Anne
Me resolver com Carolina é algo que me deixa super tranquila. Não vamos afobar e ter algo logo de cara, até porque eu não que me ferrar depois.
Nunca se sabe oque vai acontecer né!
Mas acho que se perguntarem pra ela oque somos, e ela responder amigas, eu choro.
Nossa, estou tão emocionada.
Dei uma risada baixinha.
- Oque foi? - Carol estava voltando com uma pequena câmera em sua mão.
- Nada demais. - Eu dei um sorriso.
Quando eu sorri, Carol apontou a câmera e tirou a foto.
De repente, saiu uma polaroid toda branca, e com o tempo, foi revelando minha imagem sorrindo.
- Eu até te daria de presente, mas vou ficar pra mim. - Carol pegou e me mostrou, mas depois deixou atrás da capinha do seu celular.
Detalhe, a capa do celular era transparente.
Dei uma risada sem graça e a abracei.
- Você tá me fazendo gostar demais de você, isso não tá certo, é muito pouco tempo! - Falei abraçada com ela.
Ela me olhou e me deu um selinho.
- Então estou indo bem na minha missão. - Ela deu um grande sorriso.
Fiquei séria.
- Então eu sou apenas uma "missão" Carolina? - Cruzei os braços, tirando ela de cima de mim.
É drama.
- Sim, você é só uma missão. E sinceramente, tenho medo da fase final não dar certo! Vai que quando eu chegar lá, você recusa meu pedido de casamento? - Carol deu uma grande gargalhada.
Comecei a rir também.
- Você é muito idiota Carolina.
Ela veio para o meu colo de novo e deu um sorrinho.
- Mas você gosta de mim. - Ela falou e me deu um selinho.
Dei um suspiro, não tem como retrucar.
A encarei por um momento, deixei minha mão em sua cintura e dei um leve aperto.
Que mulher bonita e sem defeitos, como alguém assim existe? Como uma obra de arte dessas existe?
Beijei Carol, pela 20° na mesma noite.
A campainha tocou e Carol resmungou.
- Por que as pessoas gostam de atrapalhar nossos beijos?! - E se levantou indo abrir a porta.
Fiquei do sofá, olhando quem era.
- Camila?
A morena estava ali na porta, com uma blusa em mãos.
- Oi Carol, boa noite. Perdão vir sem avisar! - Camila tinha um sorriso tímido em seu rosto.
Fiquei de cara fechada.
Me levantei e fui até atrás de Carol.
- Oi Camila, tudo bem? - Dei um sorrisinho, deixei minha mão na cintura de Carol.
- Oi Anne, estou bem e você? Mas então Carol, essa blusa é sua. Fico meio sem graça de explicar, mas desde que a gente... - Ela deu uma pausa e olhou para Anne.
Carol estava em silêncio.
- Desde que nós duas acabamos ficando pela última vez, que faz muito tempo, sua blusa ficou lá em casa. Eu não estava com coragem de devolver. - Ela entregou a Carol e deu um sorriso sem graça.
- A sim, não tem problema! Quer entrar? - Carol deu um grande sorriso.
Entrar?
- Não quero atrapalhar vocês duas. Boa noite Carol, boa noite Anne! - Ela deu um abraço em Carol e me deu tchau, entrou no elevador e foi embora.
- Então se eu não estivesse aqui, ela iria entrar né. - Cruzei os braços e fui pro sofá novamente.
Carol riu.
- Eu nem lembrava dessa blusa. - Ela olhou e deu um sorrisinho.
E foi colocar pra lavar.
Aí, Camila parece ser tão legal, mas sinto tanto ciúmes.
Carol voltou e veio em minha direção, voltar pro meu colo.
- Nem vem. - Abracei minhas pernas.
- A não Anne, eu só fui educada! - Carol se sentou na minha frente e fez bico.
- Mas ela iria entrar se eu não estivesse aqui, e automaticamente alguma coisa iria acontecer. - Revirei os olhos.
Carol ficou em silêncio por um tempo.
- Loirinha, eu prefiro você. - Ela falou e se levantou. - Vou pedir algo pra comer.
Loirinha é sacanagem, é um apelido inapropriado pra se dizer quando eu estou tentando ficar brava.
Me levantei e fui atrás dela.
- Eu sei que sou melhor que ela. - Me sentei em uma das cadeiras do balcão.
- Não parece que sabe!
- Você finalmente admitiu que sou melhor que ela! - Dei um grande sorriso, esquecendo todo o drama passado.
Carol deu um sorrisinho sem graça e me olhou.
- Você é besta! - Ela veio andando até mim e ficou no meio de minhas pernas.
Deixei um beijinho na ponta de seu nariz e sorri.
- "Mas você gosta de mim!" - Repeti a frase da morena.
Carol riu e deu um tapão em minha perna, que rapidamente deixou super evidente a marca de sua mão.
- Isso dói Carolzinha! - Passei a mão em cima, ficou vermelho.
Ela riu mais ainda, acredito que de nervoso.
- Perdão, foi sem querer. - Ela me abraçou e voltou a rir.
- Tá rindo por que em?
- E se vissem e pensassem outra coisa? - Carolina agora gargalhava.
Eu ri também.
- Você queria que fosse né Carolzinha! - Falei rindo.
Ela levantou as sombrancelhas.
- Queria mesmo.
Nós duas se olhamos e voltamos a rir.
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Photo Dump | Buijrol (PARALISADA)
Roman d'amour📸 Anne Buijs veio morar no Brasil por incentivo dos pais. Tinha duas amigas muito próximas lá, pois não era a primeira vez que a Holandesa ia morar aqui. Continuou com seu ramo na escrita é acabou conhecendo Carol, uma incrível fotógrafa, apesar de...