67 - Jackson

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Quando você cresce conformado que nada pode mudar, preencher, colorir, e dar sentido à sua vida solitária

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Quando você cresce conformado que nada pode mudar, preencher, colorir, e dar sentido à sua vida solitária. Você simplesmente já tem em mente que nada pode te causar danos, não quando você já foi  danificado demais.

Mas de repente, a escuridão em qual eu era familiarizado, encontrou uma luz. O meu vazio, foi preenchido. O meu preto foi colorido, e acima da mudança em que jamais achei que eu teria, e na qual eu já estava completamente envolvido, ela, Analu, me deu uma razão para viver.

Analu se tornou a minha razão.

Os sorrisos belos e sinceros no quais penetraram meu coração.
Os toques quentes e cheios de paixão. Os infinitos cheios de paz e tranquilidade, na qual se tornaram os meus preferidos desde o momento em que os vi.
Seus cabelos ondulados e macios.
Seus lábios doces como mel. Tudo. Simplesmente tudo. Se tornou um verdadeiro tormento, no qual jamais achei que se tornaria.

Um tormento no qual o meu desespero. O meu mais profundo e único medo, estava acontecendo diante de meus olhos. Olhos no quais derramavam lágrimas e mais lágrimas, banhando todo o meu rosto, conforme meu coração e minha alma se banhavam novamente em tudo aquilo em que eu não queria e não pertencia mais.

A escuridão. O preto...e o vazio, estavam retornando. Mas, junto com eles estavam vindo a minha mais dolorosa e maior dor, na qual uma parte de mim sabia que eu merecia ser torturado pelo resto da minha vida, se já não seria, por não conseguir cuidar dela, protegê-la. Mas, a outra parte, gritava, não só internamente,  implorando para que tudo aquilo fosse mais um dos pesadelos no quais eu iria acordar e ver que nunca, jamais, aconteceria.

Porém, aconteceu. Tudo era real. Tão real como a dor dilacerante em que senti. Ela se foi.. Analu morreu. Mesmo que por poucos segundos, ela se foi.
Me deixou.

Cada momento em que vivi com ela, o amor em que em recebia e tentava de alguma forma retribuir, por achar que não era suficiente. Quase, QUASE, se tornaram lembranças. As lembranças na quais iriam me destruir dia após dias, por saber que não a teria novamente.

Ela morreu..

O meu desespero, medo. Pavor. Foi tão grande que não me dei conta que me soltei dos braços de quem me segurava no momento, e já estava sob seu corpo pequeno e acinzentado, gritando, implorando e socando seu peito em uma última tentativa de fazê-la não me deixar só, nesse mundo tão cruel.
Nesse mundo, onde não faria sentido viver sem ela.

Minha Secretária - Livro 05 'Os Fisher's'Onde histórias criam vida. Descubra agora