Cap. 12 palhinha de Karen

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— O que está acontecendo?—  Perguntei assim que Denner entrou na nossa moradia bufando. 

—  Temos que ir para o fórum.Os advogados estão aguardando no meu carro! 

— Como assim, será hoje o julgamento? 

— Rápido no carro explico tudo! — Assenti e corri até o nosso quarto, estava vestindo calça jeans e uma blusa branca de seda, coloquei um casaco preto, calcei um sapato branco e peguei a minha bolsa Prado. 

— Karen? — Gritou Denner. 

— Estou indo! — Desci rápido os degraus e saímos da nossa casa. 

—  Vamos, entre no carro! — Denner abriu a porta, entrei e fiquei ao lado dos advogados. 

— Porque será hoje o julgamento? — indaguei para Denner e para os dois advogados que estavam conosco no carro. 

— Em mudança de juiz pode acontecer busca por casos que estejam abertos! — Disse o Dr Albo. 

—  E agora? Eu não lembro do depoimento que dei, passaram mais de três meses. — Digo, pois era a minha mãe que estava a falar tudo.

— Melhor lembrar. Ouvi falar que essa juíza veio de outro país. Ela é braba como dizem, gosta de desenterrar até os ossos para saber se é realmente o defunto.

— Que merda! Onde está o infeliz do juiz que paguei? Quando eu achar aquela praga vou arrancar a cabeça dele! Inferno! — Esbravejou Denner.

— Esqueça o antigo juiz. Temos que pensar nesse de agora. — fala o Dr Zideo.

— Certo!— afirmei.

— Vamos repassar tudo. A senhora chegou lá… — assenti e continuei…

— O senhor Ronald, primo de meu agora namorado Denner Muller, viu a Niara e se apaixonou por ela. A minha mãe agradou dele, apresentou-os. O senhor Ronald foi à minha casa duas vezes para ver Niara. Vimos que tinha sido amor à primeira vista! Niara pediu-me para falar com a minha mãe para marcar um encontro íntimo para os dois. A minha mãe ligou para o senhor Ronald.

— Na sua frente.—  Inclui essa fala o Dr Zideo.

— Na minha frente. O senhor Ronald, animado e feliz em ter um tempo com a sua amada, reservou a suíte 1401 do Kings Motel para que os dois pudessem passar a noite. A minha mãe levou Niara ao encontro, viu o senhor Ronald e pediu para ele cuidar de Niara e não tocá-la pois ela era menor de idade.

— Está ótimo, continue! — Disse-me Dr Albo 

— Após adentrarem na suíte 1401, para nós as mulheres que estávamos em casa tudo estava correndo bem. Mas pela manhã recebemos a ligação de um policial avisando que Niara estava com uma faca e tomada por uma fúria assassina diferiu 5 golpes de facas contra o homem. Matou-o e com uma frieza de uma assassina fria e calculista ainda dormiu com ele na mesma cama. Eu liguei para o meu ficante na época, o senhor Denner e assim que chegamos lá. Três policiais estavam segurando Niara que novamente enfurecida estava a atacar a camareira para tentar fugir da cena do crime. Conseguiram contê-la e levaram-na presa. 

— Está ótimo! — Dizem em uníssono.

— Se ela perguntar se Niara tinha algum transtorno ou se era agressiva? Tem que dizer que sim! 

— Mais alguma coisa?

— Seja rápida nas respostas das perguntas que ela fizer. Evite gaguejar e tente chorar para demonstrar tristeza pelo senhor Ronald e seja convincente ao falar que nunca pensou que Niara seria capaz de fazer algo assim!.

— Farei isso! 

— Chegamos! — Fala Denner assim que o carro parou na porta do Fórum principal. Ele abriu a porta saiu, abriu a minha porta saí do carro e os advogados também sairão. 

— A minha mãe? 

— Já deve estar à nossa espera!—  subimos os degraus, apresentamos e fomos guiados para onde seria o julgamento. Assim que cheguei a sala. 

— Mãe.— Abracei-a e olhei para ver se via Morgana

— Ela não veio, digamos que teve uma pequena hemorragia. 

— Como? — Indaguei sem entender, afinal ela estava bem. 

— Fingiu sangramento para Aléxandros não comparecer.— Sussurrou em meu ouvido soltando-me de seus braços. 

— Temos que esperar sermos chamados. — Assenti para o Dr Zideo. — Primeiro estará a Juíza, Promotor e Escrivão. — Assim que ele fechou a boca vi-os adentrar. A tal juíza aparenta ser bem nova uns 40 e poucos. Tem cerca de 1,70 m de altura e corpo esbelto. Ela não olhou nem para a direita nem para a esquerda e tomou o seu lugar na mesa onde o martelo é batido. A juíza bateu o martelo dando início ao julgamento.

— Boa tarde, senhoras e senhores, daremos início, neste momento, à instalação da sessão do Tribunal.  Passo à conferência das 25 cédulas dos jurados sorteados para esta sessão. — As tais cédulas ela conferiu e assinou.  — O Sr. Escrivão procederá a chamada dos jurados sorteados para esta sessão.

O escrivão colocou-se de pé. 

— Peço aos jurados que respondam “presente”.— Eu ouvia atentamente cada uma que ele chamava responder presente. Não minto de sentir náuseas de nervoso. Mas estou aqui e irei até o fim! Penso e o Sr escrivão diz.  — Todos estão presentes meritíssimo.

— Estamos aqui para  julgar o processo penal que a Justiça Pública move contra Niara Bolino. Peço ao Sr. Oficial Porteiro que faça o pregão das partes e testemunhas, recolhendo-as aos seus devidos lugares.

—  Nossa vez! — diz o advogado Aldo assim que acaba o pregão.

— Senhorita Karen Bolino. Senhora Ofélia Bolino, senhor Denner Mulher.  — Nossos nomes são chamados e fomos guiados para os nossos devidos lugares. 

— Agora será a vez dela entrar! — Disse-me o advogado e eu ergui a minha cabeça esperando vê-la de uniforme e derrotada. 

'Você ajudou-me tanto Niara, pena que não posso falar isso! Que pegue uma longa sentença e que nunca descubram a verdade!'
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Continuação com Niara...
Obrigada aos que estão lendo, e ..
Beijos no coração 🥀🥀🥀

Algo Aconteceu na Suíte 1401!Onde histórias criam vida. Descubra agora