma em seu rosto, era apenas um menino, demonstrando afeto e carinho.

— Uhum — Dei uma risada nasal. — Que fofo Kaulitz, nao sabia que você era assim.

— Desde que você me ajudou, eu tive que retribuir. — Lançou um sorriso, iniciando um cafuné em meus cabelos.

A sensaçao daquele momento era mágica. Nada me preucupava, estava no paraiso. Aquela noite, aquela melodia de suas palavras. A sintonia de sua demontraçao de afeto com a minha de agradecida. Era delicioso de se vivenciar e prazeroso de sentir isso. Todos dormiam, ou faziam qualquer outra coisa.

Mais eu estava lá. Deitada em uma cabana, no meio do mato. Ao lado de outra cabana na qual Bill dormia com sua mae. E principalmente, eu estava lá, abraçada com ele. Tom dormia ao meu lado, nao haviamos feito nada.

Nao havia malicia naquele momento. Nao minto que fiquei impressionada com suas atitudes, era fofo.

— Era uma vez, uma menina linda. — Sorriu cafungando meu cangote. — Ela era uma princesa, e morava em um grande castelo, junto á seu pai e suas duas irmãs.

Dei uma pequena risada com sua inspiraçao. Uma linda menina, uma princesa!

— Um certo dia, seu pai contratou um empregado. Ele nao era rico, e nem atraente, porem era generoso. — Dizia tudo com atençao, pensativo sem errar e nem gaguejar. — Quando ele pisou no castelo, deu de cara com a menina, ela vestia um grande vestido rosa, cheio de detalhes brancos rendados. Uma verdadeira princesa! Entao ele disse

" — Olá princesa — Curvou-se á ela. — Proucuro seu pai, pois vim lhe fazer um favor!"

— Ela que estampava um sorriso no rosto, respondeu.

" — Papai nao está, venha comigo! — "

— Puxou a mao dele, e juntos sairam ao campo de flores, que ficava aos fundo do grande castelo. Conversaram durante horas, até seu pai chegar, nao daria para mudar mais nada entre beijos e uns amassos, já havia uma paixao. assim que ele viu os dois juntos. Demitiu o pobre rapaz, que saiu de cabeça baixa — Manteve um olhar em meus olhos, que já se fechavam de sono, eu era esquentada pelos seus braços, que me confortavam. — Depois de anos, a princesa virou rainha. Em seu noivado real, viu o pobre rapaz, que carregava um presente em suas maos, com olhos marejados de lágrimas.

Mal eu conseguia imaginar, amar alguem, e simplesmente sumir. Nao estár mais lá, ao lado daquela pessoa. E no final, ver ela se apaixonar por outro alguem.

— Ela espantada virou e disse. — O interrompo e falo sonolenta.

" — Largue tudo o que tiver, eu quero você ao meu lado novamente "

— Eles ficam juntos nao é? — Indago vendo ele sorrir de leve.

— Assim sendo, ele disse. — Ignorou minha curiosidade, terminando a historia.

" — Pesso perdao, mais o diabo me diz á continuar com você. Seu noivo seria sortudo, mais eu serei mais! —"

— Agarrou os braços da menina, rasgando um pouco seu vestido. Os dois sairam correndo, como dois amantes, sendo proibidos de ficarem juntos. E até hoje reza a lenda, que a princesa vive colhendo flores junto ao seu marido, que é o pobre rapaz, no qual teve um romance proibido — Deu um suspiro ao terminar. — Gostou, loira?

— Isso é fofo demais, muito obrigada Tom — Sorri abraçando ele.

Rapidamente fui pegando ao sono, nao lembrando de mais nada. Apenas daquele conto, no qual me trazia algo bom, porem ruim ao mesmo tempo.

[...]

— Bom dia, querida — Saio da barraca ganhando um abraço da senhora Kaulitz.

— Ah, bom dia — Sorri, vendo os meninos. — Que cheiro delicioso!

— Ovo mexido! — Bill me traz um prato, junto á um garfo.

Me sento ao toco de madeira, voltando á comer o prato de comida. Tom se sentou ao meu lado, tomando uma xicara de café, enquanto observava sua mae dançar com Bill, uma musica que eles cantarolavam.

— ARIBAA! — Bill grita, tentando um sotaque mexicano.

— Venham dançar, Venham!! — A mais velha puxa a mao de Tom, que parecia envergonhado. Porem logo se soltou e abraçou sua mae, dando um beijao em seu rosto.

[...]

𝗥𝗘𝗗𝗘𝗡, Tom Kaulitz ★Onde histórias criam vida. Descubra agora