Capítulo 20

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Anne

Me resolver com Carolina é algo que me deixa super tranquila. Não vamos afobar e ter algo logo de cara, até porque eu não que me ferrar depois.

Nunca se sabe oque vai acontecer né!

Mas acho que se perguntarem pra ela oque somos, e ela responder amigas, eu choro.

Nossa, estou tão emocionada.

Dei uma risada baixinha.

- Oque foi? - Carol estava voltando com uma pequena câmera em sua mão.

- Nada demais. - Eu dei um sorriso.

Quando eu sorri, Carol apontou a câmera e tirou a foto.

De repente, saiu uma polaroid toda branca, e com o tempo, foi revelando minha imagem sorrindo.

- Eu até te daria de presente, mas vou ficar pra mim. - Carol pegou e me mostrou, mas depois deixou atrás da capinha do seu celular.

Detalhe, a capa do celular era transparente.

Dei uma risada sem graça e a abracei.

- Você tá me fazendo gostar demais de você, isso não tá certo, é muito pouco tempo! - Falei abraçada com ela.

Ela me olhou e me deu um selinho.

- Então estou indo bem na minha missão. - Ela deu um grande sorriso.

Fiquei séria.

- Então eu sou apenas uma "missão" Carolina? - Cruzei os braços, tirando ela de cima de mim.

É drama.

- Sim, você é só uma missão. E sinceramente, tenho medo da fase final não dar certo! Vai que quando eu chegar lá, você recusa meu pedido de casamento? - Carol deu uma grande gargalhada.

Comecei a rir também.

- Você é muito idiota Carolina.

Ela veio para o meu colo de novo e deu um sorrinho.

- Mas você gosta de mim. - Ela falou e me deu um selinho.

Dei um suspiro, não tem como retrucar.

A encarei por um momento, deixei minha mão em sua cintura e dei um leve aperto.

Que mulher bonita e sem defeitos, como alguém assim existe? Como uma obra de arte dessas existe?

Beijei Carol, pela 20° na mesma noite.

A campainha tocou e Carol resmungou.

- Por que as pessoas gostam de atrapalhar nossos beijos?! - E se levantou indo abrir a porta.

Fiquei do sofá, olhando quem era.

- Camila?

A morena estava ali na porta, com uma blusa em mãos.

- Oi Carol, boa noite. Perdão vir sem avisar! - Camila tinha um sorriso tímido em seu rosto.

Fiquei de cara fechada.

Me levantei e fui até atrás de Carol.

- Oi Camila, tudo bem? - Dei um sorrisinho, deixei minha mão na cintura de Carol.

- Oi Anne, estou bem e você? Mas então Carol, essa blusa é sua. Fico meio sem graça de explicar, mas desde que a gente... - Ela deu uma pausa e olhou para Anne.

Carol estava em silêncio.

- Desde que nós duas acabamos ficando pela última vez, que faz muito tempo, sua blusa ficou lá em casa. Eu não estava com coragem de devolver. - Ela entregou a Carol e deu um sorriso sem graça.

- A sim, não tem problema! Quer entrar? - Carol deu um grande sorriso.

Entrar?

- Não quero atrapalhar vocês duas. Boa noite Carol, boa noite Anne! - Ela deu um abraço em Carol e me deu tchau, entrou no elevador e foi embora.

- Então se eu não estivesse aqui, ela iria entrar né. - Cruzei os braços e fui pro sofá novamente.

Carol riu.

- Eu nem lembrava dessa blusa. - Ela olhou e deu um sorrisinho.

E foi colocar pra lavar.

Aí, Camila parece ser tão legal, mas sinto tanto ciúmes.

Carol voltou e veio em minha direção, voltar pro meu colo.

- Nem vem. - Abracei minhas pernas.

- A não Anne, eu só fui educada! - Carol se sentou na minha frente e fez bico.

- Mas ela iria entrar se eu não estivesse aqui, e automaticamente alguma coisa iria acontecer. - Revirei os olhos.

Carol ficou em silêncio por um tempo.

- Loirinha, eu prefiro você. - Ela falou e se levantou. - Vou pedir algo pra comer.

Loirinha é sacanagem, é um apelido inapropriado pra se dizer quando eu estou tentando ficar brava.

Me levantei e fui atrás dela.

- Eu sei que sou melhor que ela. - Me sentei em uma das cadeiras do balcão.

- Não parece que sabe!

- Você finalmente admitiu que sou melhor que ela! - Dei um grande sorriso, esquecendo todo o drama passado.

Carol deu um sorrisinho sem graça e me olhou.

- Você é besta! - Ela veio andando até mim e ficou no meio de minhas pernas.

Deixei um beijinho na ponta de seu nariz e sorri.

- "Mas você gosta de mim!" - Repeti a frase da morena.

Carol riu e deu um tapão em minha perna, que rapidamente deixou super evidente a marca de sua mão.

- Isso dói Carolzinha! - Passei a mão em cima, ficou vermelho.

Ela riu mais ainda, acredito que de nervoso.

- Perdão, foi sem querer. - Ela me abraçou e voltou a rir.

- Tá rindo por que em?

- E se vissem e pensassem outra coisa? - Carolina agora gargalhava.

Eu ri também.

- Você queria que fosse né Carolzinha! - Falei rindo.

Ela levantou as sombrancelhas.

- Queria mesmo.

Nós duas se olhamos e voltamos a rir.

Photo Dump  |  Buijrol  (PARALISADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora