Capítulo 21

8.7K 525 36
                                    

Talibã 🚩| 18h07
Complexo do Lins 📍

"aprendi com meus erros"

.... Meta de comentários: 10 ...

Flashback on;

Desde pequeno era soldados do mano coroa, o cara arrumou os bagulho tudo pra mim conseguir porta um pentão reserva, papo reto? Tava puro ódio, meu corpo ardia e doía pra caralho. Filha da puta encostou a mão em mim pra matar na noite passada, só não matou por causa da minha madrinha, papo reto jurei mata ele, eu vou pô, tá me achando com ele. Sou moleque não, já sou homem e honro minha palavra. Engolir em seco, encarando ele chegar perto da boca. Dou as costas picando o pé pra casa, plantão tinha acabado duas da tarde.

–– Coe madrinha? Qual a rango pô, mó larica – Levanto as tampa da panela encarando os bagulho ali. Tinha brotado pra bater um prato maneiro, passo a mão no cabelo molhado.

Janaína: Vai lavar as mãos Pedro, é... Esconde isso, a Pyetra tá chegando – Balanço a cabeça concordando, calado eu fiquei, lavei a mão. Esperei ela arruma o bagulho pra mim, sentei na cadeira começando a comer.

Pyetra: Pedro! – Sorrio de lado encarando a menorzinha correndo na minha direção, abraço ela colocando ela sentada na minha coxa. Pyetra era lindona, o cabelo meio liso, era estranho ver o cabelo dela trançado pra ter cacho, mó lindo. Os olhos meio puxadinho pro verde e azul, ela era toda linda.

–– Colfoi? Tá suave? – Ela concorda com a cabeça passando a mão no cabelo tirando os fios do rosto mesmo traçando, reprimo os lábios piscando pra ela que sorri fazendo o mesmo. Pyetra tem quatro anos só pô, quando ela nasceu tava com nove anos. Ajudei a cria, mas foi por ela também que entrei pro tráfico. Vagabundo do pai dela nem sabe que ela existe, queria matar o comédia mas a Janaína não deixou.

Pyetra: Uma amiga te acha bonito, só não conta pra mamãe – Ela conta no meu ouvido me fazendo da risada baixinho.

–– pô, seus tão tudo pequena ainda pô, tem que brincar de boneca, e os bagulho Tudo – Ela da os ombros descendo do meu colo, terminei de comer ouvindo ela contar sobre os bagulho lá da escola. Papo que eu deveria volta também pô, papo doido de sair da escola sabendo o básico.

Janaína: Cuidado com teu pai, qualquer coisa você corre pra cá – balanço a cabeça me despeço delas deixando a casa delas lá, brotei na goma pra tira aquele cochilo pô, não dormia a mó cota.

Juliano: Tá fazendo o que aqui moleque? Não era pra tá na boca – Ele da risada, meu olhar era ódio e raiva, nojo de ser filho de um arrombado desses que jurou aos pés do túmulo da minha mãe que cuidaria de mim.

–– Não te interessa – Murmuro sério,  andando pra dentro do barraco velho, o cheiro de mofo e droga espalhado pela casa inteira. Me enjoava ter que olhar aqueles bagulho em cima da mesinha de centro, mesmo fumando a maconha e tendo o pó como aliado na madrugada. Ver ele usado era foda demais!

Juliano: Olha como tu fala comigo seu filha da puta – Dou uma risada sincera encarando ele sentado no sofá velho, o estado dele era de ajuda e necessidade. É eu não me importava se ele tinha problema disso e daquilo, se ele morresse de bala perdida seria massa pra caralho, mas nem o diabo que o sucessor dele.

–– Preza tanto a minha mãe que tá xingando, Colfoi? Fala a verdade, tu nunca amou ela – Murmuro cruzando os braços no peito sem ter medo, na verdade nunca tive medo não. Pente tá carregado guardado dentro do armário, ele vem pra cima eu disparo.

Juliano: Nunca mermo, era uma vadia dava a buceta prós bandido – As palavras dele não me afetam em nada não – Eu mandei ela abortar, a vagabunda não quis, aí tá você aí um merda, sem futuro, nenhuma irá te amar um dia, e se ela amar você não vai dar valor, uma desgraça que será a sua vida, assim como foi a minha...– Meus olhos ardem, eu não ia cair mais uma vez em suas palavras desgraçada 

Nosso Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora