Anelise Stein
~• 🌷 •~Papai podia ver em meu rosto, eu estava muito feliz. Pela primeira vez vi o mesmo sorrir e cumprimentar Tom. Depois de anos o julgando, ele tambem percebeu que eu era feliz com ele.
Sinceramente nada mais estava ruim. Pelomenos por enquanto. Voltei a trabalhar e finalmente aumentei meu salário. O Kaulitz ainda morava em Vegas, então sempre que eu podia, ficava uns dias em sua casa. E aproveitava para visitar Anne e Jose.
David estava maior a cada dia, eu e Hanna eramos as tias babonas! Uma colega da escola tentou brigar com a minha pequena, e acabou com as duas levando suspensão. Ela nao tinha se machucado nem nada, porém nao quis me falar o real motivo dessa confusão.
— Anelise! Vem aqui no meu consultório. — Meu chefe chegou na minha porta, dando uma avisada. Terminei alguns formulários sobre o câncer infantil, e adentrei no comodo particular dele.
— Olá, Chefe! Queria me ver? — o pergunto curiosa.
— Ah sim! Só quero dizer, que estou orgulhoso por ter se esforçado tanto! Digo, uma menina tao nova e tao experiente na área. — Sorri amigável.
— Olha, a minha mae e a minha vó sofreram disso, e acabaram morrendo... só nao quero ver uma criança morrer por essa doença, simples assim! — sorri de volta. — Mais algo, chefe?
— Ah nao! Pode ir, bom trabalho! — Saio da sala, voltando a minha consulta semanal com uma criança, que sofre dessa doença.
Raquel era uma menina linda! Pele clara e lindos olhos azuis. Parecia uma princesa, seu cabelo antigamente era grande e ruivo. Porém acabou caindo, pelo tratamento.
— Olá, princesa! Como vai hoje? — A mesma sorri e me abraça, junto ao seu ursinho de pelúcia companheiro.
— Doutora Ane! Eu estou muito feliz, ontem na escola eu recebi vários abraços e parabéns, dos meus colegas! Estou perto da minha ultima quimioterapia — Sorriu alegre me fazendo lacrimejar, era tao triste ver uma criança inocente passar por tudo isso. Tanto para qualquer um! Ninguem merece sofrer.
— Oh meu Deus, Amor! Que legal — digo empolgada — Vou fazer essa quimioterapia acabar rapidinho, querida. Logo logo você vai comemorar muito com os seus amiguinhos!
Ela sorriu se sentando na mesa infantil, ao meu lado.
— Olha doutora, eu estou me sentindo bem! Mais sempre tenho uma dor persistente na cabeça — Passa a mão pela sua testa, logo encostando na sua cabeça. Que já nao tinha mais seus lindos fios de cabelo.
— Sim! Meu amor, nao é todo remédio que você poderá tomar. Assim que eu terminar de por o soro na sua veia, eu vou alí na farmacinha — Aponto para o lado, onde uma das enfermeiras cuidava de todas as pílulas.
Puxo o soro que estava do outro lado da sala. Com a ajuda de outra médica o aplico em seu braço. Todo o remédio era injetado em seu músculo, assim acabando com as células prejudicadas pelo câncer.
— Se sente bem? — Pergunto a Raquel.
— Estou ótima! E feliz, como eu disse — Sorriu, antes de apagar. Fiquei nervosa ao ver sua cabeça cair para o lado. As máquinas que mediam as batidas do seu coraçao, estavam parando aos poucos.
— Agora! Chame mais médicos — mando a outra médica, que saiu correndo ao ver o estado da garotinha. Eu prometi a mae dela que cuidaria muito bem da Raquel, ela nao pode. Depois de tudo que ela passou!
Pego uma bombinha de ar, e a posiciono em seu rosto. Fui a apertando, assim dando a posibilidade da pequena sugar melhor o ar. Pude sentir seu pulso, o coraçao ainda estava batendo. O sangue ainda bombeava em seu corpo.
Rapidamente os médicos chegaram, me ajudaram em todo o processo. Tudo ainda era um pouco novo para mim. Consegui curar as minhas crianças, mais sempre soube que o caso de Raquel era muito mais delicado, conhecido como um câncer leucemias (câncer da medula óssea).
Como médica sempre recomendei minha ajuda para os pais, sempre que observar algum sinal diferente, venha para o médico.
Sinais como, Distúrbios visuais; Linfonodos aumentados; Dor de cabeça persistente e progressiva, primariamente noturna, que acorda a criança ou aparece quando ela se levanta de manhã, acompanhada de vômito ou de outros...
— Fica comigo, Raquel! Eu vou te ajudar, minha querida — Segurava sua mao, enquanto corriamos com a maca direto para uma sala de cirurgia.
Teriamos de fazer o transplante alogênico, a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
A cirurgia teria que ser de emergência. Nao queria sair do lado dela, porém eu tinha que ligar para a sua mãe. Corri nos corredores do hospital, telefonando rapidamente para a mesma.
— Por favor! Venha para o hospital — Assim que ela atendeu desligou rapidamente. Nunca vou esquecer a dor de ouvir isso. O choque no rosto de papai ao ouvir isso do médico. O rosto da minha mãe palido e frio. Ela estava morta.
Voltei para a sala de cirurgia. Nao podiamos começar, teriamos de achar um doador. Sua mae havia me dito, que independente de qualquer coisa ela doaria a medula para sua filha. A senhora chegou, veio correndo direto para a sala da cirurgia.
— Por favor! Eu dou a minha medula para ela, vamos logo! — Chorava rapido, tirando suas coisas do corpo e colocando a famosa roupa cirurgica. Ajudei a mesma a se vestir, e assim as duas entraram na sala de cirurgia.
A mae de Raquel, segurou na mao da menina, assim adentrando na sala. Todos os médicos estavam tristes, era normal ver tragédias. Mais sempre que faziamos doações de órgãos, era muito pior!
[...]
Eu sempre conseguia fazer as minhas pacientes viverem. E consegui! Porem nao havia sido Raquel. E sim a sua mãe. A cirurgia ocorreu bem, mais logo a pequena sofreu um derrame, e nao acordou mais.
Agora eu estou sentada ao chao da porta da sala de cirurgia. Como eu conto para a mae dela? Eu nao consegui.
— Lamentamos, Anelise! — Cirurgiões saiam da sala, tambem secando as lagrimas. Sabiam o quanto era doloroso uma perda dessas para mim. Depois de todas as mortes que eu fui obrigada a ver.
E logo depois de um tempo a mãe dela acordou. Estava desnorteada, sem notícias da filha. Entrei no quarto, a vendo chorar. O rosto de um médico sempre entrega o resultado dos atos. Meus olhos marejados, se derramaram ao ver o rosto daquela mãe.
— Por favor, Deus... Nao — Sua voz falha, choraminga ao olhar para o teto.
— Me desculpa! — Chorei ao seu lado. — Ela era forte! Muito forte. Ela ia conseguir
Balões já estavam a espera dela. Fotos e desenhos em sua homenagem dentro do quarto do hospital. Eu me sinto mal, sei que nao foi culpa minha. Mais por ter falhado como médica. Eu nao devo me emocionar assim. Devia me acustumar com meu trabalho, mais olha o rostinho dela. O antigo sorriso que me alegrava nas suas quimioterapias, tudo!
Agora o choro e as lagrimas daquela mãe. Mais uma vítima do Câncer. E a comemoração com os seus amigos, agora seria uma grande caminhanda com os anjos no céu.
⚠️ Câncer é um tema sério abordado nesse capítulo, em caso de emergência vá ao médico! ⚠️
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗥𝗘𝗗𝗘𝗡, Tom Kaulitz ★
Fanfic⊹ ღ ⇢ 𝐸 𝒮𝐸 𝘈𝘭𝘮𝘢𝘴 𝘨ê𝘮𝘦𝘢𝘴 𝘴𝘦 𝘶𝘯𝘪𝘳𝘦𝘮, 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘱𝘢𝘳𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘪𝘯𝘰? 𝐎𝐍𝐃𝐄 Anelise Stein se muda para Las Vegas junto á sua família. Depois de sair de Berlin e ter que esquecer um trauma que foi...