Babysitter - Karlena / Supercorp

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Kara Danvers pov

— Lena? — Ela libera um murmúrio para eu prosseguir, mas o olhar se mantém concentrado no tablet, olho para minha taça timidamente.

— Está tudo bem? — Afirmo em silêncio, ouço ela se movimentar no sofá da sala. — Amor, o que está havendo?

— Você me acha mesmo bonita?

— Kara, você é uma mulher extremamente linda. Os seus traços são perfeitos, seu sorriso ilumina o seu rosto e ressalta toda a sua beleza natural, seus olhos refletem a beleza da sua alma, do seu coração e de todo o seu ser. Sua beleza me cativa e revela que ela não é superficial, que você é linda por dentro e por fora.

— Mesmo com as minhas inseguranças?

— Incluindo elas, meu amor. — Sorrio ladino. — Ainda está insegura por causa da brincadeira? — Nego. — Então, o que está acontecendo?

— E-Eu estava pensando e quando vi... — Ouço ela suspirar, Lena repousa a mão em meu joelho. — Sinto que não sou boa para você, que nunca poderei te fazer feliz e isso machuca.

— Olhe para mim, querida. — Nego, mas Lena me faz olhá-la nos olhos. — Você me faz feliz, faz com que eu me sinta completa, especial e digna do seu amor, não tem nada melhor que isso. Tenho vivido os meus melhores dias desde que chegou, desde que começamos a nos envolver e eu não desejo ter outra em seu lugar, nenhuma seria capaz de ocupar o seu lugar.

— Me desculpa...

— Não se desculpe por sentir, por pensar coisas que não tem controle, eu entendo que sua insegurança muitas vezes fale mais alto e estou aqui para te ajudar, para esclarecer qualquer dúvida sua. Nós vamos conseguir lidar com isso juntas, Kara.

— Obrigada por não desistir de mim.

— Sou incapaz de desistir de você, amor. — Garante, ela une nossos lábios em um selar suave. — Se sente melhor agora que conversamos?

— Sim, muito. — Me sento virada para ela. — Lena?

— Sim, amor.

— Eu sei que Zoe te contou que preciso me afastar para pensar, para me colocar em ordem...

— Sim...

— Faço isso porque tenho medo de machucar alguém, de deixar minha insegurança falar mais alto e acaba ferindo alguém que amo, por isso eu fujo quando estamos nos desentendendo. Não quero dizer coisas que possam te ferir, machucar você doeria bem mais em mim, isso acabaria comigo. — A mulher apoia o cotovelo nas costas do sofá e a cabeça na palma da mão. — Eu te amo muito e machucar você seria como enfiar uma adaga afiada em meu peito. Me desculpe por sempre fugir quando estamos nos desentendendo, mas espero que entendo que faço isso para não nos machucarmos.

— Ei, está tudo bem. Você não precisa se desculpar por isso, não quando você pensa em nós duas, em nos proteger. Fico muito feliz por ter compartilhado comigo, por ter esclarecido algumas dúvidas que eu tinha e por complementar a básica explicação da sua irmã. — Arrasto meus dedos até os joelhos dela. — Eu te amo, Kara Danvers.

— Mesmo? — A ouço rir, Lena me puxa com cuidado e me beija suavemente.

— Eu te amo muito, Kara Danvers. Você não vai se livrar de mim tão cedo.

— Eu não quero me livrar de você, por mim vamos morrer casadas.

Lena solta mais um riso antes de se acomodar melhor no sofá e me abraçar, aproveito o meu momento ao lado da mulher, a paz que ela me traz e a forma como ela deixa meu coração fora do compasso. Ela tentando de mim e mal sabe disso. Minha namorada me convida para subir ao perceber meu sono, abraçada a Lena caminho pelo ambiente levemente claro, ainda bem que ela deixa algumas luzes acesas em pontos estratégicos.