— Gaia vou confessar que foram os minutos mais terríveis da minha vida. Por fim, eu já não estava mais pensando em mim. Já havia perdido meus pais, meu dinheiro, havia passado fome, necessidades de coisas simples. — suspirei fundo adicionando: — O meu apartamento só não perdi porque estava pagando as prestações da hipoteca. Não poderia perder Pam. O que era minha virgindade em meio a tantas tragédias?
— Que pena porcelaninha. Você tem uma vida sofrida mesmo.
— Ficar sem comer, ver meu dinheiro ser gasto com elas e não comigo. Seria uma enorme lista. Esqueci de contar que até sem luz eu fiquei e não foi somente um dia. Foram 30 dias até eu receber meu primeiro salário. A safada da Ofélia que de tia nem posso mais chamar, deixou acumular três contas absurdas de caras, fora o condomínio que o senhor José teve dó de mim e fez um desconto. Moral da narrativa. Só pude respirar um pouco mais no meu segundo mês de trabalho. Também só o fiz porque Alexo dava-me tudo. Continuando:
Para não correr risco de ser ainda mais humilhada por não ser minha prima apaguei tudo e as janelas, eu fiz questão de não deixar nenhuma brecha sequer. Aquele calor só batia quando eu ficava mais agitada. E descobri isso assim que a porta se abriu e mesmo no escuro a presença do homem era evidente. Não conhecia pessoalmente o senhor Muller, mas sabia que ele era alto, cerca de 1,99m de altura, era forte, cabelos loiros escuros e olhos castanhos escuros. Bem, até nas fotos seus olhos tinham um ar de mistério.— Eu já vi tais fotos, sei como é.
— Então a porta foi fechada e ele veio como um leão faminto prensando-me contra a parede. Parecia um caçador preciso, pois aquele o homem sabia exatamente onde eu estava. Ele juntou meu cabelo do jeito que minha cabeça se ergueu para ele e foi então que ele tomou meus lábios. Poderia resistir, mas Pam e minha liberdade mandavam que eu prosseguisse. Decidi que seria tudo um ato consensual. Era somente aquela noite que ao amanhecer acabaria.
Aquele homem dominou-me com seu beijo e seu corpo grande se esfregando no meu atiçou aquele calor que tomou-me por completo. Um tesão tão grande e descomunal fez com que eu movesse a minha língua ao encontro da dele. Não vou mentir que isso foi mais fácil quando eu mudei minha mente colocando aquele homem como Aléxandros Vlachos Mylonas. Eu o amava tanto e estava entregando-me para ele naquele momento.'Alexo'… Murmurei quando ele ergueu meu corpo e beijou o meu pescoço mordiscando e me deixando mais molhada e quente do que estava. Se ele ouviu? Não deu resposta, mas eu acredito que ele estava excitado demais para dar atenção a minha fala. Gentil o homem deitou-me sobre a cama.
Ele não falava somente que dava gemidos sôfregos enquanto degustava cada parte do meu corpo com beijos e sugadas que ao chegar a minha intimidade. Bem, o que ele fez ali. Levou o restante do meu juízo e eu me desmanchei em um gozo que puta merda. Foi tão bom, tão…— respirei fundo para continuar relatando: — Continuando o senhor Denner fez-me mulher, foi gentil. Podia sentir seu corpo tenso enquanto ele se segurava para não me machucar após tirar a minha virgindade.
Ele gozou e fez com que eu o acompanhasse.
Achei que quando ele ofegante caiu do meu lado estava satisfeito. Porém, o homem parecia um animal feroz e insaciável. E mais duas vezes ele tomou-me novamente e a única palavra que ele disse. ("Engole.")— Ele lhe deu um remédio?
— Sim, acredito que foi uma pílula do dia seguinte. — Queria falar-lhe que foi em vão pois uma criança foi feita naquela noite, porém não achei prudente.
— Como você se sentiu depois de tudo isso?
Um lixo, um nada. Como disse, foi mais fácil desejar Alexo e no escuro eu não me dei para o senhor Denner e sim para Alexo.— rio de escárnio. — Idiotice, né?
— Não. Fico feliz por saber que você conseguiu essa proeza em uma noite que deveria ser especial e uma escolha sua. E não uma imposição onde você não teve escolhas.
— Concordo! Entretanto se fosse só isso. Gaia, o celular do homem tocou e ele deixou-me sozinha na Suíte. Naquele momento eu deveria ter fugido, mas além de ter que esperar Karen ainda estava esgotada. Caramba, eu nunca tinha feito aquilo antes, foi cansativo— às lágrimas desciam sem eu conseguir contar o que contaria a ela seria um pesadelo.
— Se quiser pode contar amanhã.
— Não. Eu quero contar agora. Acordei no susto, grogue com a dor de uma agulha.
("Não dê muito, já chega caralho. A voz continha desespero.")— Era a voz de Karen?
— Não. Também se fosse, eu não conseguiria distinguir assim como ao olhar para o quarto ele girava e estava embaçado, eu não conseguia identificar nada direito.
(..."Você não poderia ter feito isso comigo."...) Eu ouvi isso e tentei levantar, mas não tinha forças.
(..."Olha o que me fez fazer?"...) Não consegui distinguir se era a voz de uma homem ou de uma mulher pois a voz ficava distorcida e cada vez mais longe.
(..."Ele, ele… você… meu amor…") — na minha mente os flash embaçados vinham. — Gaia acredito que eu tenha cochilado. Pois fui sacudida várias vezes para poder despertar. Eu sentia minhas pálpebras arderem então levei a mão aos olhos, mas assim que minhas mãos foram para meu rosto eu senti o cheiro de sangue na agonia e sem forças acabei espalhando pelo rosto.— soluços altos saem de mim ao lembrar que ao amanhecer…
— Acordei vestida, e assim que me virei soltei um grito ao ver um homem ensanguentado. Não, não… eu disse e fui até ele. Toquei seu pulso somente para confirmar o que seu corpo gelado já revelava. Ele já estava morto, só então eu virei e pelo espelho da cama eu me vi toda suja de sangue. Levantei num salto e o barulho da faca caindo no chão ecoou ao mesmo tempo que a porta foi aberta pela camareira.— Ahhhh...
— Eu não fiz isso… tentei me defender, mas um grito estrondoso de pânico saiu da garganta da mulher ... "Socoroooo"...
Foi tão alto que chamou a atenção de mais pessoas. E não demorou nada a polícia entrou dando-me voz de prisão. Tentei defender, mas tudo que eu falava e as provas levavam a minha culpa.— Foi para a delegacia?
— Sim. Eu fui jogada dentro do camburão e minutos depois... Ao lado de minha prima Karen e minha tia, o senhor Denner entrou. Eram pessoas demais ali presentes. Sei que alguns são parentes. Ele pediu ao delegado para falar comigo e assim que fomos deixados sozinhos e o que ele falou foi:
(... "Assassina, ele era meu primo estimado, você o tirou de mim. Eu juro que da cadeia você só sairá morta."...) E sem me dar oportunidade de falar virou as costas e saiu.
Eu não tive direito a um depoimento, armaram até isso para que eu não pudesse falar nada. Da delegacia eu fui jogada aqui dentro dessa cela. Gaia, ninguém até agora veio atrás de um depoimento meu sequer. Na mídia imagino que sou um monstro.— Caramba, eu estou horrorizada.
— Sabe o que é mais assustador Gaia.
— Isso já é o bastante, mas pode falar.
— Eu entrei na porta esquerda, Suíte à esquerda e fui algemada e retirada de dentro da suíte direita. Quando subi meus olhos eu li 1401. Assim que passei no corredor olhei para a porta esquerda onde eu realmente entrei e o número dela era 1402!
— Puta que pariu.— ela pulou da cama e começou a andar de um lado para o outro. — Você nunca esteve na suite 1401 então.
— Não!
— Espera, espera, calma. Então, sua prima tinha uma chave? Ela abriu a porta e deitou-se em seu lugar na cama, o senhor Denner voltou já que ele linha a segunda chave e ela passou o restante da noite com Karen? Amanheceu com ela?
— Eis aí uma pergunta que eu não posso responder. Mas uma certeza eu tenho! Algo aconteceu na suíte 1401! E não fui eu quem fiz.
— Morgana, sua tia, o homem que estava com Karen?
— Gaia, ainda não sei. Estou esperando sair daqui para poder descobrir e fazer justiça.
— Entendo. Imagino que agora queira saber sobre mim?
— Foi nosso trato, né?
— Sim!
— Pois bem, agora irei contar quem eu sou. Porcelaninha senta que eu garanto que você vai se surpreender com o que irei lhe revelar.
...Continua com Aléxandros Vlachos Mylonas...
Bora descobrir o porquê Alexo não foi?
Obrigada aos que estão lendo, e...
Beijos no coração 🥀🥀🥀
VOCÊ ESTÁ LENDO
Algo Aconteceu na Suíte 1401!
RomanceA vida de Niara depois da morte de seus pais se tornou um inferno por causa de sua tia e sua prima. Elas consomem tudo, querem ser ricas mas não trabalham. Vendo que não tem mais o que fazer, Niara vai trabalhar para o CEO grego Aléxandros um homem...