Capítulo 22

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Anne

Estou super triste porque Carol vai sair daqui, porém, fico feliz em saber que ela quer seguir com algo próprio.

Mesmo que Camila esteja no meio.

Brayelin chegou levemente assustada na minha aérea.

- Carolina está passando mal! - Ela falou bem rápido.

- Oi? Oque tem Carolina?

- Ela está passando mal, está indo pro hospital. - Ela respirou e falou de novo.

Imediatamente meus olhos se arregalaram e eu me levantei.

- Preciso ir lá. - Juntei minhas coisas e chamei um uber.

- Mas é o trabalho? - Ela arregalou os olhos também.

- Quarta eu teria descanso, vou trocar. - Dei um beijo em sua bochecha.

- Hm, ok. Hospital São Lucas. - Ela falou mais baixo.

Desci e o uber chegou em dois minutos graças a glória de Deus. Fui pro hospital e já perguntei sobre Carol na recepção.

Me identifiquei como namorada de Carolina.

- Ana Carolina, sua namorada, Anne Buijs veio fazer uma visita. - A médica falou e abriu a porta pra eu entrar.

- Namorada? - Carol deu um risinho.

No que entrei, me sentei em uma cadeira do seu lado.

- Você está melhor? - Segurei em sua mão.

Ela ficou sem comer desde o café da manhã, e no café foi apenas algumas frutas. Pelo jeito bebeu algo que não caiu bem e vomitou.

A doutora também disse que ela estava nervosa, só não se sabe o porquê.

- Acho que sim. - Ela me deu um sorrisinho bobo.

- Acha que sim? - Fiz carinho em sua mão.

- Por que minha namorada saiu do trabalho pra vir me ver? Eu estou bem. - Ela falou com um sorrisinho.

Nem fraca essa mulher deixa de se aproveitar de certas situações.

- Porque sua namorada ficou preocupada com você. - Falei com um sorriso no rosto.

É bom ser chamada de "minha namorada" por Carolina.

- Eu tô bem, só estou tomando um pouquinho de soro, e daqui a umas duas horas já vou poder voltar a trabalhar. - Ela falou como se fosse óbvio.

- Trabalhar? Hoje você vai ficar de repouso e vai me explicar o por que estava nervosa também. - Reprovei na hora.

- Eu não sei também! Eu só estava tirando as fotos, fiquei com dor de cabeça e me estressei porque as fotos não estavam saindo do jeito que eu queria. - Ela bufou.

Perfeccionista é o nome.

- Aí aí Carolina.

- Aí aí namorada, pra você é namorada! - Ela riu e me corrigiu.

Vai me encher com isso agora.

Não que eu veja como um problema!

- Você tem certeza que vai ir pra São Paulo amanhã? Não é melhor ficar em casa? Eu posso ficar com você. - Ignorei ela.

- Então é assim que é ter uma namorada super preocupada?

- Não vai me dizer que Camila não se preocupava com você. - Cruzei os braços.

- Se preocupava, só que ela é igual eu, quando tinha muito trabalho ela pedia pra irmã dela ficar comigo. - Carol sorria.

- Então se eu passar mal você vai pedir Rosa para ir cuidar de mim? - Levantei as sombrancelhas.

- Não, eu vou ir cuidar de você. - Ela falou séria.

Resmunguei mas depois dei um sorrisinho.

- Mas agora me responde. Tem certeza que vai ir pra São Paulo?

Ela voltou a sorrir.

- Claro, estou com saudade da minha ex cunhada! - Ela segurou minha mão com mais força.

Fiquei séria.

- Tá indo ver a irmã da Camila?

- Carolina é super gente boa, e ela já cuidou de mim. Não vai precisar se preocupar! - Carol sorria, estava se divertindo.

- Aí Carol, não vou nem te falar nada! - Fiquei olhando o chão.

Ficamos em silêncio por um tempo, mas eu pude sentir Carol me olhando.

- Eu quero te beijar. - Carol sussurrou.

Deixei um sorriso escapar.

- Você não pode ter tudo que quer. - A olhei.

- Poxa, nem passando mal? Você não ia cuidar de mim? - Ela resmungou.

Não deixei de rir.

- Depois!

Ela sorriu.

Tive que sair da sala pois o tempo de visita havia acabado. Carol quase pulou da cama pedindo pra doutora pra que eu pudesse ficar.

Falei que iria ficar do lado de fora esperando.

Ela não demorou muito pra ser liberada, porque não era algo tão sério.

Chamei um uber e fomos pra seu apartamento.

- Beijos? - Ela me olhou sorridente.

Eu comecei a rir.

- Ana Carolina, vai sentar vai! - Dei um leve empurrão nela em direção ao sofá.

Carol deu uma alta gargalhada e me olhou.

- Só se for em você.

Me senti arder igual um pimentão. Fiz dedo do meio pra ela e fui pra cozinha, enquanto ela continuou rindo.

Tomei um copo de água e levei um pra ela também.

- Em São Paulo, evite comer besteiras e ficar bêbada, e por favor Ana Carolina, não se estressa por causa de uma foto. - Falei séria.

Ela resmungou com a última parte.

- Tá bom mãe. - Ela falou com uma voz preguiçosa.

Dei um sorriso e me deitei em seu sofá. Ela veio com um grande sorriso e se deitou em cima de mim.

Observei seus olhinhos brilharem.

- Será que minha namorada poderia finalmente me beijar? - Ela falou com um sorriso.

Soltei uma risada fraquinha.

- Acho que ela pode.

A olhei por mais um tempo, apreciando cada detalhe de seu rosto. Deixei um beijinho na ponta do seu nariz e finalmente a beijei.

Photo Dump  |  Buijrol  (PARALISADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora