Cap. Cap. 11 Niara

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Saí arrasada depois de tudo que Alexio falou. 
Joguei-me no colo da minha tia chorando.

— Ele disse que não aceitaria o meu filho! 

— Homens! Ele pode ter o dele, mas você não pode?  Esqueça esse homem! Niara, vamos pensar no seu filho ou filha toda essa tristeza vai passar para ele…—  tia Gaia segurou o meu rosto nas mãos. — Você quer que o bebê nasça triste?— Balancei a cabeça em negativo. — Eu também não quero, e se o meu pai descobrir que está chorando ele ficará triste! Você quer que o vovô fique triste? 

— Não! Eu não quero! 

— Então seque essas lágrimas, daqui a pouco vai chegar a comida. 

— Não estou com fome, tia! — Sentei-me e abracei as minhas pernas.

— Você não, mas o meu sobrinho está! 

— Céus, eu não entendo como podem ser tão relapsos na segurança desse lugar?

— Heron? — Tia Gaia gritou.

— Oi, também estou aqui!

— Eros? — Ela grita e sai da cama indo até a grade. 

— Nossa, que lugar é esse? — Uma voz rouca e baixa ecoa 

— Pai? A papai, meu papai! — Tia Gaia grita e vejo abraçando-a mesmo com as grades entre eles.

— Olá, meu amor? Como tem sido a estadia aqui?

— Não tão ruim agora que temos comidas que gostamos. Pai. — Ela vem até mim. — Hora de conhecerem o avô!— Diz sorridente e eu levantei assim que cheguei.

—  Oi, avô? — os seus olhos pousam em mim.

— Olá porcelaninha? — Ao que parece eu já tinha esse apelido desde sempre! — Está tão linda, a cara da sua mãe! — o meu avô não segurou a emoção, levou os dedos aos olhos e eu vi o seu corpo sacudir enquanto ele chorava em silêncio. 

Engoli em seco sentindo vontade de chorar. E olhei o senhor mais velho, que estava bem trajado em um terno azul-marinho Armani, os cabelos eram grisalhos, o rosto era bem barbeado. O meu avô deve ter 1,85 m de altura mais ou menos. Os olhos dele são verdes na cor dos meus! Os gêmeos abraçaram o tio.

— Não chora, tio, ela está bem! — Disse Heron

— Ela tem novidades para o senhor! — Disse Eros. 

Tia não havia contado sobre a minha gravidez e pelo jeito nem os gêmeos. O meu avô ergueu a cabeça buscando por ar. Alguns segundos se passaram e os seus olhos vermelhos pelo choro novamente pousaram em mim. Coloquei a mão entre a grade e toquei o seu rosto. Ele o virou e beijou a palma da minha mão. 

— Minha princesa, o vovô vai cuidar de você! O vovô está aqui! — Sorriu-lhe, e…

— O vovô tem que cuidar de nós dois! — Levei a mão à barriga e ele arregalou os olhos e as lágrimas desciam novamente.

— Dois?

— Sim, vovô, eu estou grávida! 

— Gaia? 

— Hum?

— Porque não contou isso?

— Deixei para sua neta fazer as honras.

— Você não toma jeito! 

— Pai, eu te amo!— Ele sorri 

— Eros? 

— Florentina Surtado devido a faltas de provas a senhorita está livre! 

— Eu não vou sair, está louco? Pai ache mais um defunto, não saio daqui! Eu hein, não vou deixar Niara grávida e sozinha aqui dentro.

Algo Aconteceu na Suíte 1401!Onde histórias criam vida. Descubra agora