CAP.73

703 65 61
                                    

                           ~ Thalia Finkler ~

Eu estava atrasada para o voo e já era para eu estar dentro do avião

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava atrasada para o voo e já era para eu estar dentro do avião. O Tom continuou na van e não entrou no aeroporto, mas mesmo que ele viesse eu não conseguiria olhá-lo e muito mesmo me despedir do mesmo. As coisas serão melhor desse jeito, não serão?

Dentro do aeroporto o segurança me ajudou a despachar a minha mala e eu o agradeci por tudo oque ele fez por mim, já que era sempre ele quem me salvava das perseguições.

Me despedi dos meninos e deixei a Katherine por último por que eu sabia que ela seria a mais demorada, a loira disse que assim que a turnê acabar ela irá direto me visitar e que é pra eu continuar mantendo contato enquanto isso.

Fui a caminho do avião pensando em todas as coisas que estavam acontecendo e meus olhos marejavam mas eu segurei o choro.

Antes do avião decolar eu mandei mensagem para minha mãe avisando que chegaria em casa daqui a algumas horas e ela já estava com todas as informações do meu voo para que assim que eu chegasse em território Alemão ela conseguisse me achar no aeroporto.

Fui o voo todo tentando organizar meus pensamentos que se misturavam um com o outro. Eu não parava de pensar na discussão que tive com o Tom e ele provavelmente ainda nem sabe o real motivo de eu voltar para casa. Será que eu fiz as coisas do jeito certo? Tomei as decisões certas? Isso vai ser mesmo o melhor para nós?

Ao mesmo tempo eu tentava entender o por que do meu pai ter voltado para casa depois de tanto tempo. Como ele achou o novo endereço? Como ele teve coragem de voltar? Por que ele voltou?

[...]

O avião já estava voando e agora o relógio marcava quase 20h, os meninos já devem estar se preparando para entrar no palco e nesse momento todas as lembranças boas vieram a mente.

Todos os shows... o dia da piscina... quando comprávamos vários doces para experimentar... as brigas idiotas do Georg com o Tom... o Bill e a Katherine juntos... os meus momentos com o Tom...

Todas as memórias vieram a mente e a minha maior vontade era de chorar. Mas não dava para continuar daquele jeito, as coisas só piorariam.

Por que não podíamos ter dado certo?

[...]

Quando o avião pousou em território Alemão o relógio marcava quase 2h da manhã e felizmente eu consegui dormir na maior parte do voo.

Sai do avião e peguei a minha mala na esteira, depois mandei mensagem para minha mãe avisando que já estava no aeroporto e ela pediu para que eu a encontrasse na entrada. Enquanto eu ia a caminho da entrada do aeroporto aproveitei para mandar mensagem para a Katherine avisando que eu havia chegado, mas como já são 2h da manhã acredito que ela nem deve estar acordada.

Continuei caminhando até finalmente chegar na entrada do aeroporto, procurei por minha mãe a minha volta e não a encontrei.

— Lia? - escutei a voz da minha mãe depois de todo esse tempo longe.

Procurei de onde a voz vinha e vi minha mãe correr e me abraçar, eu larguei a mala e retribui o abraço na mesma hora.

— Que bom te ver querida. - a voz dele era de choro.

— Também é bom te ver mãe. - minhas palavras foram totalmente sinceras.

Foi a primeira vez depois de todos esses anos que ela parecia realmente estar preocupada comigo, me senti amada pela minha mãe e desabei de chorar ali mesmo.

Chorei por ela, chorei por mim, chorei pelo Tom, chorei por tudo. Oque eu mais precisava nesse momento era colocar pra fora as coisas que estavam agarradas na minha garganta, eu tentei não parecer afetada pelas coisas que estavam acontecendo esse tempo todo, mas nos braços da minha mãe eu me senti segura e não contive o choro. Eu precisava daquilo, realmente precisava.

Minha mãe foi o meu apoio naquele momento e ela não parava de dizer que as coisas iriam ficar bem, ela repetia pra mim que as coisas melhorariam e eu acreditei naquelas palavras. Nem eu sabia o quanto eu sentia falta dela.

[...]

Quando chegamos em casa ela me avisou que meu pai já estava dormindo e assim que entramos eu o vi deitado no sofá e ele realmente dormia.

Meus olhos marejaram por ver meu pai depois de todos esses anos, mas eu não sabia se oque eu estava sentido era um sentimento bom ou ruim. Me agachei na frente do sofá para ver o rosto dele de perto e todas as lembranças vieram a mente como um sopro, lembrei dos momentos bons que tive com meu pai e a falta que ele deixou quando foi embora, mas lembrei de tudo oque minha mãe passou por causa dele, lembrei de todas as brigas e de todas as vezes que minha mãe tentava esconder o choro de mim para eu não me preocupar, eu era só uma criança e não entendia o quão ruim ele era para ela.

Minha mãe me ajudou a levar a mala até meu quarto e assim que eu entrei vi a guitarra que o Tom me deu de presente, meus olhos marejaram novamente e dessa vez eu deixei as lágrimas descerem. Um sentimento ruim dominou todo o meu corpo, saber que não fizemos as coisas do jeito certo é oque mais me machuca. O distanciamento não foi culpa minha, eu não aguentava mais todas aquelas perseguições, eu também sou ser humano e preciso do meu espaço, mas as pessoas invadiam isso e foram elas quem fizeram essa merda toda acontecer, foi por causa delas que eu e o Tom nos afastamos, elas são as culpadas e não eu. Eu e o Tom não vamos funcionar, se ficarmos juntos as coisas ruins só irão piorar e nunca vão nos deixar em paz, nunca devíamos ter tentado algo. Eu sei que o machuquei com oque eu disse para ele, mas se oque tínhamos não vai dar certo, por que insistir no erro?

Fama com fama não dão certo.

Depois de deixar a mala no meu quarto minha mãe me mostrou a janela quebrada da cozinha e me falou os pertences que foram roubados, ela disse que não quer passar pelas invasões de novo e que isso é loucura.

Já eram quase 3h da manhã mas ignoramos o horário, eu e minha mãe tivemos uma longa conversa, as duas desabafaram sobre as coisas que vinham acontecendo e acho que foi a primeira vez que minha mãe confiou em mim para se abrir.

Ela me contou que desde que o meu pai voltou ela não teve coragem de confronta-lo ou questiona-lo do por que dele ter voltado, ela me contou que ele dormiu aqui durante esses dia que ele voltou, mas o mesmo passa o dia todo fora e sempre volta bêbado para casa. Ela me falou sobre as vezes que ela foi cercada por pessoas na rua que não paravam de questiona-la sobre mim e me contou que o trabalho dela é a única coisa que a deixa distante dos pensamentos ruins já que lá ela tem amigas que a distraem. Minha mãe colocou tudo pra fora e eu me senti péssima por todas as vezes que fui ignorante com ela por achar que ela não se importava mais comigo, mas agora entendo o quanto ela tentava me manter afastada dos problemas dela, o meu pai realmente foi um marido horrível.

Eu contei a ela sobre as coisas que aconteceram na turnê, sobre as perseguições, as ameaças, o meu distanciamento do Tom, as discussões, os desentendimentos, as frustrações e contei sobre a minha última conversa com o Tom. Minha mãe entendeu o meu lado, mas disse que o Tom também não era o errado da história e a mesma me aconselhou das coisas que eu devia fazer daqui para frente.

Nós duas precisávamos uma da outra mais do que imaginávamos.

——————————————————————————

Ainda tem muito pra acontecer...

Vou ter que voltar com apenas um cap por semana até sábado, eu tô viajando e aqui não tem internet KKKKK tá sendo difícil escrever os capítulos aq e é difícil de postar.

𝑳𝑶𝑽𝑬  𝑫𝑹𝑼𝑮 | 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora